Alma e Coração 1915 ANNO VI Jan-Dez-Fasc. 08 Agosto

Alma e Coração Orgam de propaganda espirita ' ◊◊~h­ Dir e ct ora Elmira Lima :e-,__ -_-_-_-_--------- ANNO v r Belém do Pará. Agosto de 1915 j F ASC. 7 O Dever 111•111111•111111a111~a111111■1l!ll'llllll!lfBIII ~ O d ever é o conjuncto d as prescripções da lei mora ', a regr a pela qual o homem deve concluzfr-se n as relações com seus semelhan– tes e com o universo inteiro, Fig ura nobre e santa. o deve r pai• a acima da humanida de. inspira os gTandes sacrifí cios, os pu ros devotameot(ts, os g ra ndes enthusiasrnos. R i~ sonho para un s, tem ível para outros, infle– xivel semp re, e rg ue-se pe rante nós, apontan– do a escadari a do progresso, cujos degráo::; pe rdem-se em a lturas iuconun ensu raveis. , O dever ão é ide ntico para todos; varrn _- ,. ~gundo a 11ossa cond ição e o nosso ~aber. (Juanto ma is nos e levarmos, tanto mai s aos nossos olhos cl .l e adqu irn g r:rndezn , mages– tade. extensão. Seu culto é sempre ag-rada– Yel ; 0 virtuoso e, a s ubmi ssão ,is suas leis, t; fe rt il em a legrias intimas, ineguala.veis. Por mai s obscura que seja a cond ição do homem, po r n1ais humilde lJ.llf pareça a s ua _ so rte O deve r lh e domina e e1í nobrece a vida, l ' ce a 1·az:'ío fortifica a alma. E ll e n os esc a re , ,, , traz essa calma in te rior, essa serenidade de csp irito. mais prec ir,sos q ne todos os bens ~a terra e que podemos experimentar no propno seio das pro,·a c;ões e dos\ revezes. N ã,o depe nde de n ós des viar os aconteci– mento -, porque O 11 osso é\_estino deve seguir ,-P, us t ransm ites ri g;o rosos, mas ·empre pode– mos. mesmo atrav~:r. tempestades, firmar es. n - d co nsc ie ncia esse contentamento inti- paz e - , _ e O curnprirn ent0 do dever acarreta- mo q u - T odo; os e -p iri tos superiores têm profun– JamentP- · e ni a izado em si o sentimento do l -· e· sem esfo r,.os qne seguem s ua rôta, , eve1, . ~ B por uma tendencia n atural, re,,ultante dos ' OS auc 1 uiridos que se afastam elas progre..:, · • ,-ousas vis e orientam os irnpul os do se u ser b em_ O dever torna-se então uma para o --- --- - --- obrigação ele todos os momentos, a condiçã0 imprescendivel da ex.istencia, um poder ao qual nos sentimos indissolu velmente ligados para a viera. e para a morte, O clever offerece multiplas formas : ha n dever para corn nosco mesmo, que consiste em nos respeitarmos, em n os governarmos com sabedori a, em não querermos. em não rea lizarmos senão o que fôr cli g no, ut il ~ bello; h a o dever profissiou a l, que exi ge o cumpriment.o conscien cioso das ob rig·açães dp, nossos encargos; ha o dever social , que nos co11vicla a nmar os homens, a traba lha r por e ll es, a servir fielmente ao no so paiz e tt humanidade; h a o dever para com Deus .. _ O dever não tem limites. Semp re porlemo · melhorar, e é na immolação de si proprio. qu e a creatura encon tra o mais seguro meio de se e ngTandecer e de se depurar, . . _A pratica constante do dever nos leva ao aperfeiçoamento . Para ap ressai-o, convem que estudemos primeiramente a n ó mesmo. com attenção, suhmetteraros os 11O:iSOS actos a um exame escrupul oso, porque nin g nem pôde rnmed inr o mal sem antes o conltece1'. Podemos estuda r-n os em outros homens. Se a lg um vicio, algum de feito terrive l em outrem nos imp ressiona, procuremos ver com c ui dádo se exi ste em nós g·ermen identico; e, s i o descobrirmos, empenhemo-nos em ar– rancai-o. Conside remos nossa nlma pela s ua reali– dade, isto é, como uma ob ra ad mi ravel. po– rem irn p1:rfeita , e qtw, por isso mesmo, temos o de ver de embe ll eza l-a e ornal-a in ces an– tP.mente. Es::;e sentimento ele nossa imperfei– çi:io n os torna rá mais modestos, afastará, de nós a presumpção e t~ tola va idade. Submett::imos- nos a uma disciplina rigo– rosa. Ass im como ao a rbu ·to dá- se a fú rma e a direcção co nveni entes, assim tambem <le– vemos reg:ul a r a - tendeucias do nosso se r moral. O habito do bem facilita a s ua pra" tica. Se', os primeiros esfo rços é que são pe– n osos; por isso, e a ntes ele tndo, apprenda– rn os a domin a r-no, . As p r.i1neiras impressões s:io fu gitivas e voln veis; a vontade é qne é o fnndo solido da a lma. Saibamos go ,íei·nai· a nossa vontade, assenhorear-nos dessas im– pressões e j amais n os deixemos dominar por e ll as . L EON DENIS

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