Alma e Coração 1917 - Anno VIII (Jan-Dez) - Fasc. 1° Janeiro

Al ma e Coração- !O , . 1 f 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 TI 1 b rada como uma nóz e a rna tcri a ce - . reb ra l tinha esp ir rado po r ledas as fen– das . O poeta tivern al ém d isso, uma clav ícula e uma perna co rtada s pelas rodas do combo io . O in fe li z es ta va \' estido de casaca e a sua be nga la e a sua cartola achavam-se ao lado do cacla ver. i\Iendes volta\·;t de uma re– cepção mundana. Na ve:õ pera, tomara <• trem dé meia noite . para voltar para S aint-Germa in, onde mo ravn . Tendo adormecido, acorC:ou muito provavel– mente, qu ando o comboio se approxi– n.1ava da estaçã o dessa localidade , e , como sob o tunel, o trern diminue sen– sivelmente a marclrn. Catull e 1\1ende , acrejitando-se perto do c;;es de desem– ba rque, preparava-se para desce r, illu· dido talvez pelas luze s que illuminam a estrada do tunnel , luzes que elle to– mou pelas da estação. C foi, segundo toda a probabilidade, des~a ma neira que se en ganou e ca hi u o ultimo poeta de uma geração :-ipaixon.1da pelo bello e des pida de prcoccupações, morrendo de uma mor te atróz, sozi nho, «mergulha – do nas trévas da noite>,, como ell e pro – prio o annunciára. Um Phanlas ma no 1ia1•famcn– lo Innlez Hoje. que o es)Jirit.ual ismo seientifico vem explica,ndo satisfu ctoriamcnte uns tantos pl1 c– ilC'111e110s <1ue a sciencia official erro neamcn– t,e denomina de allucinaçiio, convmn r !a– ta rmos o facto ahuixo pela importaucia ca pi tul de 4ue se reve::;tc, vi to como não 8e pode coll ocul·o 111> rúl dos phcuomenos al– lu cinatorios e sim uos de desdobramento do corpo astra l. Sessão da Camara dos Co:nmuns em maio de 1905. Abertos os trabalhos parlamentares, em dado momento os deputados sir G ilcert Pa– k er e Meysou Thompson fixaram-se simul– taueamente no aspecto pallido. quasi cada– -vorico, do um de sons colleg·as, s ir Carne Rash, representante da circumscripçilo de Chelmsford, que sentado no Iogar que habi- :ft lualment e occupa, na cam a ra, pa rec ia pre a de um soffrimeuto atro7., poi, Lodo o seu aspecto e ra o de um moribundo. Os dois deputado a pr s· ar::un- e em s oc– corrol-o. a pprox in,.ando-so do enfermo. Qun.l nii o fo i, porém uu o:-;t n1efac~·iio ao 111)t.are111 que o enfermo h av ia. de a pp:i re ·i– dn. uinda. bem cllP~ 11 iio t inham chegado :í poltrnna occ up ada pe lo <:o/lega. :Pelas infonm1i:-,ies co lhiJ as so ube-se () li<' Carn e Ra, h a..: hnvn- · e e nfe rrnn, ha jti. al – g un · tl ias e precisame nte no di n. ue Ífl rn visto n a 'anwra do Com.:1 u n · elle e:;tn.,·a em peri go ele vi rl. . Dias dcpo i· ell e rlPdara.ra que dumnte o tempo de , ua doe n\·,t el lc te\"c nrclon tc · <k – sejo · de comfJ:i reccr á cama rn afim de p res– t ig ia r o .\í inistt•rio em · uas l u ·ta contra o,-, lib raes . e arcrcs ·entou : "Creio realménte tor a •s;,:;t,id o á e ..d.o n 0 d ia lJU(' dbie i.; quo me ·viste:::' ma . . . em J,f'll amonto. ~ l' m ll h: :rnt.as ma vi s to tlivc rsr s , ·e1:cs HO Pa1·hu1Hmlo Fra nccz O homrm amarello (o~,;im se chama u m e::; pirilo qu e por vcze lem ido vi sto no pa r– lamento fran cez', manife tou- ·e n nvnmeute <'lll IH de agosto de nu etn plena :,e ão do parlamento. A apprtri c;iío •1ue é ' temida p los dcp nta– clos porqnc lr::i.7. ma us a og-nrio,; para a Fra n– ~·a, tem a nppurcnc•ia d e um honl°C'111 alto. mag ro e de ro~to a rnarcllo. Ao redor ele seu 1wscoc;o fo i notado um ,; ig-ual ,mnguinco p arecido com qu e se nota nos strang uluclos ou en for ad os. A ap parição que teru fo rm a tran spare nte, vaporosa.. tem s iclo vista em épocas incerta:; l1u cerca de 60 annos. A primeira vez que appa recen foi em n o– vembro de 1801; em 1870 an tes da g uerra c·om a Allemauha; uns tanto · clius ante:; da morte de Gambetta e dois dias a ntei! do a,– sussi11at,o de Sadi- Carnot. •

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