Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 07 Julho

exactament e entre ella e a porta do qnarto de banho. Não era seu conhecido, o in t rnso, -que a fitava com r espeito e serenidade. A surpreza da moça era tal que não se attre– via a parguntar o motivo da sua presença. Ficá ra como que atturd.id a: olhando-o, po– rém se apoder on de ll a a ide ia ele que o in– t ru s~ poderia ser, não uma personalidade erdadeira mas um « h abita nte do outro : undo». Continuou fitando-o em silen cio e 0 mysterioso personagem, por sna vez, fi– xava-a, imperturbavelmente. Não poude dizer, a moça, qnanto_te~po durou essa situação, provavelmente nao fo ra · ue curtos minutos ou segundos, por- mais q q ue, d.e repente se dissipou o plw.ntasma. Havia chegado a hora de tomar o banho a ntes d.e deitar-se. Quiz, antes de banhar- se, soltar dois pequenos cães que_se encontra- u "i·to visinho. Ao abnr a porta, os vam no q '" . _ ·t lança ram ladrando f uriosamente caes1 os se ' . - da casa de banho A moça olhou na d1recçao • _ 11 d . ecção ve ndo ent ao, perto da ba- uaq ue a ir , . . . cobra euJ a roordedma causa a uheira, uma , . ·t quasi instautanea. Cerrou com preste- n.101 e . . . d . . . ·t fazendo-o, v1 n 1nti o uz11-se o sa a po1 a, e d . brecha ela parede, por on e reptil numa _ ·ri tubos da a o-ua eq tteporclescu1 o, passam os - . "' . . d . ·ado maior q ue o necessano- hav1am e,x 1. h ··t ent rando no quarto ele ban,10 ,\. sen 011 a · ·d · damen t e. teri a sido victima ela mor- desc u1 " ll , , ~b ,·" · por haver-3e- ie aprese n- dedura na e.:·· ,.. . . . 1 antasnia porém. lhe veIU a ideia tado O P 1 - ' advirtiram ela d.e so lt ar os c.:ãe - e es~es a Ça el o peri o•oso an1ma l. presen = ( Trad. da Constancia ). Sonho p1·emonitor e , ,isão telepnthica con– firmados . O s O snr Paiva Onça, nosso con- E screve-n · f de l ·esidente em Igarapé-assú: ra , , b di·ericia á vossa rec.:ommendação, Em o e . _ . d os Tra cos do ALMA E CoRAOAO , de ubbca a n • ' P . d·o-nos redactores, passo ás vossas que sois i,,, . . f _ 0 uso que vos conv1er a m or- maos pa,ra . _ . t ·o afim de, como é de esperar, ser maçao re l ' . b . d a secção da mesma revista, so re P ublica a n , . . 1 e Testemunho dos J,a ctos. a ep1g1ap 1 Alma e Coração-- I r l llllltllllllllftllllllllllllllll l l llllll l llll l f' Cump re-me accrescentar que essa informa– ção foi feita no a nuo passado e na d.ata con– stante da mesma, tendo deixado de ser en– tregue por um effeito elo acaso e mais ain– da por não ter en obtido resposta de uma carta que a esse respeito vos en viei. Eis 0 facto: •No cU a 8 de agosto findo , fui em serviço militar do meu batalhão (5° ele artilhari a de posição elo exercito ) com parada nesta ca– pital de Belem, á cidade de Macapá, em cuja fortaleza perman ece um dest acamento de quatro praças. Alli chegando indaguei do que havia de– anormal, tendo sido informado pelas referi– das praças de que. militarmente falando, tudo se achava em paz. U ru soldado, porem, dos que alli se achavam, disse-me: que ao ser destacado pa ra alli, deixãra sua esposa n a villa d.e l garapé-assú, ã margem da Estradn. de F erro de Bragança, em companhia de um seu filhinho recem-nascido e ele sua soe:ra· que na noite de 31 de julho para 10- d~ agosto vira, semi- acordado, sua esposa pene– trar no quarto onde se achava elle, com o filhinho nos braços, dizendo- lhe : «Joaquim. toma conta elo nosi;-o fil h inho; tudo que h a de alteração é ter eu ac.:abado de morrer, agor:t mesmo». Acto continuo, o soldado. assomhrando-~e, deu gdtos horrorosos, sendÓ logo despertado, do ~chimeri co pesadelo• no dizer de alg uns, e soccorrid o pelos compa– nheiro.;, por quem g ritava e que a tempo acudiram por se acharem presentes, e aos quaes J oaquim contou todo o oc..:orri– do. immecliatamente. Na manhã seguinte Joaquim resolveu-se a telegraphar para Ig·a– rapé-assú, pedindo noticias da familia. ape– zar de terem procurado afa stal-o dessa «su– perstição ». Poucas horas depois recebia J oaquim um telegramma informando haver, effectivamen– te, fallecido sua esposa naguella noite, ás 11 horas . O soldado em qnestão chamava-se Joaq uim ~everino da Silva, e são i;-eus companh eiros do destacamento os soldados João Baptista L eite, Antonio Pereira da Silva Filho, en– carregado elas officinas de carpintaria doba– talhão e o cabo-artilh eiro J osé Odorico Gar– cia, todos da 1• bateria do referido 5° bata– lhão, ela qual sou 1 ° sargento. E ssas praças, todas catholicas e con seq uen– temente destituídas de crenças espiritas, são un auimes em affirmar o que fi ca expost.o . Quartel do 5° batalhão de artilharia de posição em Belem, 7 de setembro de 1914.– Paiua Onça, 1° sargento.»

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