Alma e Coração 1916 - Anno VII (Jan-Dez) - Fasc. 3° Março

Procuremo..: , isto sim, au~iliar os pae~ íl augrnenta1-lhes o éntimento religioso de um modo geral e não entulhando· l_hes o cerebro de palavras, para elles, ocas e em iirnilicação. . as maximas namar a Deu · sobre todas as coi:-as e ao proximo c.:01110 a nós mesmos a4uelle se enfeirn clara e lumino:-:amente: '-'Ohre este circulo incidamos to.la a nns~a accão. Tambe;n se faz mi tér incuti:- no es· pirito infantil a nocâo dos seu· desti– nos. a co 11prehe11:â0 do trabalho, e desbatar-lhe a intelligencia dos er ros, preconceitos e , raxes supersticiosas; an1mr.r a con:--ciencia , despe rtar o amor ,1a \'erdade , rep1 i1nir o instinctos ,·i– ciosos nos que po. uirem no , di rigi!· a \·ontade. emfirn . para o bem. Este e o papel con ciencio ·o. entre outros, do mestre-e cüla, :em lhe ser preciso ~~1s– tri11gir-se a. um co njuncto de regias que. para as creanças. nada di::em e representam. O melhor culto . . . .. ... Por aqui, ~ina ?'. - . irn, \'im vl!r•te e, de1."a 4ue te di,_i;<1, bu :M calavras amigas e conA · antes, pois. aFôs a morte ,ie Augu ·to não durmo be1~1, não tenho gosto para cousa alguma. Cma idéa unica me preoccupa-o de prestar-lhe a minha ulti1na homenagem, filha do amor e do coração; tenho com algun· sacriAcio conse!su ido juntar um dinheirinho af\111 de que 0 meu desejo se torne em realidade. - -\1as, que tenci0nas fazer? em yue se resume a tua homenagem? objectou Lucia. - Em Je,·antar um mausoléo, prin1or de bom gosto e arte, que segnif1que Alma P- Coracão-i:r 1 ■ ■ ■ ■ 1 ■ 1 ■ 1 .. ■ ■ ■ ■ . .. anno a i<ira a fvrça de-;-e affecto que não morre Não és da minha opinião ? - 1 ão; si não te magoa ses eu te diria: por que não benefLias com essa i1nportancia a r.u to economisad é, tantos 1,obres sem lar. tantas ,·iu\'as :sem roupa, tantas creanças sem in ·truc– çilo? ?recisamos ir nos de!3apeganL1u pouco e pouco de · ·es habitas que mai · desem·oh·em a nossa \ ai ia,1e para a obrn de o tentação, po r que é erro ac re· ãitar geralmente que o que nos mo ,·c <' es a· manifes taçC,es seja prod ucto de uma amizade ,1esinteressada e duradoura . Qual, minha filha! Fazemos a ma is das \·ezes com o intuito, de 1..ie pcrtar atten~ão de te ou daquelle transe un te, nos orgulhando, i não fer imos a mo– destia de muitos . Neste caso, interrompeu :,.J ina. como hon ,.aremos a memo ri a do· 4ue f\O: foram ca ros? <)rando por elles, principal mente, com o coração imples e a a lma amoro.·a, e sobretujo não ter a c to · máu e indig– nos. A homenagem não e · tú nas pompas dos fu·1eraes e nos luxos dn · sepulturas (JUe, como to ias as cousas cphemeras da terra, passará um dia; e tá na ma· nei1 a por,1ue nos po rtamos ern con ·– ciencia para as almas dos nosso:- parente-; e amigos . Pen'-as que Deus iri a restringir o seu amor ,i humanidad e ? ~ ão , d~ modc, algum. não '. Que não se ri a dalj uell es '-!Lle não podes~em comprar ao 111eno-– u111a cruz? Co,11 o pensament0, em prece, que nfto é põ.t rimoni o de nin guem t.: pertence a todas ::1s creatura ·, poderemo · pobres e ricos prestar aos nossos morto:-. de modo mais signifi<.:a ti vo o cult o do affecto.

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