Alma e Coração 1915 ANNO VI Jan-Dez-Fasc. 08 Agosto

. ,, ..,. - I?rece p +~~ P at'a o coraç5o de c ... ssilda Valle Ah! Como é t ão tarde ! A noite me s ur· p reh endeu n os meu5 labores ! e pn.ssei do momen to de orar . Que faze r ? ! Deus. df: ,;erto, perdoar-me-á. Saberá da minlrn inten– ção, pois n ão ti ve intuito de furta r-me ao rle licioso e abençoado instante, elevando-lhe o pensamento num impulso de gratidão. Orarei ama nhã, est arei attenta para no min uto aprazado clesoccupar -me e d izer as minhas orações, c isse Héli a, deposit.audo no a,1·mario os ultimas petrechos do sen tra– ba ll1o cliario- Ob::,ervo u-lhe, porém, num tom am igo e pers uasivo o simples e bom velhinho Em– manue l :-'Como te e nganas, minha fi lha ! Sem o saberes certameute ora,ste, porque o trnbalho J uma 'prece tambem, a, mais san– tifi cada elas p reces. Sim, quauclo trabalha– mos o nosso pensamento está vo lvielo para as coisas santas e bôas, ado rmecemos os rn áus instinct-os. expellimos os sentimento.· infel'iores e pénetramo-uos ele qua: idades. melhores · não tememos o assalto das pai– xões e c~ncorremos para a l.J a rmoni a do Univers0, porque nos mun dos o trabalho vibra como a nota mais esplendo ,·osa do hy mno á Creação. Adema}s· cou~in uou o bum vel hinho EIDmanuel, nao h a 11ora para a p rece: podemos ora r em qu~ lquer '.no– me11to desde que sintamos deseJo, por isso que a oração é um ~urto de pensamento, o n]har s uppli ce e hmmlde voltt1do ao Alto, a palavra since ra que _irr..> rnp e ~spo ntanea ~os nossos Jabios, o se n t1me11;_to p iedoso e amigo partido dos nossoR coraço~s- . , Qne melhor prece rleseJflnas tu fazer se- não essa de h a pouco, em que horas ?- fi o estiveste entretecendo peças parn ,, obJecto a acabar sem a menor cont ra riedade? ! l\epara n a sensação experimentada no_ fin~ das t uas occ upações. Bôn-,_ag raduve l, n '.1-o 11 afisim ? E não oraste ? Sim, vraste, rn mh a ti. lha fizeste a tua prece, 11orque a n ossa prec; é ouvida e atte1: <licla pel_o ~enho r d~s Un iversos quando sentiO? os no 1o t1111 0 a ma1_s doce cla.s emoções, a mais ere na das suavi– dades. Quando nos sentimos bem emfirn . ~,~ fe liz, arni g•ninh a., ebtraba ll 1 1 1a_ 1sem1pre, pronunc iou, por ultimo, o 01u ''.e un 10 . •.m– manuel, afagando risonho a lou a cabecmha ,te Relia. YoLANDA. . . . . . . -· . ., ---~~ A1111a e Coração- () li 1 1 •• ' " ' , 1n1 11111.1 ,1r 1 1 1 1 1 r , , , 1 u Seátta Infantil G'v ~o"'> .-g c!:f," A imprull enl,~ A,1s pcrpwuinos E/mira. 1Ya:,., José Fw:a.·ru A/varo Sub11co " .'lido. -:11fomãe, o ma no Joãozinho n ão se portou hoje bem ! ' fo i excll1mando a Bebem ass im q11e da esco la entr'ou. -Enti1o, que fez o maninho qne tanto te fez zano-ar '.J - -Escute, vou lhe co';1tai :... a111eaçando com 11111 g esto o irmão E t arnbem conto ao vôvô ... Mamãe sabe, aquell e ninho que h avia lá, 110 ing·azeiro? ' pois es,;e g-rande bregeiro, o dom -senh or men irmão, arran cou o passarinho e vendeu a um co ll ega .. _ gesto de Joãozinho o filho daqu ella céga que móra a!li no covão. A ma111ã 11u111 tom aprehensivv ; -Bonita cousa J oãozinho! o se nh or fez muito mal se foi assim tal e qual' está dizendo a Bebem !'? Branco, t remendo o ~eicinho, como quem conta um peccacl,,·. , o pequenino assustado, começa a fa la r tnmbem: Eu ti rei o passarinho .. . y eslo lriumphanle de Bebem porque a mãe estava morta í encontrei-a. ali n a horta, domingo pe la manhã; dei-o ao filh o do visinho, que me prometteu tratal-o. __ Se fiz mal . .. irei leval-o de novo ao ninho, mamã. A mãe abraçando-o : Não, meu amor! MPu fü hinl1,, _ :fizeste uma, bôa acção : o teu meigo coração, salvou da morte o bichinho 1 e para Bebem que baixúm os olhos /i1sa: E tu , Bebem, cuid adinho !.. . doutra vez sê mais prndente .. . Não se accusa um in nocente. como fizeste ao maninho l · ( '/)// - L LTI.\,

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