Alma e Coração 1917 - ANNO VIII (Jan-Dez) - Fasc. 8° Agosto

lenitivo aos seus soffrimentos moraes, tal o descaso em que se d eixaram das coisas divinas , aquell :-s qu e , na terra, se constituiram aposta.los do Chri sto. · ~ão, leitor amigo , não vos e squi– \·e1s de estuda r o espiriti s mo, e ll e ,, u consolador prome ttido por Jesus e n~m exp licar-nos, sem o véo da !... t– ira que mata, aquelles ensinos qul' o Di vino Mestre re velou -no!:> cm pa. rabo la. E' praticando a moral espirita qu e 0 homem se tranforma substituindo o orgulho pela humildade , o odio pelo a mor, o , goismo pe la caridade, e dess'arte ar ranca da a lma as hcr– ,·as damninha::. da hypocrisi a e ela ,•aíd~de e co nj ugando es_fo~·ços: vae , caminho em• fóra , se m d1stincçao de crença ou naciona lidade , 1,or toda Parte d istribuindo a nrnr. ape rtando o (· lo fraterno que prende a c reatu ra ao Creador. Fetirnlte. tomo. rrealisa adesenca rnacão rm mP.cliro francez. ')UP. se nssigna C0 1 ! 1 0 l•~e nrlonymo d() D,L X, publicou, na rev1stti l:t Espfritismo as suas observações sobre 0 l•he nomeno ph\,sioioo-ieo e psychologico ia " 111 1·te, no raso ·de u;a enferma, entregnP " ''" 118 cuidado profissionaes. Traduzimo l- ,is i•.ira. insoril -as em nos,;n · rolumn as . porqu ' •dt;m dr inte re ·santes. vêm co nfirma,r a, 'Jllf' 1 ·n~- sido feita..,; por outros observadores- Eis O relato dl) facultativo fra ncez: •T1 •a.ta -so cfo 11 ma senhora enferma. de lí•J ª rtno~. Oito meze:s approxirrn.1.damente, antes de i:;ua ••1orte, vejo 'consultar-uw. Examinei- a dt~· '"•nte o sornno mn(7netico. Ainda qne sequei-' ·,1.·,e npena~ de f;aqueza., verifiquei que ell,, ~•• 1 !ria de molestia can •erosa do e tomag-n. ''lIJO desenlar·o fatal se realizaria em lJre ·,e tempo. fü~t d · desencar- 1 ':! an o certo da. st1a proxtma 't •ao, embora ni\o pode se fi"'a.r-lhe ª data 1, rpc· 1 1 aai1·nnr corn ., · i,;a, resa vi p r csencea -a •e ex ' _ · -te nção, o tão t-emido ,e interessante pho · •ineuó. Alma e Coração- 5 Levado po r esse desejo. fui ll tabe lecei·-rn e n u. casa da propria e nferma ... , Quandt1 chegou a hora da morte . achava-me. fel izmonte em I". t udo oro·picio. para entrar m uma condiçü.o . uperior. Procurei collo– c:ar- me em .·ituaçib a inda mais favoravel. afim dr. niio . e r pNturbado cm minha:; ob– se1·vaçõe . Dest' a rte p reparei-me pa.ra acom - pu n har a mo rte em s rn invnsiio e a s i t i r as i,h ase · que atrnves a o esp íri to. durante o p i-oce. "O da dese nca.rna~ão. 1 Antes de tudo, vi que o organismo phy– ~icu nii.o pod ia preencl,cr a ua,; fun çõe• . 11ern servir (ts mu lti pla n ece idade d() pri11c ioi() espiritual. mas os diverso· orgão.. não obsta ntP. pugnavam para im ped ir o de - prenclimonto d1L ,.dma viva: o y thoma mo. - ctt!or. os t1a virla, o systbema 11pn·o o, o» rl11 . en ·ação <', finalme nte. o systhe rn a cere– bral , o p rincipio da intel ligenc1a. O corpo <' a a lma, ligados, hn mu ito tempo, como ami· gos íntimos. cornbutiam contra a circums– taocia ·, que tornuvam imperio. a e ab olnta a eterna separação. K,te ronf:l icto interno dava togar a ma.ni – fe taçücs extern a. , qu e off reciam os s-ig nae,; do mais intenso sotfrirnento. l;om i11 tln ib1. sati:sfação o alegria, reco nh ci porém. qlll· essa,; rm1nifestações extl"rna 11.l ernm c,rn – ;,adas por nenhuma. dor, physica ou menta '. rnas E-rnm a c:oni,equoncta da separa~·ü,o e ntrP o eQpirit e o organL mo materia l. ·e te 111nmr11to a. cabeça da nfermn acha· va-se en vol\·ida Pm uma ' atmosphera tlna. den:,a lumino a . \li que a, !)artes mai profunclas elo cr rel>ro e do cerebell o d il:1ta · vnm-se e, ,·essando M movimentos ga lv a· n ico:;. recolhiam o mag n t ismo ,~ electri– c iclade de• qne e tavam Pmp regnarlo os te– crdos delle~ dependentes De repente, exrr– reu o cerC'llro uma activiJ:::de•sob rl" o me111- bros inforiore:,;, dez veze:; nrnio1· do que a nor– mal . 1 Era chega.d:t a m,irte. O cerehrn aLtrahia todos o.s Plemeutos de PI "Lri · id a.dP. de rnu o-11etismu, de vida, de sen ·n,iio, o;; quae,; SP ; etiravam do resto do corpo e allluiarn par:1 n cabPça, illumiuando 0 u mais e mais. a prt,· porçii0 que as extremidades iam fi1•ando iria" e ob,;cura:,; . No meio tlosL1t hrill1n11le at,-.10o1phera 1Jllt' cmanan1 tla ca.beç(L e a . circ umtlava, vi; u pl'incip io indistincta.mente. a forma ~e outra cabeça, 11 ue pouco a pouco foi se 1:,u·a ·teri– sa.ndo. areolada de luz tão brilhautP, qup 1111• nffusc:wa. impecl indo-ine de comtemplal-n com li xi dez. Emquanto a cabeç,1 1":,pirituu.l emeq,i;ill tla <'abeça matc>ri:.tl . agita va-sp a. atmosphern llui – dicn quo ,t l'Stli rodeava; mas, á proporçiiu que se ia aperfcii;:oa.ndo a f()rrna. tluid ica ia-si" dissipando, p uco a fJ uco, uqu~llll atrnos· phera.

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