Alma e Coração 1916 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 11° Novembro

uns que escreva fôra do E ·piritismo, ou– tros in citam-me á inde pend encia de mes– tres e de escola~, outrns ... que sei eu?– de · encon'.ra ias opi n iões de meio mundo! Escu to- a:<, e r 1uito para m in) só, rf! CO– çonheçn como lodos s ~ enganam .. . Não posso aspirar renome e nem para isso . trabal ho. Que importa pa ra mim o elogio da terra r Quero . s im. preciso corn o de um balsamo, o a ffe c to encoraj ante de meia duzia de a lmas que me q·ueiram e qu e me secundem os desejos bons. E é tudo. A a s pirayão in tima do meu s êr não ex iste no ambiente impu r.o das T erras como es tá . Um di a , nas mo radas cla ras da Ca a do Pae, encontra rei agua viva ond<:! me desseden te ... Se me qu eres, ass im. muito simples e mui to affec li va, fal a ndo-te de a lma nas 1 mãos, c0m a si ngelesa dos meus di zeres incuidados , eis- me ao teu d ispor, rle longe mesmo, na pureza etherea do pe n– samento não· expresso ou na ex pressão fr atern a des t:-ts car as, so u uma tua irmã. Fala-me! «bre-me a alma . E ncontra rás mui tas mais cultas , muitas ma is eleva– das , talvez encontres pouras tã o leaes e dedica das como a tua D oLcRE.:i . Uma lição de Charcol sobre a sciencia do ínt11 1·0 . Em plena s1:;s ão da ~c~dem ia o sahio evoca os espiri los de GalP. 110 e Plalào . Prodig ipsa m ed iurw1idade de 11ma hyste– r ica idiota e analphabeta. • ..\.presento-vos um~ i:nu U:er h y_ste r_ica q\1.~ t em passado por i u vest1g açao . sc1e_nt1fica lia gorosa Não venho fazer a }11 to~1a ~e ~a . d ença, venho realizar ai g a ma . ~xpen enc1~s muito interessantes, e e 'la se rvira como 1~e1o de observação. •As di~cussõe . p~ losr~plu ~as que p uderem su rg ir da ~xpcne_a <:1as nao t~~ aqui O seu meio aprop riado; s1 bem que :se Almá e C: oracão--5 t• 11a n 111 ■ 11 i - • 1lf 11 1 11 1 111 ;11 111 111 111 111 111 1 jam n atnrae , precisnm , entretanto de outro am~iente pa ra a sua ex pansão. Vêde aqui uma mul her hy~terir.a !'Ob a in fl uencia do hy pnotismo. EJl a obedec rá ce,;amente a quantos se lhe ordene. Obse rYae : - Al ciaa, caminha pa ra a direita ! (Al cina obedece e ma rcha á direita) - Alcin a. can ta ! (Alcina canta) Alcina, bail a ! (Alcina baiJa e canta). Cone!uida e ta experiencia o d r Charcot contia uava dizendo : <' \l ?l' !·vastes a sua ,obe~i enr.ia, agora pas- sa rei a uma ordem de ex pen encias s u Jeriore~"– F,' di rigindo-se aor:, e us internos, lhea diz: «Dis ;,onde uma pedra e um giz•. Vc itando-se aos outros, o.jun ta: «Ante de c meça r dev is saber por meu te temunho, pela D irecção da Assistencia P uul ica, pelo 11lcaide da. communa de L eva– Joi , seu Jogar de re idencia, e pelo de s uas compa.pl1eirus ele ala, que. e ta mul her, a.lém de IDIOTA, x' ANALPIIABln'A. Com estes dados, ides presenciar phenomeno s urprehendentes" Alcina, il iz., t oma o giz e e creve. E di ri– gindo-se aos profe sore , diz: «'S('nhort>s, querei ordenar a e ta mulher an 11lphabeta qu e escreva em qualquer idioma, sej a europet1 ou exotico, antigo ou v ivo, so– b re assuruptos scienti ficos, litterarios ou qu oesquer ontros? 0:; professore · P a rrn as, grego, e Mathias D uval, ambo · membro· da Academia de Me– dicina e profe ores da Faculdade se adi– a ntam e ditam oraçõds comp letas em 2"regÓ an ti go e moderno respectivamenté. A Jcina . com letra clara e fo rmosa, escrnve com a maior propriedade caracteres gregos bem formados, seguindo o testemunho de ambos os sabio i nterrogantes. Depois des ta prova, Cha1'cot, profon da– mente impres ionado, diz : Von evocar espíritos. porém, não e piri to v ulgares , buscarei na h istori a da humani– ·aade aq uelles mais luminosús, para que fa– lem sobre a obra que produziram, que ten– taram sem ex ito e que prnjecta.ram deixando in terrompido pelo phonomeno do t respasse. L a.borde, p rofesso r de phys iol•Jgia, pede para fa la r, e, a pós alg uma meditação, diz: «Evoq ue-se o e. pirito de Galeno, pergu n– tem·s ~-lhe que oliservaçõe importantes fe,i depois de s nas analyses,,, E Galeno resuondeu por mão da paciente : o corpo human o não ha chegado' á sua perfeita. conformação Os S)'stemas da circu– lação e da inner vação estão bastante unidos e relacio nados n a obra el a economia'. porém, o systema ly mpl1at ico so ffrcrá uma evolução de grande proveito, sobretudo para a longi– vid ade da raça h umana. Em al gun s an imaes inferiores, de v ida mui largas, já se podi a fazer exµe rie ncias comprobatorias qeste as– serto» . Toda essa. l uminosa communicação de Ga-

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