Alma e Coração 1916 ANNO VII-Jan-Dez-Fasc. 1° Janeiro

Alm.a e Ooracã_o ' Orgam de propaganda espirita :-~~:. Dir e ctora Bimira Lima ANi\'0 VJI Belém do Pará, Janeiro de l!H6 1 ~ F \ SC. 1.0 Alma e Gottação 1 1 ;\fais um anno, meu dilecto, um anno mais que te vemo vencendo, ga rbo o _e internerato, ás int-::mperies elas conti n– gencias terrena"! Ah I é I orque tu reílectes, abençoaJo relicario ,ie er. . inamentos san tos, pro– té.CÇ( 1ec; abençoadas de invisi\'eis seres luminoso.,; . que te amparam e te con– duzem' ~~ão podins. porem , atra\'essando os c::uninhos dn \ºida, recvlhe, . c,mente a caricia tépida dns auras bonilnco as , o bafejo effkviante da ·'ernanaçfies ·celes •es; dentr0 do teu seio, entrára tnmbem , o pungir percuciente de doloridos e pi– nhos... A ingratidâo, feriu, insensata e impie– dosa, a tua bondélde co11fortadora. Esquecido quase, passaste em anno inteiro, · sem receber de ant igas mãos prestatiYas a dadi\·a fraterna duma pala· vra ! . lnteresses outro~, outros ideaes, insinunções extranhas, se emiscuirnm, turvando a fonte das inspiraçÍJes espi– ricuaes, partindo. des~sednçando o pacto amorm·el e sagrado, que durante um lustre tinha perrnanecid;), numa i:;-erpetua corrente sympathica de auxílios mutuos ... :\Ias isso te \·eio da Terra, da terra malf~seja e impura onde pr:edorninam a mentira e a ingratidão. Do Alto, dos espaços puríssimos onde refulge a lu;r, do amor divino, jamais deixou de baixar sobre ti, a mizeric0rciia dos bons! E será de lú, tem fé e tem esperanço, - ó rt sa_nto e· caro penhor de fraternal affecto >, que te ha de vi r sempre, sem– p, e. semrre, constante como a t-ondade nunca desrnenti,ia dos justos, o ~sto ampara or á tua jornada pacifica. Quando o · meios te faltem,::_amigas vozes im·i ives irão tocar corações ca– ritati\'os, a! rnas altrui tas, e o soccorro, -qua l maná"dul cilkante, te enche rá o pequeni.nc s e< leirns ! Quando de. ertern da tu as pagina o.; alvas, - irrndiç1</1es erenas 1 intu irão os que \' erdadei rarnente te amam, e o teu eio brnnco transbordárá !e ensino ! Inherente á fragilidade humana, é a Yolu\·e! e transitari a mutação dos Een– ti,ren tos. ão esperes nunca, não confies nunc:1 nos exltemos elas ded icações que se iniciam por enthusia mos explosivos como f.' gos ateados em palheiras seccos . . . As affeiçiies sinceras e durarlouras , são ca lmas; seus serT iços nos procu– ram, nns horas diffice i em que carece– mos de nuxiliós. . ão mudam nu nca , nunca se transformam, quaesquer que sejam as altern ativa: dn adversidade. E dessas , não procures encontra r en tre os homens , que · se fa zem joguete!', elas occa~iões, das creal.Uras e rlos meio~ ... Paira acirnado mundo-O olh,1 r de Jesus é santehno em· meio ás tem~'estades . - Elle te guir:i ao porto seguro dn bonança onde lyrios de purczn flore!-'cem , perru– mando o ambiente dn Terra .ic Promissão. Olho'- no Alto! .. . A\'nn te! Meu espírito. é feliz, beijando-te as niveas folhas sentinosas . ELMlRA LIMA

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0