Alma e Coração 1916 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 10° Outubro

Alma e Coraçã0-8 11111111 11111111111111111111111111111111111 11111 EPISTOLAS •0 ~ !....~. IV Querida: Receb i tua carta . 1 Tào fo e a tarefa que me impuz de le\'a r á tu'alma u~ pouco de paz, far ia ponto Rnal, ~pós a primeira ?hrnse com que com~ce1 estas tiras. franqueza: sinto-me triste com– tigo . . . Tão é que \'ejo, def ois de ta~– tos e tão longos mezes, de tantos e tao demorados exercícios preparativos para entrares em f1 anc.o combate ás tua fraquezas, iniciando o advento bemdi– cto da tua regenera . ão moral, mo tras- 1"Y1e, de novo . n<lq uelbs du ras, inci i,·as e loconicas linhas, o teu espí rito no me~rno es tado dep loranl de atrazo d1,; quando te conheci, ha tempos ! ? Ora, minha amiga , dá- me razão ... E ' para desanima r e enfraquecer tambem a mim, que não possuo a força dos mi sio– na rios ! . .. Conheco-te a historia. Sei quan to soffrcste · e como te fizeram tortura r em troca do bem que julgaste distri – buir. Sei tudo . . . ~las, escuta : Que fazes das formosas pagin:is evangel ica:,; que tens abertas constantemente sobre a tua mesi nha de cabeceira? b n::inar- te-ão ellt1s, po r\' en– tura , a culti,·ar tão feios senti mento,:; como os que nwn ifestas invo luntaria– mente, nas mí ni mas occasiões? Encon– t ra_ te ah i, po r accaso, um conselho, um es1 i111ulo para o incremen to dos teus defeitos? Di ze, se :ranca : Uma só pa– lan a do Cod igo ch ri stão te inci ta a gua rdar queixas e rescnt lrn entos? . . . Onde es tá c!Li , que nu nca vi ! Crê, se [I tivesse encontrad o, di ria que a mora l do Chri sto era fa lha como o meu es– pírito pecc;1dor. e, s c;e ptica , fec'1 a ria o E va ngelho. Para que fa zes assim ? Soffro muito po1 t:. Oh! como me sen titia contente !"e te visse s upe rior ás 111jurias, á in– g ratidão , ás des illusões, ao ciume, aos soffrimentos ! r11oralmentc s uperior a tudo. tudo perdoar do ! Quizera a jv inha r no teu rosto, não a masca ra da impassibilidade apparente, nascida de amor proprio ferido, m~ aq\Jetla serenidade luminosa . que \Cffi dum'alma bôa e imple · CUJO templo e tá limpo, ornado dasA1õres da bonda~ de e da pureza, digno do olhar de Je u · Capacita-te destas \'erdactes e c~m-. pen ~tra-tc dos re -ultado~ da sua .pr~t1ca · Com a alma perturbada como vi,·~~~ nem um dos teus trabalho produzira f1uctos. F.:mquanto n1[1nchnres o te~ templo com a escuras nüd0a · do de:,– deito, Jo ciume, co de ejo de vingnn .'ª· do rescntimento, não és digna de le,·:H •1 tua offerenda ao altnr do ~·enhor Deus.. ·1- · ' b"·1xo no ua prece r,1ste_1ara e:n .. . , .. ambiente impuro on,ie o teu esrintl! gn_a de 1 1 crm:1.ne ~er, jam·1i · p')~:rt: subir, 1::111 c:-~•iraes d-.: lu:~, á reg1oe::> serenas cio Perfeito Amor'. E' preciso refornnr-te. eja o que fôr que te tenham feito· de que tama- ., a nh o te parcca a affrnnta , a magua, ' · · · ·· ·j- j' 1,11br~-te 1n.1us t1ça, a mgrat1 a11, a Lur , e1 <• que tarnbern é::. fraca , que tambem erra~, que tambem queres ser çerdoada, e ~ei – dôa , e esquece. 1:i:' o camin\10, o unic 0 : Urn ultimo cnnselh1>, nesta carta; l'éJe u auxil io 1o li.!•.! ani > da ,.:.u tt\i,~ · O ra ! T oJa ,·ez que sP1t·1: a onJa "ª ~1 ueixa te int umece r os sei.; J\ \ma, s: 1 có-1~ ao Alto o appt::llo duma prcc\ 1._,xper:111encn, por meu affl!cto , s 1111 · Experime:1t1, e fala-me de; 1 ois . T ua D OLORES O espiritismo ariceita

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