Alma e Coração 1929 - Anno XII - Fasc. 4° Agosto

4 AI ma e Co1·arüo ~=~======:=-.=========;,======= ----~~ Tudo que lhe encantava a vida, se , ae torna nd o um sonho vão . Surge na tP]a o castigo das dôres O vento da desventura fala das agc nias dos sê rt! s que vivf'm na 1i'1se ria, tendo o coração dividid o em mi l pedaços, cada qua l pnpoilas san - . gr-: ntas a palpitar de agonias pro– fundas . T odo o a r parece cantar lithanias, vindas de Jogares desconbt·cidos, são la nH' l1l05 que partem <las almas lor – turachs. \' ozes de soccorro ecbo:i m, pelas qu ebnidas. . Tudo isso é o écbo torturan te das alma,; que padrcem. E o homem reflecte .. . Ao iongc, um sol violeta, illumin<l o ci o de roch edos iso lados no es – paço, viu vos de vegetação e só v;si - ta<los pelos raios. E' o monte dos sacrificios, o Gol– gotha rbs amarguras, para onde o homem ca minha. i\las ahi está, tambern, a consola– ção do, afílicto s, o soccorru dos fra– co" , a, S 1 )L rança de todos os que soffr em. Para lá cl, ega r é bom tt•r a alma dos s:rnws . E' preciso saber amar, como Je – sus, :, to-1as as criaturas, tendo o co raçii() fechado ás tort uas das in– gr.it" dü "s. I Quem não tiver a alma pre?arada, para o sac:rificio deixe-se fi c:u, ainda, nas planícies da vida ! Lá, r.o ai 0 cio rocb edo, só devP111 subir as a lmas que não se pertu – bando com a vertigem das alturas, sabem faz er, dos rai os que o visitam, fi lete'> de luz a conduzir as almas retardadas. Para além está o caminho da feli – cidade, dos que já se desfizeram das manchas escuras dos s .: us e1 ros, pa ra, ve ncedo r da mo rte, ba nh ar se na luz das ve rd.1des supremas. Arcl!ii11imo Lima. O ESPIRJ1fTSMO ~ E A AR.TE conhecendo que possuía dotes me– diumnicos que lhe ajudavam a pe– netrar a arte mais pura e mais el< - vacla, que lhe davam a visão da gra n– de Verdade. Estüdou, aperfP.içou·se na mu ica e na pintura, na Acnd e111 ia de R<'l – las Artes de \ en~z1 . Agora, inte iram ent e cr,nvicto de todo esse un iverso dt: l11z, que a doutrin:1 espirita rev,' la, ei,; que o medium se manifesta, em toda ;i pu – iança do seu talento, illuminaclo pe– las fac uldades artís ticas, que µossue em alto gráu, e ofle.rece aos ol\10s do publico, nas p:1gmas da r"!v1sta port ugucZ3, a t1agrant':! prova do ou– tro mu ndo , na bellez::i. d,~ q uadros de arte e expressão religiosa, Pxe· cutados em transe , no '=Spaço de 2 horas, e outros em 20 minutos com os olhos V( ncl.!dos, na pr ~s"11ça de Da magnifi ca Revista de 1'..spirisino varias pessoas. que se pub li ca em Lisbo1- l'ortuga l, . sob O mesmo titulo desta not eia, São P.sses quadros, c1gu:1rellas assr · 1 gnadas por pintores já desapparec i· ex tra 1imos os lige iros traços que se dos , . como Bíani::a, Galt.ino Previati, segut 111 , sobre os ma rav ilhosos qua - dros mediumnicos do prof~s:;or Bel- Cremona e um desr nho f vcutado Jottí: em 1 minutn da ::iutoria de U '\1ugioli. F .l h d V d d Expressivos cu1~~primen~o::; á l~ e - 1 o e c n eza, es e crcança . d f · r í · d dedicado a a rte dos pinceis, logo ao vi st a e vot?s e ra.terna so 1 c ane a· ent rar na prime ira juvent.ude, sentiu -/ de ao med1um, envia o e</\UJA E Co– se attrahino para a esp1r1tualidade, RAÇli.ou. -~------'""!!'"'!-________ '!"!""' ~=--= - -:z.- ________.,______ ..__,,...,_"""'':".---=== ,·pr ,una cerimon ia nn galeria dos rc– lr:1 [05 , :1nles rlP se offic iar a missa ela 1 onsagraçào rl o jovc11 fiçlalgo d',\ m íeis. Pel.1s 11O\'e horns da m:mlHl.,npparAcia na poria ria g,il er ia elos rclrc1los, nhcrla, de par ern par, rnlJn, os bul entes IH'– ~ 10s, a fnrnil:a d' n, icis a rccC'bC'r oc; e· 1111·idatlos . q11r o niorrlomo, nwslrc de e re 111n11ia. ia cond 11zi11do ali. .\ · i111 que se a1·hnra111 loclos rcu- 11itlos, do111i11n11do a cusl,i a cmoçCto, l' IPr ou a "ºz pou;;ada Fobrc o si lencio iu nf'1111tlo cios ass islr 11trs, o nobre cas• lc1h10 : -. 'e nliore::;: Ides ouvir uma exp li– c;iç:io, que vos deve a nobreza llH nii- 1111 1t:asa, para qul.! possacs hem rlefen– d,•I a, lú fora, onde o nossos hri os rle li l.il p-'.1 p0tlelll ser llt<'lind1 ados, longe n, m1 11lw espada de cavalheiro. - :-..1, Barão, quem vos offcndeu? ! ill(l;ig m o fil!H1. ~oarnm a um lempo, varias ,., z,•::; , emqunnlo os sc1111Jlanlr::;, lia po11 o lcs livos, se lur1Jan11n. l'r11 signnl Ílllperiosc, do Barão, f1•z , P ll.11 o joven Huroncle ,lluizio, que l0111011 para o se u lognr. -l'c : ô,1 al <r urna potl1,1·in ter mr uf– r nrlirt", que l'll não soubesse imme– tli 11n<.'11l,! f;iz r, r res peitar o lllell nome. ,1 tl'l lc qu e llle offende vem de cima. l 111 1,1Jd l' r mais .1llo que o lllC'll, me 1 •t L,, (' esse puder que lodos dl'\'e1110;; ncnlnr, r ao qnnl v011rrnmos dc joell10$, olhos quem seria n rnnmorarl-11lL' ,\1'– é o snb io pod er de Deus ! lhurio, qne lacs dolc~ po::;sL1in pnrn o Nol'O·movimenlo da parle rios con- arrancar do~ srus 0 :t[ses 1·cligio,o-. Yidnclos. O se nhor d'. \mi cc,-, dir igindtJ-se ain- Conl inu~rci. rfissc o Dar:10 untes que ,la aos circum11slnnle::: , Llisse: seja int,oduzido cnlre nós '.> inno- -0;; senliorc~ sa i> t> r,10 perdo,.u- a um cenle causador deste aconleci111c11lo 11íl.o p:tl', eui,t fidnl ":~ 11 ob r·•zu anti ga 11.10 po– prp\·i slo, e pela prime ira \'CZ succcdido dereic.; por em d11Yitla ; salwrc•is perdoai· nos br.. zücs '. !e.da cnsn : :\Teu filho,.º n ti lia de enmp1 imcnlo ,1t, 111inha pal:1- J')l'<' n Ailhuno. nas vespp1•a de rca l1- Hn, "a lw ►ido , !,1t11ben1, perdoar ::.o mc11 z:w o so nho atf::igndo po1' mim d1 1ra11l" quc1 rdu filho Arlliuri o a tolice de se l ci– vi~1le annos, rerua dos ~cus conipro- :1paixonnclo. E !ornado esse tlL' IHt•jPtro, rn1ss0s '.· 11 _t_1 cb1·~ as JUl'a~ dadas 110 allnr I qt1e IIH' era l:lo pel'nlin r, pro<·urou d,u do sac 11f1 crc, L, Cllflt1101arlo co lllo u111 a enle11d er, log'l~o · s-;eus pi-opusi lo.: il<• colkgi::il, doido de amores por llllla pri - pní'. minha _1.1.0 crcança c'.n_no" el~r., me fo1·ça ~ Ü:'> !)l'C'~cnh's, ele rl,apr1ts :1g,tln:iil o::: a q11 eb1a1 1 _os l1at~,~ leito., não com ,a l- 1 nas ni :\os, lw j:111'lo O <·opo it.is ,,sp 1 t1, 1 ::; gum de vos, po1em com . o Se1_1 lior a adian laL\ll ll~. e·, prc:-ta illln -:,r1,, 111 w ,iuf'a– quem e~1 ~ consagrnra na 1:ifonc:ra. \ mcnlo de dl'l<'nder t1s cL\mices en i qi1.d- A m_moria dos r~rrsenlcs, dcs~l'lT011 quei· rmergcncia qnc os fizcss<'rn iles– os lab 1os. num son1sO de synipíl lhra um met'('<'t r. tanto an1mndora ao nobre calcllào, e1n 1 · 1 1 . 1 . . . fi . 1n a um comrnov111n a e a-; ªºl'1- vC'l"os e d1f 1ce1s a;,.uros de palaHa cm- ' . " 1 1 b l r I te · 0 mas, o f1tlalgo 1n npcrlanrlo :1q11r•lla~ pen wc ª,' 150 re oíl,llcs 1110 1.<nel I n:el!º 1 ' mno;; que lealmente st~ !Ire cslendiarn. 111O1,'o, nüo podia all' if r.'11' da sun J)(•ssôa . F,1ia11do ao mordom.o, ortlc11ou-lhe . que, se: e o SPU 1 l(l, e a <, 111111 o 1 .Naquelles tc1: ,pos, a pnlnvra de ca- -ldl' buscar ,\rt hm10 e rJur o ncon - Vdllteiro em a piopria vida do rucsmo, par:,lw o 11Os·o Ycne1anrlo 111c,,[l'(.: o e\.fc e por isso, os cireu11111-ilanlcs suslinham de .,. a 1espiração, le111erosos de rlesagrnda1· O silencio r1-.1 inlerrompirlo peJ ci– o nohre italiano que, tinilarn a cel'lcza tinr dos l0qnes qtll' .ihafarnm O ml}r- en1 rasos laes, se h:i\' el'in de snhir do: ,uurar dos labios curiosos... / noiru"am011le. 1 Uns e onlros proc:uravam co111 os 1 h . Çpl lt llJ l /

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