Alma e Coração 1917 - Anno VIII - Fasc. 6° Junho

·gride, não por m,eio de fo/ças m~canicas ce– gas, mas po r effeitos de leis sabias e intel~ ligantes, creadas de toda eternidade pelo P rincipio Unico-'-- Deus ! .Negar a existencia da ahn a, sua immorta– lidade e reincarn ação é querer restringil· a propria historia escripta em utopia, em len– da; é querer torcer a verdade que os factos se encarregam de p rovar-nos P-m plena luz meridiana. Não é j usto súppormos que a historia das relig iões orimiti vas t enha •sido um simples conto de fadas. escripta ao t alante de sym– bolistas narrado res. para daleitar as cons– ciencias pouco esclarecidas das ,i;erações vin · douras, nü.o ! ·E lias se combinam e se explicam logica– mente e só não as entendem os scepticQs por conveniencias. F Er.IVALLli: _Registos Através de mim mesmo. Um vivo, um intenso enthusiasmo indescriptivel ardor, nas lides d~ propaganda, se percebe de norte a s ul do paiz. Parece que o alento a animar a todos, appellidando as almas para o !nes~o co1~bate, é igual e visa o 1dentt~o ob.1ectivo. Antigamente sómente portas a den– tro! temendo persiguições atrozes e fe rmas, é que se reunia um grupo de pessoas para tratarem das coisas de alem-tumulo ; no momento actual já não existe timidez em muitos se apresentarem como espiritas, alguns a té pretendem esta designação com o intuito de darem mostra de que estão ao corrente da evolucão humana. · A ' proporção que os dias passam, á arena Jornalística um orgam appa– rece ; no terreno do espiriti-.1110 ex– perimental mais um circulo s e tunda, e d.e todos os lados surge um gre– mio, onde na par te theorica innume– ros confrades se inscrevem commen– tando topicos referentes á , doutrina e submettidos a estudo. Alma e Coração-3 ,11l9 tlftt l ll U I.J_ r-..lltMIJ::l ~r l-,ltll...1'1- Sentimos assim que para o ·semeio dos fartos grãos da seára, os se- •!neadores hugmentam, augmentando igualmente as responsabilidades con– trahidas. Sim, . ao assumirmos um encargo, seja de que natureza fôr, convem prestarmos attenção no pas– so dado, perscrutarmos das- nossas fo rças intimas e nos apparelharmos para a lu·cta. Porque esta é continua, cheia de accidentes e surpresas, escapando a tod1;1 a previsão, a qualquer experi– enc1a. o bote das circumstancias im– previstas. Urge contarmos em maior numero com as desillusões, com o abatimento, e confiar desconfiando se1npre ! A humanidade malmente sae da infancia, -agora que nos horizontes amplos da vida se presentem ' ligei– ros raios de madureza. O coração humano é perfectivel · e não perfeito, e infelizmente não temos ainda edu– cadas, regularmente educadas, as faculdades da observação, perseve– rança, estimulo e prudencia. Ao pri– meiro embate naufragamos com as melhores das íniciativas por nós mesmos creadas, perdemos o calor do primeiro instante e borboletea– mos de idéa em idéa, de sonhos em sonhos, sem coq,_sistencia, infirmes, até que nos queimamos no fogo abrasador das paixões e. . . perde-, mos do relativo conforto que espiri– tualmente já gosavamos. E' preferí vel, mil vezes preferíve l, dedicarmo-nos a um só motivo, a um trabalho unico, desenvolvei-o, que, á cata de parecermos esfoi:ça– dos, laboriosos, .nada fazermos de positivo e pratico no campo immen– so da propaganda. Estes. pontos incolormente aqui • expend1dos são todos pe·ssoaes, bor– dei-os através de mim mesmo não se refe: em ~ominalmente a ninguem: bsuque1a mmha pessôa como analyse. Os ten~pos são chegados! Que elles o SeJam de facto, afim de nós

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