Alma e Coração 1917 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 10° Outubro

Alma e Cornção-4 ram-se doixaodo ~ pobre Esmualda envolta no ne~rnme das esperanças perdidos ... DeL~emos de dc-cvan i6s. meu pobre co– ração, vamos começar a 11arra iv11 das ;\uiar– guras que soffri na terra Coimbra foi o men ber('O- . Foi nos seus cHmpos p;;maltados de flôre!' '1ºº decorreram os lodos e ri:;onhos annr, · da minha iníancia. No<i scos poeticofl montes tantas vPZes corri il~f\cuidosa nas belltLS tarcle, de pl"im~vera! Filha dti ubnstado:; r·omp<,n,•z, s, J,·im no mundo cercada dos af'fo,·tos df' mt•111< quericlns pae:i, e!-treitando ma is, ainda Ps lt1,~oi; que os nniam. :Minha miii. rnuito jovcn ai11.l11. ao estrei– ' 111.r-me no,; braços dedicou-me 11111a ndornc:-üo in!init:.; cu era. o ceu para dia. o Huprl'tn•> ideal ,1c seu amôr, Crc ,,i nesse aml.iicnte de meig-uices. nP1;1;,; l11r feliz do qual eu en\ a luz in<•bri,rnte. Muitas vezes minl1a d'dora<la mãi , sentaYa•mt' nos seus joi>lhos. e filunrlo·rnc long-a11wntc 1 procurava adivinhar. ntruve;; a innoc ncia que -,e e,,pPlhava n!1 rninha front-e) o fntni-o qur me agnar<lava . Pobre miíi. ó tel1 amoroso <\c,)rac;ão pl'Pvi:.r. t.a lw•z, o que, do aniargt1ru~.en,·1>nava e~ o (utu ro !... CL·ITarla. de caricia!;, comph•t1•i dPz u nHos, .em dP. levo <'Ulcnlal' quf' o onjo ,l,, r,rfa11- 1l1tdc nd,,,iavo. f(Obre m im I I',>r Ps~a Ppo,·u, mi 11liu m:i.i, jú doent-0 e aha.t iclo. r!Pu ú. lu,-, 11/l.l formoso menino, que, uo •,a;;ir <lncc•mcute não 1,011rle receber as cariei os ·maternas, por. que a fatalidade cnvolvcro. em çnipP o no,;,-, 0 111.r feli,-,. , .\ rnãi carinhosa, a <:sp<J ·a exemr,lur. v anjo rlo l r dPixn ru a terra. para l'l<'var- se ao i;eio ele Deus. ' -Minhr, querida ruiii, 'como me era <l()ce entii.o _prouunci11r cs:-m nome q,H· c,m1;tituia parà u,im o portf' rf'manc;o!l i <Jnd,, in »liri:,.ur '>. ineus p1.:,:an•!=: infruit is! :'lfou pai. frd,lo n1u<'ml'llt~ 111 ~uo. rn,1is ,·:trn. :dfeição, ao ver <lu«app.,r1Jcl•r :i. Cú!npa– ■ h<•ito. 1p1eridu, foi ·in vudi1lo por de,1•spero aLro:r.; al~um tl'111110 depois e, ·e dese~pno fc,i ,ul,;,til uido Jior uma o.p thiu (JUt: 1 1ai~ s1 :i,– •Oln<'lhuva a insani,1; nocln o prco1·1·npava ,•n:Ão a lcml,ronça do. mvrh ic!1Jlat r:ula. Com d<'7. u11110., · apenas. fü,u"i s,í. r'om al– ,:_u1,,- rri11dr;s fiei~. nesse l!ir vnt.rora tão fr liz, ,, 11;:orR t·nvnlto <'m luctuçso cr<'p<', 1-endn Je um larl11 m1•<, p•,hre pai 111cu1,,;cit,utc, 6 lu untro um Le.r,:t> Clll que vngi I u,u pc,1ue- 1inn Ef.r privad11 ,h~ eo.ril'ia:; mu ern11s. Fm irmão de 'rn••u p;ii, o.:0111lc111lC1 uo nosi;o iufnrtuuio pr,wurou 1c111eni"!ll-o ;n,t.allr,1,dn se ,,m nosso' l:tr, <1 tom 111?0 adC11inL:,trnç;i-Q dc :4lgun.. lwns 4ut _µ o.,su_in1~?" A minh,1 int l11µtno.:1a JU har;ta 11,, dt!~P.n– ~.,I:vitla, :l!'llroll .·e ··•:rn a_adv,•rsid_n:lt>; \c,rnci ;, clnço ••111 u·~ ' !tl ,en 11· ,lc rn:11 ª'. Ili(:, pequenino irmão, pri,:.ulo pelos cu1,rid ,os ,1,, 1 destino da prot(·Cçivl uos seus pro:::í'nitor.... Ah I como amei rsse SPr frugjl! rorn 4nr <ledir:ação vordadciratnAnt,:; matPrn u o crrqm•· <le <'uidádos 'imffavcis! Entre~n a Mmlo t, - rd11 de· velar pelo pobre mco11.sl 'il'Dlc, • pelo •tenro anjmlfo, cornpletl'i vinte anno.· o m .n coração dnrmin . j,, mo.is exprrirn<'nt:1t ··, o sui,ve SP.nt.iment,, qth liga doí · 1wrl'ti !'"" carl.eias ro·cas e inq111~br mtM·eü,. · Mo. um dia . e. tan::lo ~enlnda u. bt'ir:i rlt nm .-eg:Lto cuja. agu:~ <'1 ystatlina ,. as flún•.• qut> o borrlavum ,·an1<l:,s 110 <;eu 111au. o m, • rulhu1. ronvida.vum á t11f;"1lit11ção. ,·i appan:•·l' • uma nnmcris:• ,·omith·a, ,., pnpost:, d,~ e:shclt ca.valloPirns e fonno,-a." ,lamas; a<lmiru 1,,. ,hn. •·i An~,•ln, o rnPu ptqut•nino irmiw, qu,, hrin,~ova á l'"t c1; n11i;,-,,1<. '.\la,- , f!rei,cnlt. 11:is cloh l'Ovr..llof:i d ::;,·rn1Hio ,e prt?cipituu· 1 • nr.rn ,,fie 1>,·i um grito lon<'innnt e c·,11·ri m .,e, . nccorro; o ..:aval11cir0 ic:o h,•ou rnvidan ,.nt• a rnurchu. ,10 anirn1d a ,tl'ffiJI0 <le i111J1f'rli nmo. d,•~graçn; apeou• e. pedindo-me C-" 1 tilmente d<'sculpa ,10 honJvcl . ll!;~0 que lll caus:i.ra cujos si;;nars t''Llllllpúvum-be na pai li,l,,,,, <lu 01eu rosto, f' acHr i,·i.incl,) \ nge' pc•rgnntou-lh" ;1cmõo woruYtllncv. E,t,. rr1. dith _;i suas <'aricin,-:. aprPsso ,1-i;t' a iudic'al·" . O J" <·li c:,ni.lheito U•·spE>diu •s1: µroru.-f.tcnd '·h1t «:·-11,,s e tomnndo-111" a miio epo:r. 1wll~ nn1,_1Pspcito,-.o l:\'ijo. f HJu,,1 ext.,lit•a. ac· ,mpnnhun<lo com o olh"' o ~·av::ll1eirC1 •J°•w :;e I erclin ao hng-e. E.s:lrcn!' :\g-11 a<;uo oppriA ia-me <• ,;fie•; 0 m<>u cqra,utl 1,ulsu.~~ cmun st• r:>ru d,·speduçar-,-e: o frulwr elo :1e1.10 :a11 1 ia-11 ,. á< fac,•s: r, c·outad) d1c - 1Ju~ll ... bPijo quc·irnara-rnc• corn·1 J11harccLL :i. 1 drntc Ei-tan i do... 11tc, Jll'llf'Pi: l' tornnn<lo A :1:,:-•' 1" J•<'h~ :não , e0<•,1mi11hPi·111" pnr1• ll ca~u, pr• •·• rnndo nos],, hur H domp ti •usa· ,:nlnrn P 111 :.i ,,.j tl,n agitllçào, T.m!(I. pon:m. ~ro. hn!Jutlr ;, 1mag·••111 ,L, ..;-"n il urnneebo íi1;ar;i impre, " n:t millhi\ rl!t111a vi::. 8 sua figur 11 e,,bclta r airo_sa, n,; ;;l'Uf- CO.bf 'llos nc~gro:; a unnd luch•• 0 big-<Hl.,i fln, <' <·orrect-0, a lnnguide:r. rio~ ~ru olho,i Jl(>gros e r:Hgado1;. L:1-1-!nuias artlent,•.· iound11vo.m me os foce,, 11\~rimus de de pc,trJ, pni • queria ""'luccer furtar-me a e. n. vi :r.ão faso.:inodora, e uad~ conse:;uia ! A' noite, ao •·l:r,l'ar 0.._ olhos c•rn hn~•·» do dP.:;canç,,, a 1;ua 1roa"cm mo a1,p.irc·•·in air • ,l:i, railio~a, l'º"oand1;:_1nl' , s ::,onlit>~ d•' i i ,i· 1 ·õ,-s suaves... 1 O~! cnmo é b1;1lo 1;011hnr, .·,,ntirnw- J\l'- •'n~o viclos e~ vhar)t1.,ia~ r is.1uha:1 1 __ • , _1 ela manlrn crgni-mr. ahatiiJ,1, p .1~H l drn em continua ag·ita,;ão, (' ,í. lunk, elo;• mando Aug·olo, ,~omo q u,• attra !tida p,,r {tlí\ • inrn~ist ivel , ,l iri~i me ar, 1 n)!ar <lo. v,•~pr. r.i.~ ,.,~nto. rr.,~. e rt-cnmmendan,1, a ,\.ngelo •J 11" .'" n:1,, at t\P,6t". t J1l 1·t,.gnl'l· 11\t u >-uav,} ,1,~v ait nfnl

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