Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 09 Setembro
Dor sincera O que u os molesta, o que nos cau a do– res reaes, o ()ll e realmente n os faz curvar a cabeça entri stecido·, n ã.o é o ataqne syste– matico dos nc,:;sos ad ,·ersa ri o · em fe re li· giosa; esi es, ao co ntrari o, são os mais efi– cazes vehi cul os da propagand a, despertando a c L1ri osidade nas creaturas, que de nós se ap proxima rão, par a ver o qn e d.fl real exi. te n as accL1sações de cl emo ni f mo e quejandas, cousas ma ravil h osas q ue os attrab e como desconh ecidos manjares .. . São os actos dos que :;e não pejam de in– tit ulai· ele esp iri ta·. prc,rede nd o como o ·peor elos pha ri seus, que 110 retaliam a a lma, acabrunhando -a . e t a rrt)Cenclo por momentos as mais a rdorosas e ne rgias, as maif valentes asp i1·açõe · de trabalh ado res s in ce ro-. Jornaes que trnzem n,, ca beçal h o, á g ui sa ele recommenda çi'í.o pacifica, legendas evan– o·eli cas. e que tra nsformam s L1as co lumnas ~m postes de inju1 ias---enxovalhando i11 ca– ri closamente · rep utações alhe ias, a rrastando ao ridícul o alheias co nvi cções, olvidados que est;iio ele quem quer ()Ue possu is e a vP-rclade, em s ua mai or parcella, esse se ri a o mais miseri co rdioso e o mai s man,;o, o mais ca– rid oso e o mais clemen te . E' essa confi s:;iio publica do atrazo J e al – g·uns inn iios, o qlle mais nos fnz · offrer, qllf.rnclo somos ol, ri g·ados a neg·al-os elo n osso g remio, se algn em 110s pergunta; quem sabe in te11 cio11 alrn enk : «~o o E spirit ismo reg·ene ra, r·omo se exp li ca. o procedime nto desses? ... » N :'í.o, não p ocle m ·e r es pi·ritas os qlle in– ju ri am, os que ..a lL1 rn ni a111 , os qrn: amargu– ram a v ida do seu prox imo. Quem quer 'lll -~ creia em D eus. quem q uer que poss ua a intima certeza da ex isten cia da fl lma, q uem 'luer ()ll C a 'Ceite a lei da s reen carnações como a maior 111 iser ico rd in, con cedida pe lo 11premo Pae aos fil 110 · pP1:– ,-,n,clo res, fac L1ltanclo- llte,; ·n (t eternid ade do tempo qn e se nà J médc, occas iões de nmc11- da r, ei eme ntos de rn~gat.e, n ão leva•·á j a.ma i::; o rlespre:,:o a a ln ia do seu irmiío, i11fmnan,lo 1·om pa lav ras g-•·os~e·ira,s. mn gn a11 cl o-o com a ll ns,1es fe rin ns, des peda ça ndo a c·om i11 s ul– t :Ln t,,s vi 1 i.; ·i111 0- . O hom em fl :i<· c rc ~m Deu _, o hon1 Pm q11 P sabe q 11 () ri a lma exi::.tP, o homem q 11 P acce ita a rer.w .1rn ur ã•J ·-é l;e nPvo lr nte <· • t ole rante, é ~i,ll'e ro ·e é leal é carido~o e ,. hL1n1ilcle, é TTI:lll " ' e pad lk o ele cornçi.i t>. E quando '" .-,•u::; in ::;t inctos a in:l rv a nimn– li,mdos o arrn ,t.:1re1n a actos rc p,·o,·avr is. r á pido o a1T? l•••11d ime11t0 de cerú no se u e::;– pi1 ito, i.1Jum i11 i1 :·,1 s 11 a consf' iencia e reconh - ,-,cn tfo <]li <' , :T"i' J•Pctir,t pr rd ão ao offencl icl n. Errar é da creal;ura imperfeita, arrepen– der-se é da alma perfective l. P erdDrar num estad o ele animosidade con tra quem quer qne seja, mesmo que nos tenh a . causado ma les, é indi g no de quem a la rdeia co nhecimentos theo ri os dos ensi– nos de J es us. .Não pod~mos concebe r a campanha sata- 111 ca e p erfada que se move contrn alguem pela palavra ou pelo jornal. Todos er ramos, e o mai s justo, o que mais ~erto est{~ da Ve rdade, é o que, sendo offe:1<'l1do, sabe perdoar e e. q L1 ece r e não retr1 hu e n a mesma miz rav ol moeda as fe– rid as que recebe. Preferi arno.· C)lle St) resumi e o numero ele 0 n 1pos, que climinu issem os jor.naes, que fossem me nos os ndep tos, n vermos essa desolador(], cansa que e propaga e que se estende corno um ra stilh o maldicto entre as fi leims cap itaneadas pe las i uv i i~eis le– giões do di vino Cordeiro-a , isania e a hy– poc ris ia. a fa ls idade e a disco rcli a cl emol in ci.o a()u i e a lli esfo rços nproveitaveis. S im, prefe ri amo ve1· sacrifi cada a quan- t idacl~ á ~uali cla~é - que nos res~asse, p orem, a !'<at1sfaçao.- o JU bilo de coMlatar qu e, se o numero de espíri tas era diminuto - ·cacla um po r s i val ia por um 11 orn e111 de be111,- – por um verd adeiro e in co nfun d íve l a1 ostolo da Re li g iào Un ive rsal ela paz e da conco r– d ia, da tol e rnncia e do amor. Er.~riRA Ln.r,1, Inscripção edificante IIIBIIIIIIIIHIIII.HIIIIIOhlllliill "m"INlalll'.11■1'1 !l• N' 11111 •I Numa ig reja da Aliernanha foram feitas as seguintes in sc ripções : «Vós me ch.1111ae, «Me::;tre » e não me obedect:is; Vós me cliarn.1es «Lu z» e não rne vêdes; Vós me cil a111a e. «Ca– minh o» e não me ~eguis; Vós rn e ch.1- rnaes «Vici a e não me desejaes; Vós me charn ae::; « For•11 oso ,, e não me amaes · Vós me chamaes ,, lfo;o» e não rn e pe'. dis ; Vós me ch.1rnnes « [,: tern o» e não rn e bu scnes ; V, í,; me chnn1 aes «Bon– doso ~ e não conti ne~ em rnirn; Vós m~ cha nrn es ~Nob re , e não in e :'en·is; Vô.s me chama es « Po,ie1 oso » e não me hon– raes; Vós me chamnes cr.Ju s to ,> e niio me temeis : Se eu, pois , vos condem– nar , não me accuseis JJ.
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