Alma e Coração 1929 - Anno XI - Fasc. 9° Janeiro
• 2 -- .------====--- Lagrhn.a 11111111111111111111111111111ll Venho fallar-vos á consciencia Toma o cniado e sóbe, humana creilturn, a montanha cruel e tortuosa da vidél. e á razão elevando-vos ao perfei- Até chegar ao apice atordoante d'allura, Aos que sojf rem e choram to conhecimento dos decretos de quanto te custarlio os transes do subida I Nasce o pranto da dôr e corre Deus. Por decreto d'Elle venho dentro dalma, como um rio de aqui para vos acompanhar até a Vamos! E te encoraja. A rocha é negra e dura, luz que as culp11s vae lavando ... meno~ dura que o mal que dás triste guarida. morte. Sóbe ! Estil vida é a Rua d'Ammgura, Choras, creatura humana fraca Por Seu mando, quando a ad- ladeando o Thabor augusto doutra Vida. e soUredora ? versidade, que é visinha da fortu- Feliz do que que soffre e chora, Vamos l Os pés se viio ferir no rude esforço; d' J nn, bate ás vossas portas, a vir- tenís sangrando e nú, curvado, 0 pobre corpo pois que o 1sse esus : tude, companheira fiel do infortu- ao peso doloroso, ingrato, de tuas culpas... •Benzaventurados os que cho- nio, desperta, molhada das lagri ram que serão consolados». mas que a fizeram chorar, e n'es- E' esse O vil madeiro, ª carregar, ó homem, Se teu olhar se ergue para o ta lucta, n'este fogo lento que a que as miserias; da terra vil consomem, Alto e o teu sentimento é sincero, até que em luzes o teu nome insculpas ! providencia envia, faz despertar essa faisca luminosa que sae dos a alma e a purifica. ELMIRA LIMA teus olhes, reflexo directo de tua Vós todos a quem a fé espirita i 111111111111111111111111 mmum:mmi!ua 111111111111111111111111 , ,i:u:m,mnr alma crente, vára a camada es– aqueceu com os seus ardores, pessa do ambiente que te cerca sabeis quilo ·1onge estamos da per- para a vida amargurada da rua. e vae buscar alem, muito alem, feição; mas cumpre-nos desenvol- Supportae com paciencia as fra- alentos necessarios ao teu viver vel-a na pratica absoluta d'uma quezas do vosso proximo, isto é, interior. vida perfeita. A vontade caminha os da{llnoa, encommodos ou priva- Oh ! a vida d::i. alma ! ao lado do destino; por conse ções que por elle padecerdes; sede O viver desta desventurada fi- guinte, aquelle que por sua livre uteis o mais que fôr possível, ain- lha do céu, que se debate no pre– vontade, faz a offerta de todos os da que comprados por sangren- sidio da materia terrena, só tendo actos da sua vida ou derrama um tos sacrificios. Possuímos já a fé um simula~ro de liberdade, quan– dia o sangue, para assegurar o espirita, adquiramos a fé virtuosa do dorme o corpo, vencido de triumpho d'uma causa sagrada, pó- ue nos dará um estado de espi- canceiras, prostado de dores, o– de estar certo de que terá a mais rito, que nos permittirá seguir a presso pelas convenções da vida alta recompensa, porque sacrifi- voz da razão, illuminada com to- de relação! Ella espera a hora cando-se assim, collocar-se-ha vo- da a justi<:a, bond"'de e indulgen cariciosa do somuo para abrir a luntariamente, sob a ordem divi- eia em todas as circunstancias e porta do presidio e lançar-se, se nu, e o soccorro do Alto chegará no meio das maiores crises d) quiosa de paz e de amplitude, até elle a guiai o. . odio. nh vida real dos sonhos bons das Mas, ptlra merecermos essa as- VivamCls cheios de Deus, embo- esperanças fagueiras ... sistencia suprema, é necessario ra atribulados. pobres, doentes, Quanta vez não choramos dor- mostrarmo-nos dignos d'ella, por desherdados dos bens da terra, mindo ! uma v,id!! pura e uma moralidade qae 08 decretos do Oriadnr não Quanta vez u lagrima bemdicta exemplar. se revogam senão pelo esforço do molha o travesseiro, que ~icou São esses os missionarios das que se soUrP-, dos actos qup, pra- mudo e que ralou demais !... missõe~ lidimas. Pelos seus actos ticamos, do bem que semeamos. E' a alma que chora. E' a po- e palavras os distinguireis dentre Quão raros são 08 que compre• bresinha que sol ça o pena, ven- as multidões. hendem que a origem dos seus do no passado a dôr, e no pre- .Sü.o .virtuosos de moral publica males reside unicamente, na sun sente a dôr e no futuro ... quem e P';lrbcular. . . insubmissão aos decretos naturaes j sa~e '?- a nova dôr que a. vae Nestas condições a vida terá e que o unico meio de restabe- ferir ! • um alto fim moral, augusto e no- lecer o proprio equilibrlo quando E vê o corpo e soffre. E recua e bre: :3ervi~os á huma!}idade, e a soffrer, é investigar se ~s soffri- geme; e padece e chora, e soltan– t~do o existente ~o umverso; ser- 1 mentos dependem de seus desvios. do um ultimo gemido de queixu– v1mos a Deus: CUJO ~ento de bon- Aquelle que se haja compene- me ainda, cae, num taque violen – uade sopra dia e noite sem ces - trado d'estes princípios superio- to e rapido sobre o rorpo, que sar so~re bons, e máus. . . 1 r es, trabalha para o progresso accorda.. Cammhantes : aprende i a cash I alheio; é ainda o mais seguro meio I Nt\o despre zeis o que chora !... g~r perdoando, , a ter compaixão Ide assegurar o próprio. Não endureçacs o coração co– d aquc lles ou d aquellas que per Deixemo&que o nosso coração mo a rocha núa dos dezertos ma– suas fraquezas foram arrastados i se entern~ca pelos soffrimentos -~- __ 1 de nossos 1rmllos, para assim com- 1 · -- ' - prehendermos a extensão dos nas- 1 • do que a rique.1,a, nas mãos. Bcmdicta. seja u Bemdita sejaR ! lhe depos itam ' sos dever es. caminhantes. da vida terrena, dos , Amêmol-os, tenhamos a paixão seus pensamento~, dos seus traba- Cu1·idade ! do amor do prox.imo, porque só l hos,_ .. d~s suas vu·tu~es, dos se~s essa virtude dá acesso nas Vinhas sacr1hc10_s, qne se ligará um dia 1 divinas onde se colhem 08 fruc tos Ia humamdude por um fio d'ouro Medíum - ElMIRA RIBEIRO LIMA de felicidade Eterna. na - Paz - Igualdade- e Amor. r .r•oPCll.! 10 l' iw: rn o ( F:s t' 1 , E' da consciencia da alma dos .l/ or('os A 1 '!n,ell(',.
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