Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 09 Setembro

Alma e Coracãb ' O_rgam de propaganda espirita ,.~~~ D ir e e tora Elmira Lima ANNO vr Belém do Pará, Setembro de 1915 F ASC. 9 Os dois bottizontes ••••••••~••~~•!~W~""" Esse profundo e collossal gemido que . o velho continente solta alarmando o . g lobo inteiro, tranzinJo o coração de todo o ser humano, nos faz indagar, num · grito sincero de mágoa e pasmo :-Por– que é is to, Senhor? Surgem-nos á memoria, soluçantes, os ve rsos em que o o poeta dos escra– vos traduziu todo o angustiado assombro d a su'alma e como elle indagamos, como que num pesadello, Si é mentira ou si é verdade tanto horror pe1 ante os céos? Tragica, dolorosa verdade! Mais do que nunca o peito humano estala de odio; a tempestade de todes os sentimento.s inferiores durante seculos accumulados, desabou, desorientando-nos. Onde bus– car a causa remota ou proxima da tre– menda hecatombe ? Na ln eligião. Eis tudo. O homem aband onou por com– pleto a idéa de Deus e especialmente nas classes chamada~ cultas, exacta– mente onde vão as nações buscar os seus dirigentes. A ideia de Deus é o a licerce unico da paz universal. E liminae-a e ·virá a vacillação, a hecatombe. Crendo si nceramente em Deus, o ho– mem se esforçará por obedecer-lhe ás leis sab;as. Saberá que Elle creando os mundos os distribuiu de forma a pode– rem conter as suas populações em paz e felicid ade, se cada ind ividuo, como cada povo, contentar· se com aquillo que fôr justo que lhe pertença. Mas assim não se dá. O egoismo, a ambição, o vehe– mente anhel o de dominio invade o ho– mem, invade os povos, e os leva a uma pasmosa actividade ,fo cc,nquista, através de mil iniquidades. Mas, tambem, como aos indivíduos, a Justiça Divina diz ás nações , · ás immensas collecti vidades : pára . Roma, quan fo se julgava definitiva– mente senhora do mundo , entra em de– clinio; . rúe. E assim será sempre. E observe-se mais que essas tremendas calamidades conflagram o nosso planeta quando o nivel moral baixa. Foi a corrupção dos costumes que des– truiu Roma; é a irreligião que nos conduz a tão pavoroso estado de cousas. O ho– rizonte não póde ser ma is assustador. Ha a .isuerra no plano physico, destruindo milhares de corpos, e ha também a guerra insana e má da corrupção, sob seus varios aspEctos, corroendo as al– mas. Esta nossa é ainda aq uella mesma raça que ha vinte .secu los o Cbris to cha– mava «adultera e peccadora». Repare-se mais que a scentelha para o incendio que in ferna liza a terra, par– tiu exactamente do ninho das doutrinas negativis tas-a Allemanba. Mas, Deus na sua mi se ricordi a infi– nita permittiu que a react;ão não se fi– zesse esperar e, antes mesmo que esta– lasse no seio pa humanidade a conse– quencia maxima ,dos seus desvarios, Elle

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