Alma e Coração 1917 - Anno VIII - Fasc. 6° Junho

Alma· e Coração-8 •• 11• 11 au 1 1,. ,,, 111 11a 1,1 11111a 111 11 a11 111■11■1 nfis outros da familia., mas ·s uppôz ainda que al g um rato teve se fe ito ninho na gaveta . No dia seguinte, ás 9 horas da noite quando já esta.vamos agasalhado;;, um:i. for– t e pa ncada, como se vi bro.da fo P, por um ma.rtello, faz ia estremeeer a mesa do toucl\– do r do quarto em que es tavamas, e salta r as minh as t hesouras, que começarnm a dansa1'. Todos nós nos leva ntamos logo . .. As th e– stmras h aviam desappa recido, indo dansar ag ira, com um so -n arg nt ino, na co_sinha, que. como dissemos. fwa prnxima do qu arto. Por tres vezes ouvimo:; o rumor produzido pela dansa sobre11alural das thesoaras. sem que, entretanto, pu classemoe vêl-a s. Du rante cerca de tres minutos, depois qu e cessou a do.u sa, debalde procura.mos as the– souras, -que se tornaram invisíveis . Commovidos - e h avia motivos para is o -- a postrophamos o sê r mysterioso, que. assim nos vinha incoru modar. Eu propdo declarei em voz alta., qua n ão iria deitar-me emquan– to n ii.o reappa recessem as thesouras . No et1trementes tra ns portamos a cama pa– ra o quarto de nosso- paes e accommodamo– n os, como pudemos, em um sofá dispostos a n ão voltar ao quarto até a.. partida para B ordéos, a. 12 de setembro. . Acabamos de ap agar ~s lampadas, quando, estando todas as portas fer.hadas, e uvimos um barulhi, assombroilo e as thes<>ura1;1,fenden– do o espa~o, co_mo flechas. vieram cahir, com g raude r!}tdo, Jun to ao nosso leito . As the– souras h aviam passado, mysteriosamel.!.te atravez da porta, que fôra de proposito f : qhada, como se respondessem ao appello qJ e fizeramos para que a pparecessem. E ' inutil falar do nosso espirito, do nosso terror . .. Estavamos em face do so~renaturril· só nos competia orar e o fizemos, ajoefüad,;s e re– citando, a tremer, o De profundis . Será. ~~a po~re alma soffredora? Se;á al- g um espmto mau que nos persegue? Mysterio, Terminada a prece, cesso u o barulho Debmmos accesa a lampada até ao ~ma- nhecer. quando nos consideramos livres do mysterioso visitante . Escrevemos estas lin~as depois dos facto . qae :ficam relat ados . Sao \) horas da. manh~ de 9 de seteivbro de 1891. ª Que ha\'erá. á, noite? Ignoro , · Ficará. terminada, aqui, a nossa na.rraU se fo rem ouvidas, como esperamos as prec"ª ' 4,.ssignado- L'abbé MARCEL L AOAVE Vi es . rio do Sag rado Coração de Bordéos. ' ga , Quinta.-feil'a, 10 de setembro de 1891 p 1 ma nhã. . , e a E ra a alma sofTredora. que reclama. preces . A prova tivemol-a, hontem á no·vt a D ·t d ' h · ' 1 8 · urn.n e o m aviamos esparo-ido a benta pelos -compa rtimeutos da ca;a,, gua Com imp 'lciencia e ancledade aguardava– mo n horn em que, nos d ia an teriores, ou· Yiamo o myst er·io ·o baru lho . Fomos dormi r no me-mo qu:i rto . · Apao-11da a tampad a, es perava mos, com 0 coraçii 0 , cm sob re.•al to e s u$pendendo a r~s– pl rar;ão o momento . . . Havi amos antes feito uma prece ardent:, pela a lmo. penada . que talvez o.Il i estives e a soffrê1· a nosso lado, em bus,;a ,<ie a llivio . Decon idos nn cinco minu tos depois de apagada a ln;,., 011 \ imos ao pé do leito, um um ru m') r liu-eiro, muito brando, pa,rerendt nos q ue um objedo qu a lque r havia sido 8 1· rado 1Lo chão. L evanta ndo-nos d a cama, enco nt ramos no ch ib nma sobreca rta e um lap i·, alli collo· codos po r •mão i n\i ivel. N a obrecaitn est ava esc ripta e~ta ,Patav ra: MF:RCI As let ras e ral"':l ma iu ·cu ia · e longa~. . Como na ves p ra nos aj oelhamo; e reci– t amos o De pro/illldis. Fica ria a a lma li berta. de todo das penas. ou omeate a lli viada? Jão sabemos . g,S Co 11tin na remo- a faze r em seu favor n os -ias preees, aftm de qne Deus & chaine pa.ra o seu eio por tocl a eternidade . - ,;i li ' ' 6s no~ v e e a a,can çar a bemavctn rani;a n -lhe colloca ,nos sob a s ua protecção rogando , , d • [io e que n a.o nos ~sq uéça ne ·tu. terra e e.xi de lagri mas. 9 P ela segund a vez juramos deaute de D~~– que os factos· se oassarnm n a fórma exP G ta, sendo test emunJuidos por toda a 0055 famili a . , Ass· d L ' b Vi"ª. . 1g na o- a bé M AROF.L L.\OA\'E, d) n o do Sagro.do Coração de Hordéos (Giron 11 ~.;>-e A I o reja e os medicus Mons -= nhor Ano-e Scotti escreveu, 1 · b - du· e!n atun, O 1 1edico Ch r isfã ', ti a or zido p_ara o francez por monsenh G:assiat: 1 N:ão possuimos a obra di P 1 elado Italiano, editada em Napol~ ~ mas, segundo os D1·s WitJ,:owski C b · ·Es· ª anês, at.~ctores das Gayete::, _d 5 , Cftlape (Pans, 1909) a obra foi de 5 tinada e oflerecida aos estudante ~e medicina e aos curas,i como «a~; tirloto contra o ensino pesti_le\. que transborda das escolas e bibli th ecas ofliciaes ' ' D li . » doll· e a tr..1nscrevem os citados te tores O seguinte trecho fi elu 1 en tradu ·ct ' ' • f 111a· _ 21 o, porque contem m or ei· çoes, que interessam .aos nossos 1 tores:

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