Alma e Coração 1917 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 11° Novembro

encontramos analogia tanto no fundQ como na fórma da evangelisctçao pre– gada aos povos, e dahi, concluimos, logicamente , que a regeneração da humanidade é um facto incontestavel, e o seu bruxolé ar, suave como a brisa dos oasis, vem impregníldo do per– fume divino espargindo lu·z ao mundo dando vi_sta aos cegos e consolações aos afflictos da t<: rra. As vozes dos espíritos mensageiros <lo bem, que baixam por toda parte, no seio das sociedades eivadas de maldades, dominadas pelo orgulho e ~elo egoismo, despertam no homem ·t 1dt::a da vida futura, deixando-lhe ·ntrever horisontes novos que se ;ibrem al em dos limites da terra. São hem as gottas do orvalho divino a dar .seiva, a ~ncorajar os fracos pe– l'egrmos do mundo a se desatarem das peias crrosse ira~ da materialidade, a abando;arem as sombrias florestas dos vícios em qt:1e se engolfaram por IQ;norancia do futuro . São os toques de clarii:i _celestiaes . ;1 chamar á fórma, á at1v1dade, os trabalhadores da ultima hora. E. nas uas mensagens, os miss iónaari.os ~c– lestes falam, aos homens dos devei es '';>Pirituacs a cumprir. e em termo:; st mples e concisos , indicam-nos as \·ias pelas quaes mais facilmente po– demos galgar as esi)hera_s felizes q_ur :e perdem no se io illummado do in– finito. Ah! ... quando sinceramente ou– virmos a voz amio-a ·qu e nos fala (l (·u_nscicncia; quando nos momento~ t nticos da vida soube rmos com fe •·l~var uma prece ardente a Deos: <Juando de todo o coração soubermos :iinar o proximo em espiri~o e v: r·. tlade, te remos dado os primeiros p,ts– ':ios na estra d3 do progresso, .e as nossas almas guiadas pela clandadl' rfe novas a~roras que despontam '>eguirão sor ridentes e feliz es em pro– ··ura da fonte do bem, da vida e do !\mor-Deus ! G1LBFRTO JUNIOI< Alma e Coração- 5 Narrativa Espirita - ···-·-······· ~ .. ~-•-· ----··--- ... ,. ~ ~~ ' ::;entarn o- nos, alheios a tudc que não fosse a paixão que nos dominava. Derepente, senti os labios de Carlos unirem-se aos meus n'om beijo ardente A e se contacto, despe;·tei do oxtase delicioso em que me achava.: sargio no II.leu espírito a ideia do dever, da honra ; ergui-me, e fitando-o frente a frento. pergun– tei-lhe: - Que pretende de mim? Não póde desposar-me, porque seus p<1 i , não consentiriam na sua união com uma hu milde fi lha do povo como sou; preciso é. pois, que nos separemos porque quem sabe a que abysmo de sofTrimentos nos conduzir:i. este . 11f110r ? ! Adeus !... Carlos reteve-me á. forç i\. ,lizendo com vos convulsa: - :::iepara.nno-nos? Esquecer-te? Que dizes! ? Dnvidas de mim, julgas-mi-, accaso, algum libertino capaz de abusar da. tua pureza? Ah I Esmeralda, o quanto és iu– j u.st a I Eu amo-te com todas a.s forças do meu sê r ; nad a me fará e,:;quecer-te; o meu sonho a rd,mte é fazer-te a minha esposa querida, embora o. isso se opponlrnm os preconceitos da nobreza a que pertenço. . Esmeralda. f'U te snpplico : acrêdita-me ! os nossos destinos esLão ligados para sempre, mosmo atmvez ela morte. Vou fallar a me11 ~ pais: e amanh ã., neste sitio em que nasceu o nosso amor, se deci<linlo os nossos destino-,. A.gora. adetts e qne o Senhor nos proteja! Comp reheudi a sinceridade das suas pa– ,Ia vraf, tomf'i · 1 he a bell a cabeça entre as mil os. .filei-o longamente nos olhos, e impri– rnindo-Jho na fronte um casto beijo, disse-1111::'. -Sim ... que o S1;1nhor nos proteja! Con – fio em ti. Ao chegar á casa, foi me ajoelhar ante o retrato de minha adorada mãi. Estendi para a imagem querida as mãos snpplicnntes di– zendo : «Mãi ! 1' u que do céo nos comtomplas, a.hrn· çàa n nos~o amor. pede a Deos que extend a. sohie 1•!10 o se u manto de misericordia !!,, {'mu os 11lhos, fltos na · imagem q nerida , 1 -,enuanf'<' i ora nil o. Derepente, po.receu-m,' ,pie <'ll a ,;e movia. e que uma lagrima corria va11arosamen te pela:; suas faces. ao mesmc• ter~ p•> 1., u vi uma. voz vrll:ld a dizer: «Filha , 1 uNido. o t eu sonho é irreali savel. Esse amor ;,eru a tua ,fosv1•ntura e conduzir-te-á ao t umn\o. Nada mais po:;,;o por ti, senão envolver·tl' uo meu amor <l,• espirito. Adeot,, filha queridit, ati, o uor:;sa hre \·e aniiio no mando espiritu rd .• Erg nei·me és pavori<l:i, o percorri todo v aposento; r:1as tudo continuava na immobi· lida<le, e no iiilencio- Chorei muito: as pa.lavri.1!-

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