Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 11 Novembro

E, de!3cendo sempre, permit1,indo que o nos– so horizonte se restrinja a ma is e mais, prn– gamos a v.ac uidade da existe ncia, mald ade humana, o n egrume <lo vall e de lag l'i ma.s onde todos as ideas se aft ---:;:i1 e onde to– das as claridades s,i.o illusô~ embriaga mo– nos com o veneno do p essimismo que semea– mos, regosijamo ·n os de vêr os outros chorar e descrêr , descemos muito a.baixo da n ossa linha de fluctuação, revertemos a uma atra– zada animalidade cega, mentirosa e cruel. Entretanto, a n ossa volta á vida é linda. exuberante de saúde e de força sempre re no~ vad as ; b a immensa gente feliz, legiões de almas Jurr;inosas que avançam para cla rida– des sempre ma iores. Tndo resplandece. Se abrirmos os olhos e tivermos a saluta r cora– gem de encarar a verdade, comprehen dere– mos qu e a n ossa dôr é in s ignificantl:', imper– ceptível e tal ve;r. u ecessaria no conjun cto da bell a flôr que desabrocha conti]J namente so– b re o mundo e c ujos perfumes são os ma.is doces r emedio aos n ossos ma les. D os nossos mal es ti raremos p roveitos e en– s inament os que transformaremos em armas para o bom combate, em estandartes que os outros so ld ados fitarão ab razados de n ovas ene1·g·ias e de novas certezas. A Bondade, a \·erdad eira Bondade in tel– li gente e forte, nilo a Bondad e passiva e re– s ig nada quA . e devia chn.m a r mansidão e que os fracos nn ·oram t,,mando-a pe la ou.t.ra. de_i– tam nas almas qn e a servem estes balsamos; a luz do sol to rna- se então mais clara, as cores mais b rilh a ntes. o ar mais pu10, ,t so– li dão deixa de ser a so lidão e a co nscie ncia sobe no azul de u rn cé9 radioso e ntravez de todos os soffrimentos, de todas ns dores, de t odai:: as angustia,. e ncontra a paz. Quen: tiver a fortuna de co nhecer esta Bon– dade nunca se rá infeliz, por ma is c r,1el, por mais ,idversaque a orte lhe seja ; ne ll a acha– rá sem pre a compen sação ás s uas dores, aos seus sacrificios, ás suas agoni as mai ores. Terá azas que o elevarii.o ac ima dos prop ri os ma– les poderá. abrange r a virlfl. com olhos que sa,bem vêr e razão que sabe comprehender. VIRGINTA DE CASTRO E ALME IDA Da «Folha do Norlen Pedimos venia á illustre coll ega para trans– c rever em nossas hum ildes cn lumuas esta formosa pagi nado illumin.i.do espirit n da bri– lhante escriptora portngneza. (1\. daR.) Dae um óbolo para a Pharmacia da União Resurreiçõo ~-- .. e~ Atravez d'um fatidico destino. nas illusões d'J mundo eu caminh ava, como as aves no aznl tambem sonlrnva dominar esse espaço diamantino. Do meu porvir jamais me preoccupavn ás corrupções do mundo entoando hymno proseguia no meu viver ferino. Minh'alma das imperfeições escrava, dormi a ante o evoluir da vida 'té que um di a por voz meiga impellida clesp·n ·tou a entoar esta canção : Graças meu De us que em plena mocidade me mostra,te o caminho da verdade por onde ch egarei ú, perfeição. --------- ------ Excen)l.o d-' 11 ma paJestl'a 1 •1r1 !.ij.!.- ~■.11~1~, ~6'LlJ.l~l ■I Ba tos 1am pejos de so l cob rem a se;tra , lni rejam os tri gaes, e nchem de luzes s □ av is­ ~imas as casas e as mnntan h as. H a pn,Ipi– tn.çã.o de vi.da por torla a pa rle, todos os co– rações se levantam pa ra o amanho cl :.1 t er– rn ... mais a lto o so l se mostra e qua nto ma is a pin o,- -co isa extraord inn ri a ! -os raios sr nme– nizam â co 1Tente aé rea, dn pe n;:ar:1eut,o rl e D eus. . . E te so l P- o d,t Pnz. Hygien iza - olhae para as humildes cn ·inh a,:, brancas, q ue se drstacnm l:í d.e nt ro, lá n o fuud c> dn.– <] nell as n.!amerla ~. O :ir n.ll i parece ser mais tra n<]uillizn.rlor P ca!mo. Correm de la do a . lau.o vibrações dul císsimas tamanh as qu e nos sentimos arrebatados vive11do da harmoniCI da s cousas. Ali, a paz ! Que fal em essas almas, mui– ta· del la já no Pôr-do-Sc,J cl:t exi stenc ia, qne têm tido a ventura de filtrai-a. el os pro– p rio olha res : que não ciciam p:da,vra~ for– tes ; que nii.o vest-em os gestos co::1 as rubras vestes do odio, do colera mnninha; que n iio pertabam com ns lamentações a paz un_iver– sal. Repara~, Vistel- as, essas a lmas , n o Cam– pn Santo, nc,s cemiteriM, quando acompa– nh am nm entPJTO? A lli 1utq uell a soberba entrarla do pniz tla E gualrlnrl f>. · orqn e lá Plll r ima ver- nos-f•mos e pirito.;;. sem t it ul as e brazõe~, ~e.m glori as

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