Alma e Coração 1916 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 11° Novembro

precisa , sem p-re com o_ mesmo so.-ri so , a mesma modestia e a m esma a ffab i– lidade. < A Caridade, disse S. Clara , é a v ida da alma n. E' po;s , a fonte inex gota\ el, div ina– mente ci-ystal\na, onde a alma do j usto \'ae re \'e r-se em to j o o esplendor :la sua conscienci a. Semel ha um· immenso e v iren te oasi.;; , lcntejoil ::ido de fl ores exoticas, em meio ao dese to vo ra gi noso da \'i cja, onde 0!3 in fe lizes, ba ti do::: pel os ,·endavaes e· manchados pela paeira ard ente dos ca– minhos, vão em fi m abroquelar- se das tempestades. De apparecesse essa Vi rtude da fa ce da te·ra e todos os g randes sentimentos soterrar-se-i am nas pro fundezas i nrnn– , daveis do egoisrr o e toda s as reli g iões vacillariam nos seus alice rces secul ares. A Esperança e a Fé perd eriam o di – vino e benefic o fu lgor ; passando apenas por despercebi da~. a antigu idade ()S gen iaes art i5t<1s costumavam. nos seu s y uadros magis· traes e empolga 11 tes, rep resen tar _ess~s t res virtud es theol ogaes, ª" tres trmas celestes dan o á Carid ade mai s re levo, cuja foi mo::-ura tn,nsverberava em to lo n apogeu das furmas sacra men te pere- g ri 1as. Parece que c,s ri n1ores , na execução d1 :; telas g randio,;a·~, in spirado -, pn r essa fa ntasia ro busta e emoti \'a . que tein tod o o predil e to da Arte ao fozer u I: 1 ª obra. fil ha d uma arr oj rid? concep.,:ao, queri am como que d izer ao mundo. me· diante a t,elleza sL1nta111ente suggest1_~.ª e artística a mis!" ão \'erc1ade1ra e edl ;l– cante des;a extrnordinari;i v irt ude, neste planeta de lagri1nas e m i,;_eria s. ~ o trat,all10 assi :n art1 5 r:i.:a _e I i ys- teri osame :1te ex ecuté1 d.i tradu zi a com · A · ;i 1, rro· todo o tr iutn:·h(I 4ue o 11 10 1 ' x imo é o uni co \'incu !o que une O li o· mem a f)eu '-. Po1 tafi t n de \·emos to ·tos , selll distin - ' • · . :1 nos ·as c,~ão cl cult11~ e na rii tt11 3 l e _:, • f · C ·d c1 pnra coll1 os or.,:ac;, rralÍC/lt [l a r! a e ' nossos !:'emelhan te::;. A lma e Coracão- 3 .. t I li I t li I f 1 1 lll l 1 1 ;l i 1141 11, .. 1 l• I+ Sim, porque a Caridade, ·além de im– por-se como um dever a todo homem de bem. es tá aci ma de todas as crencas. l mmensa, co,mo o espaçn , sua. pa.tria é a · immensidade, su a relig ião é o Omnipoten te. Pará-Belém , 9 16. G RAÇA Lf.lA DO ALEM F i lhos: A fé tr anspo~ta montantí as. E' prec i ·o que em . vo sos corações cre!"ca . com ro busta exhuberanci a. tssa mi mosa flôr do céo. Elia vos illumi– nará e vos ~guiar á atra,·és dos de~ertos arki os da vida terres tre. Os tempo · são ~!legados .em que se • dev em ren li zar a promessas do Mestre ::imado: para que se cumpra, porrn1, es. e id . al sacrosant,,, augu:-; to e nobre, é pre..: Iso que ós verdadeiros crentes, os qu~ -:ão cha :1ia '.os a trabalha r na 1 seára · d i v, na, f 1ça in de seus pei tos ba– luar tes i11 exµu gr1aveis, e nelles abriguem a supre111 a en .:rg ia de suas almas. illu– minadas pela esperança de ver trium – phar a causa santa da re.lempçâo da hun,~nidade, esrna g.'.lda pela p1;ero tenciél dos g ran ,1es e pela al taneini egrej a ro– mana, que tripud ia ()bra1 1ce ira proc u· ra n .1o apagar ,1 semente san ta deixada ror .l csu-;. .. . E' c)l egacto o momento em yue eleveis de;xar os vossos lares , es ~Iuect!r preco11cei to'-, ra ra le\·a r,les a pala\' ra ~anta aos humi l ~es . que desco– nhecem o::' ~ulcos lu -1inosos 4ue a dou– trina dos esp íritos v:i e abrindo nos co– r:1ções e nas con:-ciencias. E' · preciso ,.:i ue di ffun J tes a lu z san ta nas mise1as ct 10i,:,1s. nos e!: cu, <'S carceres, nos tetr i – cos abys inos, on 1e se deb:ltem infelizes con : i,i erados loucos. sujeitos aos ba r– ba ros t rarnmentos que ccnst ituern 1) re– curso Ja sciencia hu 111ana .::: que b-..m r <,-t.:; ri ,1 se r ch ·tmado o i11 ft:rno de ó. .rnte! Tão vos poupeis, red ohrae de esfor– cos, ,1esbra \·:1e o caminho, erguei trium– i1hante o pavilhão div ino . Semeae ...

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