Alma e Coração 1929 - Anno XII - Fasc. 5° Setembro

1111:1 '• f, 1:lnifl . - -· --·----- -·- ·os sinos; cnmeca a Trforl e :Média; lidam- ::c os lr,·s granrl,•s poíll'res: a, o Fl'udalismo a Realeza, mas ... s sete seculos finalizaram e das das da Arabia ard"nle, lrvanlam-se ens dr pó de poderosos rsqnadrões.· lham as cimitarras, ouve-se o tinir ai f,1 n ~r·s ... E' uma n; v, rrligião qu e se funda, o com r,tl:ivras ele nrnôr , ma;. corn itos de guerrn. A c.:obarclia 6 a infa– io, grila .\1. h ,J ml'l, só os bravos terão paraíso l' a onda que elle lança, es- raia-se em terras de Africn µor toJo litoral do :\Icclilerraneo e, alravessnn- o as columnas de Hercul~s, galga todn península Iberica, pond0 rrn grave ,sco a I hr sl.1n,hd1•. Suo 100 rnillrõrs e almas que a nova religião conquista. el, gio e sua cohorle nos escarpados antes das Aslurias , são como minus- ula ilha balida pelo mar bra\'io. A nda lr::inspoe os Piryn eus e forçoso É. uc Carlos l\larlelo lhes opp r• nha o ique de Poitiers. Des::ibroc: ha outro creio etc sele se- 1lfls. Scn,eiar11 -se pelÕs rnontes os pri- 1ei os moinhos de ve1 1lo; finda o se· ndo imperio dos Persas e Carlos agno a golpes ele montante, talha o anele Irnperio dos Fran cos. A potencia temporal dos Papas :>b raça mundo. Irêne reina do Ori en te d,1 ,uropa e, com Arnn al-Rnschirl, o Im– rio dos Knlifas atlingiu o Ze11ith. Morreu a IIep lnrquia em Inglaterra, rgr o Impl'rio dos Ccrnres, 011ve-sc tic- lri c dos p1 irr.ciros relogios de pen– ula. Vem as Cruzacl:is; a v<íz de 11n1 rrmita, a Eupopa despo\'Ôa-se, mar– a contra o Ot'iente ern son1 de gue r- e, entretanto, Gui de .\rezzo flxa as imeiras notns ele musica. No ex tremo occide ntal da Europa rma-se uma nac:iona liclade min11sc11ln 1e hn-de enrlter o mundo. A Frnn– lula con:i a InglalPrrn numa guerrr. e durara c:e111 n111~0s e a mulher bitua-:e a vrr o seu rosto rrprodu- no v1di:o cl0s espelhos. O mundo já é maior: de Sngres os rluguezes rlesfrzrr:1111 a lenda do l\lnr nebroso; a bussola é descohcl'la 0 nhno já lrôa nos campos de lJ;la– a e sele srculos s/l.c dcc·orridos quan- Quanrlo npparece .fono \ViclefP, o ecursor ela Helorma, que roubará ao ll1oli1 iuno metade dos seus pro,-e– os. O scismatico revolla-se contra as ppolcncins e concessfJes da Roma pai e a fogueira q1 1 e lhe consome o rpo parr,ce illu111inar o nov.J Credo. m Jono Iluss e a fogneira dr no\'o •esa, !"Ó serve para purificar a idéa nrarcha. A vóz de Ltrléro e rk Jvino não tardará a trovejar mais te e mais animosa, alacnnclo o po– trmporal dos Papas. Para casar m a amante, um rei põe a ferro e 0 0 seu paiz e eleclara guerra ao ado. Outro rei_ declara que ~aris e bem uma rrussa e uma minha, que pag.1, á- com a ,·idn as sms le \'i ;111 cindes e , s11a g:1 1ritlice; tlinnte rlo ca– dafalso reivinelicará n religifto dos seus rnaiore . Todo o norl e da Europa es tá liberto do jngo Papnl. A lcl ade Media deu lugar a Henascençn. Um norn cyclo es tá decorrendo; si– gamul-o, ernbn rn nflo ross:imos k•r111i– nal -o. Ser·ulo X\', a a11r:1 dos rl escoh ri mentas: ó rlnbrado o CP ho ela Bôa Esperança e as n.1 us porluµ11 ezas fun– deiam cm C,1licul: Cúlornbo e C<1br,d aportaram no ~orn Mundo; D:rnte e~ creveu ,1 Divinn Comedia e Petra1ca o se11 cancionPiro; circulam os prime ir, s lirros impresrns; resolvem-se as rri– mciras formulas algeb1 icas. Em Roma imperam os Borgias Cúm seus crimes e lalrocinios. As armas ri l' Gonçalo dt; Cordovn expulsam os ullimos mouros da Esr anha e os tnrcos inslallam-se em Constantinopla e lá se man tc-m. Sccu lu XVI, sec ul0 de Lra.o X. Guerras 1cli giorns, o massncre de S . Barlholorneu; os Bourhonas no t hrnno de S. Luiz; Cortês no :\Lexico e Pizarro no Perú : destrui ção da Invens ivel Ar– nwcla; epopéa dos porluguc~es na lndia e no nort e da Africa conr o tl'agico de~fec-110 ele Alcnc0r-Q11 ibir e a perna rl::i nnc·un ]i c'a le; o Di abo do ~l eio dia á su:Ja nos Paizcs Buixos; uma Grnnde balalha-Lepa11ln, constroem-se os pri– meiros nculrs de approxinrnçno e o:,– primeiros lhermnmet ro a=. A ltalia tem Trsso, l\lnchhlvel, :Miguel Angcto, R:i plruel, LeonJrdo Yincf; A França. Hou – ,;ard, i\lon!aigrie e Brnnli>rn<'; a Hesp,1- nha, lfrrrcra . CPrvantes e Lope cfo Véga; Porlugn l, Camõe,:, e Gil Vicente; a lnglaterra, Spe11c.:er, BacoP, S hn krs pearr; a Allemanhn, Crpernico t' E:ra~– rno. Scculo X\ 1 11, sendo de Luiz XIV. G11e1-rõs r glor ins par,1 a Fra11çn; rrs– l;1 ur::iç,10 de l'<:11t11gal; evac11çi\o de C;1r. los I e adrenlo de Cronrne ll; a dy– na~lia dos Romanoff, liq uidnda lt es se– cu los depois lào lragirar11enle, 110 lhro– no da Hussia; descobre-se a funcção dos lognrilhm os, o !elescopio, o haro– melro, a machina p11P.1.1rnatic:1. E' o SP· culo de Turenne" Conelé, de Rechilieu r :\Jazarino. de HoussPau, de Lnfon– tni,w, de Boilea11, Hossuet, Corneille, Ha<·ine, ~Ioliére; Descartes e Fenelon, 1·111 Fra11<:n; ll1• 1\lilto11, Pcpe, N'ewlon e ll alley, ern Inglalerrn; de C:ilrleron, de Barra em llespanhn; de Gallileu na Ilalin, de Leibnitz e Kepler. na Alle– nrnnhn; de Van Dyck e ele Rubens na [Jollar.ela. Seculo XVIII, seculo rios Direitos do Homem, seculo de Voltaire, s0culo de philosophia. Um terremoto arrasa Lish◊a. t1111a revoluçf10 destro<' uma monarchia lrt•ze vezes srcular, o facho da Libetdllde corre a Europa de lés a les; uma na– çno enchendo o munclo, u111 rei, uma rainha, u111a arislocrHia abatidas pela iuilhotina igualilarin ... Seculo XIX. De principio um nome- Nap ole:10 Uenaparte -que ribomba r•o– rno o lrovr10; j\forengo, Ausle1 litz, Wa– terloo, Sta. Hel1•11.1; uni novo !"orlugnl do outro lrHlo <lo Atlantico; mai~ unia duzia de rrncionalielad es no ,cnrnppa mu11di ,,; nmn nova aura de libenfad~; nlgu11s 1101110s: Franklin, Past eur, Hugo, l!:rtison. Fulton; umn dala 1870; a lo– comolirí'I corre sobre os carris e dP– vora o esp::iço. Seculo XX. A velocidade ver tiginosa : A locnmotivu anda dev:1gar: n homem salta pnra o a11Lomo,·el, faz 100... lõ0... kilom etros a hora; a eleclricidade é so– bernna : Marconi 6 um deus ... •p<'1,to, traço, traço pont'o" ... 19 14; urna ·conflagração, quatorze po– vos em guerrn, lres milhões de mortos, cinco milhões de mulilarlos, dPZ 111 í– lhões de viuvas e orµhãos .. Força 110 accelerador !... 1928, uma Paz rp1e mais parece uma guerra; lGO, 180 kilomelros a hora ... os r nnus dt'Sapp:irecem corno postes lel,,g ruplt icos :10 longo rln via ferrea ... O automovel não scr\'e ... o homem vôa cm aerop lano ... 200 .. 250... :wo kilomelros a hora. All'J'loça-se em Pu!·is, janta se em Ber– lim. Mais força aind:i... 1980, Lisbôa Neva York, t'm 20 horas ... 1940, de- sapp::ireceu uma c11rvn da esl radn ... 191)0, é um raio... 1960... nm meleoro ... HliO... o homem transport,- ~e no bolide que Cirilo Bel'{;er concebeu, riaja com a velocidad e do Sol, uma volta ao mun– do, em 2-1 horas, 1980, o bolidc é rn– garoso ... 1990, o homem calvaga a onda hcrleziana, Pekin a Londres em cinco segundo, ... 2,000. seculo XXI... outra religião. Stop! Passnram $d e scculos ! Ufi 1 Tivemos qu e limpar o suor do rosto ao frcliar e!:tc r::ipitulo. Traçamos o segundo lado do trian– gu'o r s01,10s forçndos, para ntti11gir n ponto de perce pçno. a ir procurar ao passado outro fio condu(!tor que nos trará do mesmo sitio, se bem que por caminho differente. Pelo anno ,Je 1695 foi publicadp em Veneza um livro que levantou enorme celeuma. Era seu autor um frade be– nedidino, belga de ol'igem. de nome Arnold \Yiom. O livro cl1amacto 11 Li– gnum vitaen (Arvore dn vidn) teve tan– tos rlefonsores como dt>lrnclorrs. A ra– zao, porern, ao tempo, µarecia assistir aos ullinws. Nessa obra dava-se p~la ptimeira vez a publicidude o lexlo completo da pro– phecia att,ilmida a São Malaquias, ve– neran•fo e sahio prelado irlandez que consta ter vivido nos ser-ulos XI e Xll ria nossa era. A prophecia consiste nurna serie de divisas ou legendas ']Ue se applicam a loclos os rontilices, a pattir de Celestino H, çonle111poraneo r.. amigo do prelarlo, até ao ultimo Pa– i,a qur se sentará na cadeira chama– da de Sno Pedro. Claro que a pro– phccia fui im111P.dialamente atacarla, yuanrlo vrio a publicidarle, pelas gcn- ..

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