Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 10 Outubro
Alma e Coracão - II :1 1111u1 11111t1 111 11111111 11•1, 11 11111111,11u,, O testemunho dos faetos Os mortos vivem Em Fo rtaleza, ca pital do Cea rá , o j o– ven P., soldaci o de urn dos batalhões federaes e filh o de im po rtante fa mil ia Ce[l– rens e, s olici tou em casamento dis tincta senh o rita e emba rcou algum tempo de– pois a pres ta r os s eus se rviços nas re– g iões do Contestado, no es tado do P a – ran á havendo ante~ de ixad o a sua noiva em ~erfei ta paz. na capita l cearense. Certo dia , qua ndo de s erviço, viu de bito a sua noiv a atra vessar o acam– parr:ento e bastante impressionado e tris– te fi cou, suppondo logo qu e qualquer a– contecimento havia se dado em sua au– sencia e na rrou o a pparecimento da vi– são aos s eus demais collegas.. Tris te real id ade , pois no di a seguinte 0 j oven P. recebia noti cia do morte de n oiva e es crevia a s ua fa mili a commu– nica nd o o fa clo e o q:1e hav ia visto. Vi s ã o Propheti ca de T o l s toi A nossa co ll ega «Cons ta:-, cia » de Bue– n os-A y res . publicou uma " Visão Pro– phetica" de T olstoi, ann unciando os s uc– cessos qu e j á se es tão des enrolando no mundo: «\Tej o a Europa sang rando e em cha– mas , e ouço as lamentações em immen– sos ca mpos de ba talha . «P orém no an no de 19 10 uma ex tra– nha Agur:1 entra n(, scena rio do sangui– nole11to drama. E' um holll em de pouca in s tr ucção mil ita r, rn as cons egui rá pren– de r a ma ior pa rte da Europa em :ouas mãos a té o anno de \922 . Já está na te rra·, é homem de g ra ndes conhec imen– tos. Es tá-lhe ass igna lad a um missão por um pode r s upe rior. Revelação Premonitoria << E m 3 de Julho de 191)2, ch egava á casa ás 11 112 da noite e, p or um impulso subit~ e irresist ivel, ordenava ao cocheiro que me conduzisse a casa de umas ami gas que ,m e h av iam convidado para assistir a uma secção espiritas. Naqu elle tempo, ent retanto, · duvidava da realidade dos phenomen os, n ão ligava gran– de importancia ao problema do espirito. Approximei-me da meza e inquiri se esta– va presente alguma entidade que me fosse conhecida. Baten do fo l'temente, indicou á meza o n ome do meu marido : Carlos Dorian. Ora, no dia aJ1terior tinha estado com meu rrut rido, qne se acha va em perfeito est ado de saúde e preparava-se para, em brove, reali– zar uma viagem. - Como ? redarg ui, eEtâs então separado de teu corpo? · - F ulminado por um raio, ás 9 horas e 30 minutos da manh ã, respondeu . -Nada disseram os jornaes a res1,eito; si o· facto fosse verdadeiro, tel-o- iam noticiado. - Já disseram. P assaram-se alguns dias sem qne n enhu – ma accidente occorresse a meu mari do, a quem não h avia comrn uuicado a occurrencia pa ra n ão incommodar, sabendo, como sabia, que elle detestava as prati cas espiritas. Aos 13 de J unho - dez dias depois da com– municação- ch egava a todo g·alope a carrna– gP-m de meu ma rido, pela qual me era e nvi a– do o seguinte bilhete de meu cunh ado: •Nosso pobre Carl os fo i fu ln:: in ado por um r a io, ás 9 e 30 m inutos da man hã . A mo rte foi instantanea». Poucos dias àepois. t ivern o outra sessão, n a mesma casa e coro o mes– mo rn edium. Apresento u-se o e;:pirito de meu esposo, e tendo-lhe p ergunt::i-do s i estava con vencido da sobrevivencia, respo ndeu: -Agora crP.io, porqu e conh eço. Q_uaudo lhe p regun tei, como hav ia J)Odido comm un icar-se estanJ o encarn ado, o medi – um escre ve u : - E ram 11 e 1]2 horas e eu e tava dormind o. :Mi nh a al ma , prevendo o fün pr,1x imo da sna ex ist encia terrena guiz an11 u11 1.:ia l-o. As pes oas, qu e ass i, t iram ás du a rns. fie, , estão prompta a testemunhar a escrup ul ostt exactidão do que acabo de expôr. Prir]('eza 'I'oLA DonrAN". D a «Redencion • de Ha va na
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