Alma e Coração 1929 - Anno 12° - num°. 7 - Novembro

Almae f.01·:1 riio ') .. =============== = =====-"== ======= '-========== -=--=-=-=- ·-== approximei-me, curvando-me sob re o j nho saudades della . Queria rn lta r rost o da ancian : Que susto. qt. e dór, p' ra lá! . . . t' que recordações me aflu íram á -Vcltar, para junto da Man inha, mente, reconhecendo naque ll e rosto qu e te (·xpulsou, talvez ? nobre de mulher idosa, a imagem -Não ! Nunca ! El ia não f,.; ri a isso sagrada rie minha l\lãe ! Fiz urna vi,1 gem; di sse ram -m~ qu e Treme ndo de amargura e de an - era prec iso para o me u fi•turo ... Sahi, siedade, ajoelheí Junto ao corpo des - inespe rad amente . Pe rd i-me no cami sa creatura duas vezes sagrada para nho, escuro e desconhecid >; não te– mim, e nurn respeito d= crente ao nh o forças, e n~o posso voltar . beijar as fimbras do manto d -\ s I Pen;f' t na mint1a casa , a dois pas– imagens, be ijei, chorando, tremulo de sos dali: me senti transportado ao pé agonia e de emoção, a fronte bella dos mt! us, um ar re pio d e agonia me da velhinha ama<la . suspend e u os cabell os no ar, e como - Angela ! exclamei, Angela, a Ma se uma luz se fizess e no meu espi mãe que eu deixei junto de outra rito, índaguei co:nmigo: filha, pensando que ella a idola trasse, -Estan.: i morto ? T e rá .:: hegado o e que v 1 :nho er.contrar, agora, aban meu fim de existencia terrena? clonada no meio da estrada es cura! E esta mulh er, tão respeitavel nos E sem me poder conter, prorompi set:s cabell o 5 brancos, que eu julga– cm elas-abalado pranto, a d1ama l- a va se r minha Mãe, que eu aban<ln . em voz alta :-Mamãe! Mamãe ! sou ná ra a cata d e fortuna, quem será? eu, o teu fi lho, o pequeno ma ligno E' minha Mãe, eu sinto, é ella : que te d :- ixou para ir procurar um MJmãe ! .\1.amãc ! meio de vida. A prece me partiu os seios d' àl Acorda, Mamãe! tt de noite; eu ma, numa fl exa de luz, dire:ta ao te levo para casa. E.' a qui bem perto Todo Poderoso. a nos5a morada, lá terás um canti- E a luz se fez na minh 'alma !. .Gra- nh o no lar que construi . ças a Deus ! Eu desencarnára : eis r- ~ ,?> A velhinha ergueu-se, tomou dos tudo, meus hornbros e empunou•me, sua– A estrada, e ra no infinit0 dos es- vemente, para traz. -Não, não és rneu filho ! não te co nh eço mais! A minha, é aqu .:! ll a pe– quen ina que deixei doe nte e só, pa– ra fazer esta viagem dolorosa . T e- paços. . A mulh er, e ra uma ex tranha des– ta encarmção, qu e acaba va de d ei– xar, mo rrendo repentinamente. Mas, u encon tro feit o na patria espiritu1 l, nos approxima, pélos laços do afi e . cto, dos qu e amamo., em outra:; v_i– das, e a ler,1b rança, ab rind c um cla– ro no tempo medeia nte entre as ~– tapas de s~paração, nos trans po rta. immed; at:i mente, pd :i. reccrdação, e re petição de imól ge ns conbt>cidas, aos dias ma is long in'luos, moldando os nossos r erispiritos á feição dos se res qu~ nós ~onbecémos em dada epoca . A minh a prece e sclareceu, tarnbem, a ve lhinha que palmilhva a estr:i.da da Eternidad e . .. Elia morrera, longe de algu em , e í-1. em sua procura . .. Julgava-se em viagem e perd ida no meio dum ca rninho sem fim. Chorava as duas fi lhas,- - •a que det – xára e a que buscava . E menhuma,– e ne ;n outra! Qua ndo os ultin1os lampe jos da pertubação se desfizeram, e lla com• prehPndeu tudo, porque e ra espírito, coir,o cu : Faziam t1 ez dias que d e – sencarnára. Era um e ncontro espiritual, entre duas al111as arrancadas do corpo ion• ge de se res qt.eridos. Estendemo nos as mãos, conhP– cendo-nos : Ha duas e ncarnações atraz,ella fôra minhá Mãe, e se cha– m~ra Angela. Após o encontro, nunca ma is nos separamos pelo pensamento. Açleus . ~1ENEZES tEsp.) ---'!!'!!!!!~'!!'!!!!!!!!!!!!!!!!~ !!!'!!!!!!!!!!!!!!!!'!"!!!!"!!!'!!!!!~!!!!!!!!!!!!!!'!!!!!!!!'!!!!!!!!'!!!!!~~~!!!!!!"!!~!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!~!!!!!!!!!!!!!!'!!!!!!!!!!!!!!!!!!!'!!!!!!!!!!'!I querido de totlos desde creança, · · corpo <lu !:'anln frarl c, e seguiu com os outros o p1 p,, lilo f'un Pi:uio . O v11lto bt,llo de Arliiurio, Ião .. . ...... ,, , , , .. . . ,,,,,., .... ,., .........., :.i ppareceu aos camponi os, n:i igrc- - Foll1ctim do AIJIA E COIUÇ1\0 No cemi lerio, qu:rncio a n1ullidão o · rod ea\'a, Arllruri o :;ubiu n 11111 111 onli– . cul o de pedras e fol o11 , nest es ter 1110;::: ! NABUCO DE AZEVEDO~ - (( Eu \' OS prorn r lto, em no111 e ne j :1, onde se agglomcra vn111 1 e ton1 ando · POR o cnrpo do pad rinho nos bl'aços , sahiu com dl e ru111 O do c:1stc:lo onde se m·– lll OU a cnmarn a rd enl<\ e ntre as ben• ça rn s d,1 mulli clito e as lagri111 as incon– solaveis de Adlt uri o. O pe4ueno :.iss,1:-;s i11 0 fo i reti nido p:.i r:i uma torre, ao lado de se u a io, alé qu e cess;,s·w o furor popula1·. i\J apolheusc do cntel'ro, a Dôr !>in– CHJ de .A rl hurio ma11 lin lr a a mu llid Jo cm respe ito. O cortejo seguia .1 se u percurso, quando ao pas~:ir ,iu n{o d111110 casin.ha , á ,~nlrnda elo bosque, perto do cem1le– rio1 11111 \' ttllo de mullr u· 311rgiu, lava– da em µruntos, e esquecendo a distan– cia <le eondiçün que a geparava do mo– ço fidalgo, abraçou-se á Artlrurio di– zendo : -Don Adliurio, deixe-me beijar ns niilos desse santo qtH• seu 111áu filho 111.1[011; eu lambem tive um 111áu filho que lll0rrnu uu 111a11do dum fidulgo, e quem o c11lcn·o11 foi o anlo c;Uia; e ru tive nm Jil110 !tom - o 111cu sanlo Fradinho e qu~m o crion foi o mesmo 11:ijo 1le Deu~ q11e criou ao senhor, don Arlhurio; ni .J<-sus, rnPu filho! A's palavr:1s dnqudla 11111lher do po– vo, cnvclht cida (H la polirPzn r o lrn- ( ESPIR IT O) Deus, que não \·os forçn rei a encura r : o assnss ino , nes ta nl dc ia, onde já lanlo - "ARRA.TIVA~ nn M"N"" INVI~1v~' . se so ffr eu J o pod eri o dos no bres e on- ~ ~, . ~ UU ij UU ~ ~M ~ <l e a p:iz começo u a se fazer co rn a i11- . _ ____ · lervenção dos fi da lgos de 1n inha fa n1i– Medi um-ELMIRA L IM .\ . lia it ali an:i· c,l\Ic u filho é pequ eno, o ( 1 U<', mercê XXVI · de De us, me p')1 1µa o horror de te r de : · c:ond,~11rn a 1- o ! , , , , , , , , , , , .• , , , , L, , ,, , • • , •• , ,., •• , .,,, • • ~ Os 1 ,a('s, sn.o nponlndos 11 elJ cttlpa dos fi lho~; se quere i-... - 'no ! ba ilio rudP. adwram nnt écho in cs-• pl icavel 110 cornçno <ln ,hthn no, e es– te esl reita111lo nos braço5 a po bre cn r11- ponezD, cunlu1~diu com ella as suas ln– grimas, chamando-a : .'llãe ve lha ! Nem poderia suppor o moço fülalgo, que fôra elle o Anclré,e o Jo1l.o Fmdi11/w, duas vezes fillro daquclia mulhrr q11e lhe falava na al11111 com tan to poder de censura e sccn•ta sympathia. Abrindo o CHJuifr, deixou a desco– berto o rosto <laquc:lla rcliqula de lmla a sua vida, gra\'a11Jo pela ultimn vez, no seu espírito, n phy:;ionomia doce e lrnnquilln do s:igrndo hc111feilo1· da su'ulnia. Naliu beijou n sóla tfas sa11dálias <io -N:1o queremos! -N'uncn, sr. Conde! --Deus o pen)6Q 1 ao 111enino, pelo amor do senhor D011 Arl11urio. l!;sil'S e ou lrns b,·ado cte prnlesto se lcvn:~tararn du seio ela rnullidflo: Arlhurio tirou do bol5o um lenço hrartc'o, molhnclo dé la"'rimas e disse ,i •'ulia : 0 -l\lnlher ! Elle serviu de pac a dois Olhos vossos, co•110 serviu u mim; es– te lenço I.Jrn11co, é umn senha de paz e o emlJh•mn de sepat-.1ção; tn111 ne-o ! ri: que os flll10s no!;' ,·c,ssos flll,os, no f11l111·0, ni\o sii:1111 o exemplo dn 111c11.

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