Alma e Coração 1916 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 9° Setembro

por uma zuna ,·asta da en tão provin– cia do l<i o de Janei ro. l 1 ma tard e, recebeu um hamado pa ra· um nnt igo cli ent e e ami go, cuja faze nda ,i ist:wa de :-ua casa umas tres le· ~uns. ~'1 on tou a cavai lo e partiu: era no í1 ez de jun ll o, a noite veiu cedo e com eli:, 11ma te rnre tade tremenda . ! J vento :;ib il a \' a nos 1amos do ::tr\'O · it: lo e ns raios se cruznvam sem inter– rur 1:ú•1, a e cur idão era compacta e n chu1 ;i cahi.:: n ca ntél ro •. A z, na qu ; Mrav e,-,: av a era ns::;;i;,: t, o.1 'a nhosa e PS c:imi1hos clifAceis. i:11 1 ce nn al tura o d,·. Noronh a pe r,ku 1, 1u1 1o, a trev a era tüo densa qu e nüu re··11. iu iu mais que el.e se ori en t;.s<-c . 1 J pobre animal em que Cé\\'algr. va . ma l se s ustinha nos b.trran co~, e ::, e des ,·ia \' a dos preci pícios que o ra rid o c arão do:; rcla ,11pago:; mos tra\':i a :-e1:s r és. 0 cw1ll ei rn ~e111 c..n: ·ci encia na d; – recção , a f, ou:,ou as reJ eàs e dei xc1u ,, o in st;ncto de conserv<1cão do ani ma l, a :-cai v,u.:ão ci e ambos . ' Li,,-re da rressão d ,, frei o segui a e:-i te o rnelbo r que pou~i e um Ion~c traj ecto que durnu horas. a te que ao l0nge ~e <1 i1•irou um,1 r eq11en in:1 h z 91ial ph aról in ;c';, n io o ro rto de ;; u!l·amento. () 1·i·1j nnte pouco a pouco se app ro– x:11, a,·a d n r ontu lumino, o, a té que o .i11i11 :11l se ube iro u el e urna tron-1 ueira. T 1-:. ns1 os ta es ta, o dr. e ronh.'.''l rc· con hec·-~u que esta va na f,1zen ia --.!lpu· caia , 'l a c,isa do s eu cli e1 te a cujo clia– mndo in a tt ende r ! Grand e foi o seu espanto, po rq ue, tu C: o r'c,dia e--~ 0 era r do carnl lo de mon · t iria, Hntmal intelligente. mas jamais o c,mhcc: mento cio seu pe nsamento e o log:> r I'•"ª onde se diri gia. O f~1cto que com e!le acabava de 1-as~a r- sc é ·commurn no inter ior, ma5 e,n casos identicos o an ima l \' olta na – tura lmente ao ponto de pa, tida , á res i– dencia de ::- eu do no, j 111 ni:; se enca· minha pll ra o Joga r r a ra n ·1 !e o cava l– leiro o g•1i;,i \· ,1, \'isto qu lhe fa lta a Alma e Cora ão- •• 1 1 1 1 ■ .• 1 1 1 . , ■ 1 1 1 e capacidade para conhecer o dest ino que leva o ,·iajante. O ca?o fo i commentado e discutido, 111as não te,·e rnlução plaus i\·el, visto que tcdos igno rarnm como se havia rea li zado. O tempc se passou-9 ou lÜ annos nté que um dia Noronh a ,·eio á CGRTI< -ass im ~e chama \' a e tão a Capital Fecler::il e, hospedou-se em casa do dr. Henri que de Vasconcellos, seu conte1- raneo e amigo de infancia. Dias de pois-, - era urna quinta-feira ,– Vasconce ll os frequentrn- a nesse temp u rna se ·são de Espiriti smo. 'nbendo qu e o se u ami go era infenso ás icléas e_piritu alistas , bu:;éou uma eva– s iva pa ra ir só, libertando-se d::i sua companhi a. Jm·entou um pretexto pa ra o caso, mas o bosped e pão se convenceu, dis– cutia o ca:;o e não o deixou. Niio tc\·e pois remed io senão con– fe ssa r a verdade . e, u111ri estrondosa garga lhada foi a re pos ta á sua s in– ceridade. En trados em exp licações No ronh a cens ura o seu ami go po r acreui tar em taes BABOZ EIR.\S , improp rias de um in– tellectual que se preza. Trocnm idéas , e Vasconcellos te rmin a ror cJ nvi ,far o seu compa nheiro el e i11 fa nci.'..l a acompanhai- o. Fo ram. A sessão que elle frequen tava, se rea li zava em casa de uma fam ilia res – re ita\' el cnjo chefe presidia, e a el la a;;s ist1am sua esrosa e filho s além ci e out ras pessoas quali ficndas que all i tra· bal ha \·rm ern pró! da caridade rr ora l. Occupavam- se nessa occas ião do caso de obsessão de uma moça, que sofft ia ha 26 annos uma tenaz perseguição. Os traba lhos seguiram o seu curso norma l, sem qunlquer inciden te de nota , e, o visitnnt e a el! es assis tiu como um leigo a unrn aul a de chimica inorganica . Pa ra cll e tudo o que se acabava de passar, era urna srena bu rlesca que o seu entendimen to não podia ap rehender !

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