Alma e Coração 1917 - Anno VIII (Jan-Dez) - Fasc. 1° Janeiro

lma e Coração Orgam . de pr opaganda espirita D irectora- Elmlra Lima -.-.----~ -=====-=======~========== Belém do P a rl, J a neiro de 1917 F A SC. 1.º ---- ----- - - ~ j\ L~JlA E CORAÇÃO ~ OITAVO ANN IVERSP.RIO E vens, querido penhor do nosso aftecto, ve ncendo, anno a anno, essa ~o rnada di ffi cil onde se põe 01 em jogo milagres de . constancia, de vontade e de fé ! Ha oito annos que nos foste de– pos itado no regaço para que te dis - • pensassem')S o vigo r das nossas ene rgias e a sei\·a do nosso bem querer. Mudanças, transformações \'arias se têm feito em der redor ele ti, sem que te consigam ar redar da d ireç triz traçada pelos que t~ amam na te rra e no espaço. , Dedicações extremadas ou fug.a– ces, sacrifi cios pe rsistentes e reaes, obolos d amor e esmolas de cari– dade, tudo tem passado pelo teu seio niveo sem que lhe altere a li– nha perfeita de humilde medianeiro entre as, do céu , suaves misericor– d ias e a ingra tidão mise rrima dos homens. O teu intimo é um reducto sagra– do onde não penetram os golpes dos infieis .. . Os que sinceramente te querem, estão aqui, firmes e inalteraveís no cumpr imento dos seus deveres. Houve quem perguntasse se con– tinuavas a viver . .. Que pergunta!? E porque deixa– ri as tu de ser o echo das nossas asp irações mais limp idas e mais ca– ras? Emquanto houve r em nossa alma um refl exo de assistencia espi– ritual, estarás na estacada, di stribuin– do o que recebes do .alto, p~los que •de ti se acercam e o teu carinho procuram. Que o mundo ignore o quanto de esforço se dispende para sustentar-te a vida, sa iba-o os nossos corações e a proteéção dos nossos guias. Cada anno que vem, a luçta reco– meça, a mesma, sem treguas e sem arrete-ci mentos. E se nfto luctarmos, palmo a palmo, conqui stan.do ter r - no, não terás os meios de subsis– tencia. E é preciso que os tenhas , e tel-os-ás, a despeito das mil e mui– tas decepções soffridas. Depois de ti , seára afora desta grande terra braz ileira, quantos não tem surgido para desapparecer logo após, como essas estrellas er rantes que abrem um sulco de luz no es– curo das noites calmosas ... E essas apparições e desappa ri ções rapidas , nos deixam commoviçlos e tri stes, por bem avaliarmos a dor que isso nos custa a quem os viu nascer sob o clarãô ridente duma esperança! ... Depois, o nosso pensamento se vol– ta para os velhos pioneiros da cru– zada bemdicta, e repousa confiante: ha os que já contam os annos de vida por dezenas,- benemeritos ob– scuros, que andam- a distri buir the– souros de bemfaz ejas confortações, -a consolar os tristes, a conduzir os tibi?s, a fortalecer os que cabem, cu~pnnd<;> os suaves preceitos evan– geltcos deixados pelo encantador pro– pheta da Judéa.