Alma e Coração 1917 - Anno VIII - Fasc. 12° Dezembro

,i minha luxuo-a a lcova. e sem m rEmo sa- ber " r'] ne. rr mp i em so luços. ,, Ernm as primei ras lag rima • e p recursoras tle :;l"lndes offrimentfls. · Bn, toda a noite n ão pud co..cii iar o somn ,: imagen · ridentes dn. ÍP.licidat.le pura •1ue ipensnd amente ahaudo nara se agita– varn n,1 meu cereo ro fe bril. emq a a nto que fazendo contra te com c . . s p hnnta. ias ro– reas, ~e debuxavam a ceu as impuras da mi nha v ida pre ente. Levantei-me alqu ehrad a, e procu.-..i nos prazl')reS ruidosos esquecer fJ.U e a f lir irlurl <1 t1e aizora. sonha a estava pa rn mim verl ada: pobre burboleta· que qu eimam as a1,as u a ch amm a ma lrlictas do v icio!!. .. Tornei a encontrar-me por diversas vezes com o g entil ma nc-::bo, qu e so ube chamar·SA Osva ldo, e ser filho de abastada familia. qu e lhe havia dado uma edncaçào firmada na mui para rpora l. Ao vel· o, por mais esfo rços que fi zesse, não podia v encer o mou enleio e timidez. Passaram-se al O'uns meze, : sem saber porq ur, i:omecei n envezi.onhar-me da vida dis oiuta que tinha; fui pouco a pouco perdendo o ~osto e a animação pelos prazeres que ta nto me havi am deleitado ao passo que achava llgo ra um encanto iddeffini vel no siJeacio e na Rolidíio. . Urn diu, em que o desalen to com JD?"i:; •nten irl.ttde me empo)O"a va li em um pen o– Jico a n oticia d e uma"'fe · t; d e ca ridade que devia rea.liza r- ·e n o campo; resolv i logo ir !l88istil-a para distra hir os m P US negros pe– .,.are,. F ai, inccvrnita . o rosto v elado por. n egro Vé) . •\ :; ~cPnas qu e presencie i 11 esp~r– l..tra•n n'.> meu esµ irito g ratis, ima impressao. ·entacla á s mbrn de uma fronda a a rvore rnergu lhei n 'uma especie de sonho; , se n_t i-me f''}r 1nomentos li vre da cruel obsessaO da '•linha vida impura; pare ia·_me ser outra, Pessoa e que as manc has d~ p_r~se1~~ s: 1'pagavam ao sopro de fluidos 1nv1 1ve 1 s qu "nvolviam o ambie:üc. Despertando desse extase docemen te eo ~ – rnovida pela impre são sentida, vi appr.)XJ ~ rnar-se um g rupo dr indi gentP~, qne no ar– l''>ubo da g ratidão , beij avam as .miíos do um •·av9-lheiro que lhes fall a Ya so rnado. . Com e pan fo reconheci no cava lbeirzcl 0 rentil mancebo d os rneub s onhos, Osva 0 "rrt fim r Óom; seio palpitantn, 11 ,ri tada por 'Sensaçõe~ •liversas p;ocurei saber o quo sig nifica va e:; ~ceirn, to~a.ute diss~ram-rue então ser ell e u rn rios promoto r~s d a. fei;t a da pobreza. . , eh 1 do de t rn;teiu. eia de p razer, porem roesc ª 1 ,\.llio :í Pensei : Sim, {> n obre e g eneroso· - hell eza mora l, a phisica ! . ro- Com alg uma. ilifliculdade consegui opp ní– lt.imar-me d elle e desta vez coroo gn e ª Ili tnaua pelo sopr~ d e a~or e caridade que ª Alnn e (\, ra~iio-5 lrnvin ,; i,i-;<>- !te pa lavras de cncomio pela F\l fl a t ('iÍO 1 't!ntu nitaria. nce011li ecr•n-me , e ficou extrPmameute ad– mirud" d a ninha p1·r,, ença Pm t nl log-a r, ma• ca val heiro bl'iMo. 1_1:io fez o menor g, to que t al.1-:;e, o mPu incngnit,1, A cl~sp td J,L. ar, ustaila JJ 'l l' força poderosa. que l1<1J... r'nmprehenrlo. p,•di-]hP com a Ia– grimns 110!': <>11 1<1:,; q ue s,.. quiv•. "" re~gata r uma al111 a ao vicio, me e ·teoJe;;,;..- a .·aa. mão redemptora. Fi 011-me longamen te A tn le:i: l<'nid,i po r um intui t ivo sent im ,. nto rle riedadc,p r'll'netteu vi – sita, -m.., e faze r o qu e e. t ive~. e ao eu al– e:u 1ce para leva ntar-me do · lodo cm qne _me deba\ia . Hetirc+me com o cornçã.o chei de a n ,,.as– tias, norr m fo r te na l'Pii()lu çiio dr redirrrir~'ine· e e perei a· vis ita d'aqnell e a quem coo~ sideri.va o meu sa lvador. P or in ·ti n,·tn, em vez de atav iar-me de moqo a fm1e r realça r o. minba helleza. escolhi um vestiç o modesto, cs pr rando, ta lvei. com a simpli ci dade velar as fa ltas que t ão odiosas me pareciam já. Sentei-me ã sombra d, um formo ·o cara – rnao chão, e e nt reguei-me a triste deva neios ])e sabito. s arg io na minha monte esla pe1~ g-unta, qu e at ahi, leva da pela força dos aco ntecime ntos, ainda n iio fiz ra ao meu co ração ; Qual a causa da tl'an fdrma~:ii.o qu e se OJ)''rn em mim ? Qual o movel d o nrcl e ntP de 0 ejo de rege neração que me inva, d ira? P orque o subitn de prezo pelos gozrn· que tanto amara? Uma subita claridade so fez n o rue u es– pírito e no meu intimo uma voz se erguen respondendo : O amor ! Arun.s loucamen te ! P or es P am" r se nls regenerada, mas sorrrení.s i.mmea , o, e morrerás por elle ! N:i o, respondi: a, mulhe– perdida não t em o direitfl de expe1imenta1 esses doces sentimentos ! ! E teimo.sa a V07. respondia: Mas, no entanto , ó a verdade 1 ! Ainda me encontro.va uo se intimo co l– loq uio qu ando ch egou Osvald o, f'Stf' nclea· mo amigavelmente as míi.os , como se só tiv~s• . um ,;ua presença. a maU1or arrependida, .– n ü.o a. cortezã deslumb rante que vendia e,:i seus encantos. E ass iro dAvia ser, porqne a mulher fasci– nadora , o -Ast ro de holie,a- elos de. luro– brnnte s a lõ11s, estavn t ransformada-; u 'um s r :;im ple,; cuj od encant(ls SI'- vd ra rn na ruode11tio. ., cujos olho offu s .antes d brill1 0s dorui n adorflS , se mo;;l ravam p<'lrl1tdo,, de lagrimo..~ t' amortecido:1 pPla insomnia . O meu aspecto parecou 11grnl ar· Uu'. e foi ,.:n tom doce que me di rigio a palavra. r,ni– rntinrlo- mP, c,111 Cortando-me. Attrahitl ~ 1wlo seu mód,, bottdos,) 1 co11lPi-lh d, 1.llh~d nmentr ~ minha vida, o 'ln bito tirs- •

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