Alma e Coração 1928 - Anno XI - Fasc. 4° Agosto

~ssignafura annual 10$000 ALMA, principio immortal que se • eleva até Deus e cuja elevação deve ~er a nossa unica preoccupação. Organí de propa:-áada espirita Circulação mensal raçao ANNO XP-NUM. 4 · Pará -- Belem - AGOSTO de 1928 - · D1RECTOR ESP!llJTUAL -Ar.VARO (Espirita) COR AÇ O, parte material do corpo • no qual collocamos a s~de do· amor e do soflrimento, caminhos max.imo,; para a elevação da alma. Aljredo Srmdova/ (Esp). EXPEDIENTE ~\V ERI ~s i Em 1sr Er~, . · I , , , •.•, •, •l·" ,,, ••• , •••• ,,,• ,.•,. , • , ,u, ,,.• " ..:. Toda a correspondenc1a para esle 1orna .••.,,, •.. ,.. ,,, ."111 ,,·,,.i,11111,,1,,,,,,,, r ,..,.,.,, ... Director-Arcl1i111imo P. Lmza. Redactora, secretaria-E/mira R . L ima. el e ve ser enviada para a red acto~a-secreta· I ria, caixa postal 168 e travessa Apmagés, i o. Alma em provas descanç~ e treguas do· coração ferido. ISOLADO _.._,. 1t111111t111111 t 1 1 11tt11111 1 1 li U t t 1 1 1 1 1 1 t I t 1 1 1 t I t t 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 •• Ha momentos em que a alma se rer.olhe sobre si mesma como se quizesse fugir ao mundo exter!or pa– ra gosar, qu içá, de outros honson~es que resplendem muito além e CUJOS n fl ~xos ,·em se esbater em tons sua• ves s0bre a alma recolhida. O turbilhiio do mundo, o agitar d;ts paixões que estuarn. mar fre– mente de assustadoras vagas, as as– sustam, tal a sensitiva ao choque da mão ousada que o melindra ... A solidão é o refugio dos tristes, e o sanctu:irio onde se njoeiham os santos. A solidão é o templo onde a alma se prepara para os remigios ak:rndo. rados d! promissores vôos largos, fortes e sobera 10:. em outr.,s: csta– ciios de maior virtude e de maior co'.heita. As grand"s obras, como os _p eque– no, ensaios litterarios, necessitam de recolhimento para que a alma do auctor inspirada, possa rdlectir, c!Js am~ientt-s ma is eleva, los, os ensinos puros e maviosos que embalam o P.spiríto do leit0r em blandicias di: poesia eterna ou o faz sub ir na con• 1.:epção dos id ia .s mais nobres que propulsam o sér espirtual a conse– cussão de alevantadas obras. As almas que se enfeixam em multiàõ~s agglomeradas, são os operarias que executam os planos do artista que os sonhou. As grandes almas sobem muito, muitissimo ao se ,solarem do mun– <lo para d~r a esse me!im 0 mundo ignaro, a sdva sacrosanta d,)s seus pensamentos alevantados e . puros , que servirão de guia á roultl?ào da colmeia humanc1, que se agita, n;i experimentação das azas, par .1 os A alma que padece é como o noaro escravo amarrada ao polé de b rbaro senhor; o corpo éa esoravidao, pesada, 1orturante, onde sa eslorce em pranto aos latejos da dor! Opobrn nrgro soffre na mudez da desgraça a triste condiçao captiv~ em ~ue namu .. . a olhar som olento, s~m fé, sem esperança a longilude azal dum céu que elle descreu Assim a alma 011 prova na dureza do carcere do:oroso, atroz. da ma•eria ferln3, alça n tlhar fatigado á mudez do infinito e pa,e;e descrer da bondade divina ! Só oEspiritismo com a reencarnação faz estam, na dor, o hum1no pensamento, eogaié do Lfortunio, crenjg na Verdade, at1 as mãos e se entrega ao tóro do tormento. NA13UCO DE AZEVEDO (Esp.) Med. ~LMIRA LIMA Ullllllllllllllllllllllllllllllllllrlllllllllllrrutmm11n1111111111111111111Hnnn11 primeiros voos de aperfeiçoamento espiritu;i l. No silencio das horas recolhidas clla esquece um pnuco a dor das chagas aber~as e_ lhe parece que aos poucos as c1catnzes se apagam. 1 Fitando a serenidade do azul ce– leste, ella se vae serenando ; e ador– •11ecendo o corpo em repouso, sóbe a powe alma pequenína, agradecida e em paz, em busca dum oasis de sonha~a y~ntura, á estagios de vir– tudl:', Jamais alcançados no turbilhão escuro, agitado, e amargo das disil– lusôes da Vida. LEOPOLDO RIBEIRO Esp. Medium--Elm!ra Lima 1111111111111111111111111111111111111111 IIIIIIIIIIIIINNIIIIIUIIIIIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIIII A ESCOLA AQOSro -- As almas menores, os bons espi– citos, os seres 'lue já co:1ccbem e sentem o am<.r da virtude, lambem Onze horas. O sol abrazado ruti– querem se isolar, por vezes, da agi- la':'a na casaria do sympathico loga- taç:'.\o violenta dos agglomerados reJo, . . . rn id0sos, af.m de se prepararem Uuv1 vo~es mfant1s; alcei a vista para os lindos vôos do futuro, que . e d~scobn donde vinha o rumor: ellas almejam, av istando em extase I era o gr~po escolar da cidadesinha de jubilo e emoção crescente, o pre- que festejava o anniversario de sua passar ai gero de uma luz formosa, , 1 fundação. ') bater das grandes azas d1s aguias De vagar, andando, a diminuir os luminosas que cruzam o espaço in- passos escutava as palavras de festa finito enchendo a vida d:! encanto, dos alumnos, que c:ncerravam a fun- de paz, de poesia e amor. cção. D tP.mpos em tempos , a creatura Dahi a pouco o bando das men·nas 'lue an~a, s~nt~ e soflre_ e tem de se espalhava pela rua uniformisadas produzir, precisa de se isolar. nas saiasinhas azues e bluzas brancas As horas de isolarLento lhe sn- tendo ás mãos odorantes ramos de vem lambem de repouso para poder jasmins. supportar as aggn~ssõ~s <la Dôr Felizes, enchiam o ar com a garru- Os calices continuados desse fél !ice das suas falas e risos bons, em– de provas que lhe obrigam a tragar quanto os brancos jasmins embalsa– as contínuas refregas das aproxima- mavam o ambiente, em torno de sua- ções do mundo, exigem que a alma se ve fragancia . . . . . defenda no isolamento, se feche na Os dias da menm1ce nos vinham solidao das horas silenciosas, para a memoria e como se creanças fosse-

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