Alma e Coração 1929 - Anno 12° - num°. 7 - Novembro

çõ ·s n y~tcriosas porciuc devem pas– sar e quão nu111ernsos são os esp í– ritos que vindo a estt" mundo, não retornam :-10 l'>;.ilacio do Divino Rei. As almas devem finalmente se e – mer g;r ri ..: novo na St.;bstancia donde cllas sahiram, ·nas antes dt sse mo mento, ellas ct 'vein te r desenvolvid0 todJs as pe1 feições, cujr, germtn Pstá cont;d •) nell;-1s; S(~ lªStas condiçõe~ não são realizadas, em uma ex istcn– cia, e lias tem ele renasct' r ótlé que ttnhr1111 obtido 1> dPgráo, a ltvação que torna possivd -s ua absorrção em Üt>US » . Em assi 11 crença en tr e os hebreus que os renascimentos, as vidas su– ccessivas, davam um me io de p uri– ficação. Continua ARCH(M[MO LI MA -------------- SOFFRIMENTO SÊ BE·MOICTO! Sr,ftriiiiento I Tu que purificas ~s al111as peccacloras, bendicto sejas 1 Tu, que ennnbreces aos qu e tem a resignação de te r<'cebPr sem uma palavra d ·~ revo 1 ta, bt>ndicto s , jas ! Fdiz é o q·1e te acolhe rl e . braç0s ab ,-, rtos e ben,diz ao Pae a tua ap– vroxunaçã• '· Tu chegas a nós , para elevar o nosso es;iiritrJ afim d,~ sab<'rn1os , com o tt~u contacto, amar cada vez nnis á Jesus. Com o sL.ffrimento. e não com o prazer, é que conhecemos o gráo dt. amor q:.ie consagramos a ti, Irmão Amado 1 Soflrimento ! tu és o nosso amigo; faz t> s vibrar em nossos corações o que só com o teu aconchego sPnti- 11H,s; por 1sso eu te quero, eu te desPjo, para um dia poder alcançar o que almejo na minha viagem p,ira o subltme espaço--lugar de delicias e de fel1c1dal:es. Quantas .vtzes, vemos um ancião ~!quebrado pr.:los ;;n,1os cuja vida inteira passou n s ftrt>r, e bemcliz o teu contacto! Alli fizeste uma a lma talvez culpada em outras enrarna~ ÇÕ(;S, tornar-st> digna da miserír;:ordia do Pae; flze$te que o seu coraçào de máu, que foi em outra vida ficasse rnhlime, compassivo, e dign') d,; to, dac; as fehcirlad es junto ao Divino Mestre. Quantae vezt·s f•lle não fez s;11117rar coraçó"'s co 11 { razer; e hoje enxuga lagrimas; conforta e reparte o p,> uco qu P tem ganho com t"lntos saci ifcir'S, com aqu e lle que na t, rra veiJ tam .,e,11 para rr~sgatar faltas passadas. Tu, soflrimento, já o pu– r ifi cas te . Qu and0 o Par poz no mun– cl ) a a legr ia e a d1cidade, s ,ffri- mento, fostú tu que trouxes te a mais sublime missão; só tu sabes purificar almas; só tu sabes nos tornar dignos aos pés de Deu,, desse Ente Subli– me que vene ra mos sem conhecei-O, porem que os nossos corações dese– ja m conhecer para se tornarem cada vez m:us dignos d'~lle. Vem, Soff1 imento am igo, purificar a lll inlia alma! ALEGR IA PONTES N:O REINO D,A SCIENCIA DO ESJ?IRITO Faculdades da alma e mortal, temos tamb em, pelo que respeita á alma, re lação intima 1 ! se – creta affinidade co .n Deus; é nec1~s– sario, pois, qu e aquillo que em ' nó:. te .n o sell o di"ino, o que é capaz de unir-s e a D,,us, volte tamb em para Elle. Nos mysterios de Cr:res, o grão de tligo, !ilho do céu e da terra , que desap'pa rece para reaprarcce!', representa o symbolo do destino humano . E a sancção da Le i divina, é for – çoso para sso que o homem se t ransfornie sem 1-ecordação da v da passada. Finalmente, uma liypotbesc que os factos parecem justificar, é que as faculdades da alma são caoazes de aperfeiçoamento indefini .fo . · - A alma abraça as idéas da eterni– dade e do infinito porque é immortal A alma é a causa dos factos da e divina . vida 1-!spiritual que não podem ser Pode-se a inda definir a alma: a conhecidos s enão pelo senso intimo. substancia racional que vive no corpo Admittem se na · alma tantas fa- e o dirige. E' ella que conc~be, julga, culdades quantas são as classes que raciccina, ama, detes ta, t~me, espera, se reconhecem de factos espirituaes. deseja, escolhe e quer, é uma força, A sensibilidade de amar l'U abor- é um sêr. recer. Os phrnomenos da alma maniles- A intelligencía ou faculdade de tam se com tal rapidez que torna pensar . a observação impoc;sivel e a appli - A vontade ou taculdade de achar cação do espiri:o ao estudo de si em si mesmo o principio de seus mesmo; estas forças, são o que se acto!: . chama as faculdades da alma; a ma- Os s r ntimentos revelam á alma o teria não tem~ SC' não propriLdades ou que e lla deve procurar ou evitar I disposiçõ es para experi •nentar certas para seu bem intell ectual e moral, modificações, porque ella é inerte, o são o princ;pio das paixões que per- 1 espírito une suas idéas ao mf.:smo t-' ncPm propriamente ao homem, tempo que as adquire. paixõ es generosas que lhe abrem Acontece o mesmo· para todos os a vida superior que o prende á hu phenomenos espirituaes, desde as manidade e a De us. noçõ es mais vagos do menino, até a As penas e os prazeres produzem- opiníão esclarecido do sabio. se, tanto no principio como no fim _ t', pois, um grave erro dos positi– do dese nv0lv11nento da nossa activi v1st:i.s não verem, que a \ndagação dade. das leis, implica a concepção racional Deus os enlaçou, como castigo ou d as verdades universaes e d e Deus. como r ecompensa, ao cumprimento MARCOS ARGUELLES dos actos, quf! são contrarios .ou conformes á leí do dever, é e, prin– cipio de ce rtos actos e representa um papel muito iniportante na Yida moral, corno fontes de recompensas e castigos. A essencia ou o caracter distincti– vo da alma sendo a activiria<lf' ou a p1 o lucção espontanea dos eflPitos que lhe são proprios, todos os phe– nomé:nos sup1 a senslveis não passam de manifestaç·es desta actividade; poder-se-ia pois reduzir assím á uni– dade as divPrsas !acuidades attribui– das á alma. E' bom lembrar que a alma é uma e que ::ts divisões estabelecidas pela. sci uncia, não alteram ecusa alguma a re:\l unidade da substancia espiritual. O destino do homem tem por complemento a immortalidade da;,lma A !em da relação que temos quan– to a? corpo com a natureza mudavel - .... • OS ENCONT'ROS DO ESPAÇ:O - O sol d 0 scambava no occaso, O lucilar duma estrella me deixava per– ceber que a noite vinha proxima a escurecer os caminhos, am,~drontan– do os viandantes. Sahi rumo da estrada real que p:issav~ perto do meu lar tranquillo e illuminado, quando se me dei:,arou, estendido ao solo, o corpo gelido de uma velh.nha coberta d · neve com os lindos cah_ellos brancos pol~ilha– dos de neblina. e pó; acerquei-me do corpo estendido e notei que cho– rava, desoladoramcnte, saudades de alguem que deíx1ra distante. Longe d~ imaginar que uh se a– chava um str f{Ut' me pertencP.sse,

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