Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 11 Novembro
J olosurno, pai'- entre .~oluçns·: - N áo, n ão, m in ha senlvwas in 1 1n . E lia e,:;t,i, hem mor ta: a ma nl1 ece u fria e du ra, na rêr!,,. Com certeza m on e n rlé'"- ,-- ~:-...,, qu a ndo e u dorm ia . Ai, min h ;L ? i l'g·em ' Nazal'et.h, qu e fiq uei ,_sem a miu hn.' m ii ezin .,. !. . . D11!ci1lio, chor aua a 11111 ca nto , sem se a trever a f iclar o que lhe ia na alma . .. -D. MAR TA, m a fel'11alme11/e afê1gando a c.. beça d e .João : -Nã o ch o res t a nto .. . Acalma- te, fi lho; vamos lá; iremos comtigo, ve r tua mãe. D 0Lc 1010, levwzlaudo os olhos cheios di' lâgrima: -Sim, Mãez in ha, ia t e pedir . .. Vamos v er a t ia Rosa ! E os Ires sahira111 , rumo da ba rraqu i nha da cabocla uellw. D. M..1 R.U , 1'/ltrm11[0: - 'l' ia R osa ! O' t ia l: 03a ! J o.~OSl:'IHO : aqu i de nt ro, venh a vê r . En traram n o qua rto . N un, a r P.rl e ntada a nm cant o. in.;,. ia a pob re mu lh e r. inan imado·; o lhos ce rnufo s, um fio de san g ne n. escorre r n o ca n to da bocca. D. M ARTA, /)(tfJJWHln-a: D. M ARTA =?ocega, J oãosinho, daremos as provi– cle nc1_as. Tem fé P-m D eu , co nti.n ua sen do boms!n_h? como te ns pl'oc urado se r desde q~ e 111,ciaste a tu a r efo rm a, qu e p ódes se r a 111da mu ito fe li,: . . . Um olha r trocado ent re m ãe e fi lho, compl eto u o pe nsamen – t o de ambos . N esta t arde, dep ois qu e o e n– _ter ro sah iu, J oãos iuho co nve r– sava com D ulcicl io. JoÃosr:-;110, limpa ndo ns olh os que de mo– mento a m 1 m ento se enchiam dagua. _- Que vae ser ele m im, agora . Jão tenl1 0 n m g uem n o m un do, Drmcrnrn: - Que res to rn a r a v iver comnosco? q ue res ir para a nossn casa out rn \·ez ? ,foÃOSI's'HO : .---A h ! se D . Maria deixasse . .. ]). 1\f,1 1t 1 A, 1/IIC. ;C' GJ)JJrO.ÚIIIUr(l; ---D eixo, im, J Ol'.] ue n ii.o ~ L evamos-te comnosr;:o. · ,fo .1os1){HO, abraça ndo Dnl cid io. · Comn siio bon s pa r:;t m im i D . MA 1t1A. pondo a mão sobre a eabcç, 1 d o orµh ão : ~ ---J oão~inho: de hoj e em di a nte serei t ua mã e, se q uP.res, me eh a ma r:'t::; Mãe7. inh a: ir;\ ~ - J es us ! E st.;. m orta me~mo ! .. . f ~.'.{Hpa ra a esco la com o D nl eid io e à t a rdP. a p- ( p re nd e ní. u 111 offi r:io. qu em fa7.e1· de t i 11 m homPm P. el o t e u es fo 1\'0 <ll:' pe nrle a m in ha, t a rPfa. Sê obed ie ntP, 011 ve o~ meu co11;;c lhos: não t e a fa , te- do cam in ho que o me u affe- D cr,crnro : - P obre tia Wfütt~· 11fo rrPI' nin g uem ju nto ele i ! D. 11.íA JlTA : so inh a , sem =Que d izes? '. .1o sahe5 que D e us P.Stá em toda a parte? Nà') ,abes riue os e ntes espirit uaes, s eus e n vau io3, ba ixa1 11 carin hosos a recebe r a a lm a d os que parfcem d este mundo, se fora m h on estos e bons ? D uLcIDTO : = 1'e n s razão, Mãez inha. O seu a njo da g t1 ard a a acomp a n hava.: . D. ]\,f,1 RJA: = E ontros . . . e mu itos o u t,y~ a migo.· rlo espaço, m e nsageiros do amo r d 1v1r10. J oiosrNHO, que os escuta va , lllllÍS c 11 tmo, se11ti11du-se menos d esyruçw lo : f ' ') = E ag-ora, ó' qn e se az' cto t e ap nntar. Que a lenrbranc,t do t eu v i– vPr at.:, hoj e te cl ê est imu lo p a ra conq uis – tares 1.1 111 nome 110 f utu ro . O esp írito rl e t u,i ·111 ,in ve la JJo r· 11 r'1s . po r t i. p ara g ui a r-te se,u rl e;: vins, po r m im para 1ue dar fo rças 11 0 desempe nho do comp rom i ,;o tonmdo. ]l;,i, 0 c ho re~ ma is nss im, eom e, se deses pPro. a:; almas q ue nos ama m soffrem com o n<Í •so soffrime nto. 'J rê qu e e!la não · morreu; cath vez m a i viro é o se u amo r por t i. Ag·o rn vem. D ize ade u:; a es ta ch ol'.pana o nde n as– ce te e pad()C'este, 1m p obresa e na ig-no ra n – <'i a . D e u,; nos aj udará, parn q ue 11unr·it ma is ass ista s as &cen ns da m i ·e ria na r:,t ·a ~' 111 q ue ,•il·e,·es !. . . E t oma nclo a mãos do pe– qu eno .brp hão, e J o li I li o. tt bondosa senh n rn vo lto u p:irn o rn orl esto lar. de~tl P e nt:i o alie n– (',1ad ,1 1,01· um o~cu lo tLi ,·a,ri– dade celeste. J ,1·,·1.1. "
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