Alma e Coração 1917 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 10° Outubro

l"n~a. :\., c.:onh ccndo qne ia morrer . r P n:i•) p tic.lendo fala r, esc r eveu a rnsk° a lguma s palavras a Iapis , d an– '.10· s a ler á irmf't casada com o irmão da s ra. H . G. ~ N:to poder e i morn·r , dizia o a– i;on,zante, s em r cYelar um seJredu • f:w , r um · pe rlido. -Escreve tudo. di sse-lhe · a irmã.– \fas . \. não podi a faz e i-o . ~.- c reven ª !:ena s qtw a s ua histor ia na mui to lon,,.a . . _ :-,', P ,ts w rças qm' lhe restavam n;i r, •' 1··t11 b J • 1 astaz1fes para na rra -a: . A. fallece u ao 1 Lahir dc>ssa noite. ,\. sra. H. G te ve conh,,cimento do' tr,;spassc no mesmo <li;, mas igno- rava a d 1 - f . " s ec araçoes e1tas por A. . --Orei por r-:lle , na rr ou ella, e •1 Kazalhei-me . Não dormi logo mas ••·h-. . «\ a-me n esse e ta do com 111 um ck ll]1•i0 • • . . . . s" rnn o e me,a \'1"1ha . .\., <k calça pre ta e camisa br:rnca, ◄ p p a rece u - me chamando-m" como Í' , ' rJ~ ·\~tlava, pelo diminuitívo familiar ·. · envm. P C' rguntei-lhe o que dese– .J.iva s . . 1 'i : e qu ena que eu orasse en lia mt1 •11 ,;:io. .·O pobre /{ p,.-diu-me qu, · o ou- 1ss e e conto:1-me o si' gr1•clo que o •ltorn · a itntava, ao ponto d e ret1· l-o prezo : 1 ll J'.J corpo j,i. incapaz d e qualque r ~ 1 ª 111 festação mais ene rgica. Ess1> sc– .,recJo re,;u m ia-sf• na existencia dt> .in1 filh 'd d 1· - ,. o, nasci o e uma 1gaçao 0 111 u . . . d ma mulher preta, pessoa \·1ci.1- ..1ª tainbcm, pois que .· • entreg ·,va ' 'll b. N (a -. 1 naguez. A . des !j, va que · 1n :- 1 :... . n,t < e A.) tomass<.: a creança e "'cr iasse, evitamlo u effeito ( los des- r1•gr t'l- ª 111 <>ntos matt>rnos. O pequeno l;\111'l\' l\f , • a-se r ;moei e contava 2 p,1ra i ann, . 1 ) S I t>dade. -Cull u poderemos encontrar os A lm,1 e Corn;âo _ 9 ciois '? Nenhum dos nossos e, nht·c essas creaturas. V. pode d ize r como pode mos 1:rn 0 11 tr.a l-os? • -De ixe m- se esta r, respond e:u A.. D eus h~ <l e perm irtir que elle. appa– reçam. A . <lesapparec .:: u. Ore i por r.Jl1• e p e los out ros. ~o dia serr uinte h dirigi-me á resi<lencia de N., a quC'm narn•i minucirnpnwnte o succc<lid . aconselhando-a que cunp rissc os de– sejos do irmão. N. mostrou-me o e scripto; mas d eclarou que niiO aca – taria a supµlica de A .-não tinha filhos; nãv se dar ia ao tr:.tba lho dt criar o ele uma vagabunda, qu além de tudo n inguem sab ia qual rumo levara. Um mcz d ·pois do fallecim ento de A ., aprc~cntou-se na rcsidcnc ia do p:it. deste 11i.1:t mullwr J r ta, em cs– estado d<' e1n bri,1guez, n 1 :1(l uzindt pefa mrro :1 uma criança, cujus signaes inclusive o nome, correspondiam aos daqos por :\ --Aqui t ·r 1 o S(·u rw~u. disse, rh - ri(l'inclo-se ao :l\·ô : t'.: filho do seu filho . N;io posso cn:al-o ; não tenho recur– sos. Se e1Ie ha <h morrt·'r de fom , acho melhor rine fü1u c1 aqui. O ;n•ô n•culhÍ>u o me nino , q 0 11e da – drnte um 111t·t 1 rn pouco· mais rc rt·b •11 o agasalhtl devido. Um dia, portm, a m,-1e recla111011-o 1'. o inl<"liz Manoel foi yntregut: sem mai· clclonga-;. Por mais d1· nm nwti,·o, esta n:u– rativa, l nnta<la co1 1 o desalinha'lio de quem nilo salw fazd-as mclhort s, desperta as impressões ,mais clive r– sas. De um lado, o facto ele poder o dcsincarnado recon,hec · r o s<'u es– tado t· mov1'r-sc desembaraçadam mlt algumas horas após o abanc.lono <lo

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