Alma e Coração 1917 - Anno VIII - Fasc. 6° Junho
<\ O papa Innocencio III expediu um decreto prohibindo aos medicas tratamento de doentes, que não se confessassem. Pio V ordenou que, avisado o en– fe rmo para se confessar, se r-lhe-hia assignado o prazo de tres dias afim de cumprir o prece ito. S e não r ece– besse o sacramento da confiissão dentro do tríduo, o medico deve ria abandona-lo. O mesmo· papa dete rminou que os medicas se obrigassem, por juramen– to, a cumprir as mencionadas dispo– sições, e, . ainda ma is, que nenhuma escola de medicina confe ris se o gráo de doutor sem esse juramento. Muitos concilias renovaram essas prescripções sabias. São providencias maternaes com que a i~reja procura impedir, tanto .quanto póde, que seus filhos partam deste ,mundo sem estar mu– nidos com os sacramentos. A igreja a prove ita. se da opportunidade que lhe offerece a molestia, porque sabe que o homem, sentin_do-se doente, lembra-se melhor dos seús devet es para se reconciliar com De us, e assim provê a ig reja, ao mesmo temp9 , sobre a salvação da alma e do corpo.» Os autores das Gayeie,;; accrescen- • tam que era prohibido, sob pena de excommunhão, chama t um medico judeu, por maio r que foss e a confi– ança depositada pelo enfe rmo. · Na grande ob ra classica sobre o direito canonico (vol. 4°. vº. ·malade) o abbade André menciona, expres– samente, as decisões dos concilios de Bordeaux (15~3) de Bouges (16<:19) e o canon 22 do 4° concilio de Milão, co~rmatorías das pr?,scripções re– fendas, sob ,pena de excomunhão. Incorreria nessa grave pena, que outr'ora ate rrava as consciencias, o medico, passado o tríduo, qué não /> lma e Coração-9 fllllllllltlllllltlltlllUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII abandonasse o doente inconfesso. Na França, sob Luiz XIV, o p razo fatal foi r eduzido a dois dias. · <>--O-~ Um medium celebre Um dos mediums mas celebres é rvlansfleld , o patriarcha dos mediums americanos. Vamos transmittir aos leit0res um facto interessante que se deu por este medium e narrado pelo dr Martins Velho «Um dia, dois scepticos de Nova York, .pretendendo desmascarai-o, foram ter com um chinez das suas relações e pe– diram-lhe que escrevesse em chinez uma carta dirigida a seu Fae, que havia . fallecido annos antes; mas sem endere, ço, para não se saber a quem era diri- gida .' . O chinez satisfez o pedido, e depoi s de muito bem envolvida, fech ada e la– cràda, os dois americanos . dirigiram-se i casa de Manstield, pe.iindo-lhe uma ·sessão que lhes foi logo concedida. Puzeram a carta fechada sobre a mesa e esperaram a resli'osta. Mansfleld tocou no envolucro e- to• mando da pena.pôz-se a rabiscar o quer que fosse numas folh as de papel, e quando acabou, entregou, a respostâ a carta fechada como a recebera. Os americanos, entregando a carta e a resposta ao chinez seu ami go, cahi~ ram das nuvens quando viram que a resposta estava escripta em chinez e que era assignada por seu pae, respon~ dendo ao conteudo da carta, e dava-lhe noticia de um facto que elle desconhe• eia, o qual era o falledmento, na China, de uma prima d_os americanos, ocorrido posteriormen~e á partida delles daquella nação. · Foi tão concludente esta expereriení eia que os doi s scepticos se converte– ram ao Espiritismo e publicaram ij experiencia. 1 1
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