Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 11 Novembro
Alma e Coração Orgam de propaganda espirita \'V7 "~◊.K, \,1 -Directo.:-a Bimira Lima ANNO vr Belém do Pará, Novembro de 1915 FASC. 11 Finados ,a ,,i,,liill,o,,lu■•~• • •• • •• ••• ••• • •• ••• •• Na «União Espirita Paraense», os queridos 1nortos tambem foram lem– brados, reunindo-se alli avultado nu– mero de ·creaturas, que iam assistir como os espíritas commemoram fina– dos. . . E assistiram. Os que pela primeira vez subiram as escadas daquella casa em busca de alguma co·u:,·a que melhor lhes esclarecesse a -es trada da vida, apprendendo na ho– menagem aos ·mortos. como _devem caminhar os vivos no cai reiro das p ovoações, tive ram ·ensejo de ver qu :: os espíritas NÃO COMMEMORAM FI– NADOS, porque -a todos os momen– tos, em qualquer dia do anno e em qualquer logar, o nosso pensamento ,_. a moroso e bom, que é prece, póde ' se elevar ao seio límpido do S enhor Deus, pedindo por aq1_1elles seres amados que de nós partiram para a grande viagem da eternida~e. A pa– lavra dos oradores, suav1sante de es peranças, luminosa de co~fortações, affirmou que os mortos vivem, que perto de nós, e recebendo o nosso pensamento, soffrem com as nossas dores e gosam com as n~ssas ~le– grias. Que a mor te não ex1s!e-s1m– ples transformação da matena orga– nica em outros corpos, vôo da alma liberta da prisão da carne aos ocea– nos ethereos do infinito! Um dia es– pecial para nos lembrarmos daquel– les qu e amamos? Ob, nao ! Cons– tante, o nosso pensamento se vo lta para o A lém, in!l:e rrogando ao mys– L rio da ,:1norte , onde est:io os entes adorados que ella nos arrebatou. Ingrato, desamoroso, indigno seria aquelle que, sómente uma vez por anno, na data convencional dos fina– dos, dedicasse as homenagens de sau– dades aos seus qu.eridos mortos. Dei– xemos que permaneça a praxe esta– bel~cida, como tantas outras, pela sociedade terrena, para servir de guia, orientando, educando as almas infantis, as almas que começam o cyclo das existencias planetarias, cuja ignorancia necessita de formulas ma– teriaes, exteriores e grosseiras, as vezes, para ferir-lhes a sensitividade ainda embryonaria, adormecida ain– da, e qu e só se irá despertando atra– vez do tempo. Mas nós, os que vimos já de um passado longínquo, que se perde nas sombras de centenas de reencarnes, nós, os qu e já accumu– lamos conhecimentos adquiridos atra– vez das dores no resgate de milha– res de faltas, e por. isso mais lucidos e mais evoluídos, nós, responsaveis pelos nossos destinos, ora entregues ao nosso -livre arbítrio capaz ele por nós mesmo, com a protecção elo Alto, nos traçarmos a clirec triz segura, nós, que r ecebemos a maior p arcella el a Grande luz, que se projecta da Di– vina Fonte, representada na Terceira Revelação, nós, os espíritas que sa– bemos pôr o nosso pensamento em accorde vibração com as vibrações conscientes do espaço, não necessi– tamos de convenções e de formulas, de imagens e de cultos exteriores, de symbolos e de ritos, Irnmenso é o templo -da Creação universal, Deus --o sub li :ne dispensado r da vida, es tá em to h pa rte ; nossos espiritos O bascarn nas irradiações da virtude e nas claras scintillações dos astros
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