Alma e Coração 1916 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 8° Agosto
' t, 1, '·"' , .. ' f tem tad' dar •> l p Alma e Coração-;--6 l lllllllllllllhllllUIIIIIIIIIIIII I I II I IIIIIIII racioc,inio com segurança. até ser descorti– nado o pensan;1ento, que deve presidir á enunciação da verd ade a que obedecem qertos ,. ph enomenos ethereos. . Com essa lampada, penetrando os dom1- ni os da J?holosophia t ranscendente , nós v!:'– rnos ileseobrir sem surpreza que o mal n ao ex iste. ~em surpreza 03 com gra:!de desva– n eci ,ento, poF verificarmos mais uma vez, e como corolario .da dout ri na que outorga ao C: rea•lo r a excelsa Bondade, como sendo um do seus elevados attributos - qu e E lle nada creou qne não fosse bom e de que n ão re– sulta':lse o bem. Como, porém, remo ve res e mal de modo a senti r mos a tranquill idade, que é o bem Soffrendo pacientemen te toda a infuüta serie de con trariedades . q ne nada mais são do que IH provas do bem exercendo - e sobre nós e em torno de nós. Não ex iste, pois, solução de continuidade n a emissão perenne de beneficias que D eus realiza por sua poderosa vontade em pról do progn,sso ascrncional _ de suas creaturas , restando-nos apen as comprehender a inter– pretação dos effeitos occa ion ados por aq uil lo que na ling uagem inexpre siv!\ da terra se convencionou ch amar o mal, visto que, por sua vez a in ti>\li ge ncia deficiente do !,orn em mau enteud u que esse mal , produzindo-lhe o mau-estar era por isso mesmo mau. · Mas porque· será que chamamos mal áquillo que uos co utr~ri a as inclinações? Porque somo ainda incapaze~ de compreheuder o bem absoluto. O mal é investir contra os di reitos e pre – rocrativas dos nossos semelhantes. O bem é 0 r~aliMr a confraternização ·ocia l pelo 11mor reci,Proco e desintera ~adü_- Se reagi~ mos contra essa ob ra do solidan edade, sen– timos-nos envo lvidas pelo cipon.l das con– trariedrtJe~ , Yisto 1H,s h iVermos co llocado • fóra <la lei u niver:,3:l do amor, que Deus estabe leceu, e ent ão denunciamos a e:xi ten– cia do mal, qu anclo ,ia realidade aquelle cipoal é tecido pe l11 arvore J o Lf•lll, que reage sobre nó· !lfim de dominar os irn µetos de reacçií,o '] Ue as nossas t:mdc ncias in si"tein em op pôr á lei natu ral <lc1, ussen ção pa;·a a µerfectibilidade-, O mal estú., porta nto, e,u nosso interior , eomo um clamor v ivaz da eunsienci11 contra a infrncção da:i leis ele frn!,ern ida,l e, e ·endo um t ri t e documento subjectivo da in fer io– ridade h11m..i,11a. att, ·u.he o ma l objecti Yo, i8to é. os eff •itvs i·elh•xi vo n,, me '(' a1ub iente em que a~ imos. Veriftcado que a ubmissão pa iva ás lucta encarni çada do s ffrimento póde dc– termiun.r, como de facto determina o me – l horamento da qual idade affectivas do lw– mem; comprehend ido que a tolera ucia pe– rante a critica, a h nmildade diante Ja o– ff n~a,, a ol icit ude pa r:- com o nosso inimigo, r eal iza em no so sêr um tal ou qu al refi na– mento n a fór~a de entir e de ama r, che· ga- e á conclu. ão form al d que a i nfluen– cia penosa rl e uma le i contraria aos nosaos pend&r'é , a im real izando mag nificamente o trab<1lho de t reoar a no a alma, não pôde deixar de r ela ificado como nm bem, con– cluindo-se em ultima analyse que t udo é bom e que o mal n ão :xi te . Sen ão vejamos : uma creaturn que, an i· maci a de sentim nto i nferi or ·, nunca sen t is e a contrariedade a impedir- lh e os ins– tinct;os foroze e permanPee- e um seeulo n e e e tado. pod ia no fim ex . lam t1r: «~em– p re gosei o bem. porriu e realiz i tnrlo quanto bem entendi , em nu nca ser contra ri a 1 lo - pelo mal». On tra, p0rém, nas me ma:; eon° di ções de se!v :i.ge ria. h avendo . offrido as tn 'li tormen to as p l t>'-·ocaç,·, ' S e ao fim de um e ulo achun<lo ·sP i,1 !1 ihc,ulo com :i. bon– dade pútle dizer: 1<.'empre \Jruti<1nei o 11ml. e por isso fu i pe r:;og-11-i,lo pelas mt.is clu ra– amargura , que f ra.m mn hem. porqu('. g ra ça a ell as, ii,ito-m ::ig-o rn tr.\n ·uill• -"· ParLu u. pri moira o ma 1 era cnnsi<l,•rwlo u11 1 hem, e v ici> -~e r"a , ao pa o qn o pa ra n. S<'– g nnda o p nto ele vi1>t u. di:i.mrlral01entt' - opposto. O mal é poi o propri o hrp 1 encanlllo atrn· ve,-; da sombra negra da i11q.,e 1 f iç iio hu :nu.· n a, pois que o mal log icnmp nte não 1, í,lc p roduzir o hem, e ' como ec rolu.na sú o be!ll produz o bem . -'e a dô r fo~se n m mal, t c\ riumo ele cow s i,le rar como um prrverso. 0 ciru rQ,·i:'ín qut1 nos vie;::, e .nlici tumr, nu• a inprnar u rna 1,ern:.1 gn ngt'<l narln . ilJúu, 0 me tre que ll"'- c·on– •,tr!lllgP"H' p,,ln. e ne1-~·it1 ~L n:)re nu.P r ,1 ,1ii,·i 11
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