Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 04 Abril

Alma e Coração____,... + li I WI JI I t t •I 11111'11 h rll l JI 111111111111111•11 li e espiritual, porque vae passar a terra, ! ara avançar mais um gráo na senda do progresso , Pela dor, symbolo sag rado da ptlrifi– cação, cadinho santo on,je se apuram e refinam os espiritos, é que se prepara a remodelação desse planeta. Porem para que se 'opere a 11ova phase evolutiva, é precis~o plano d:vi– no desdobrar-se em roda a amplitude e majestade. O mundo está no ultimo limite da corrupção, do vicio, da vaidade e do or– gulho; para fazer recuar essa onda que sobe cada vez mais impetuosa, Deus subjuga, pelo soffrimento, os espiritoc:; rebeldes, que não recuam e nem se apercebem que e-stão á beira de um abysmo, do q~~I só os pode d:sviar a intervenção d1vma. Nos coraçoes apa– gou-se o fogo sagrado do_ amor e da fraternidade; os puros ensinos de Jesus são esquecidos na sêde ir:saciavel da ambição; os sentimentos do bem. e da caridade estão subver~1~as no od10. na prepotencia e no domm10. Orgulho do mando subrepuja todo os • sentimentos de piedade. Deus tudo ve, e n~ sua inesgotavel bondade, · prepara wandtosos contecimentos, que farao ruir poderes :undados nas lagrimas e na dor. A Europa nada em sangue; as victi– mas se centi:plicam, os orphãos, .as vi: vas a~ maes pedem clemenc1a, e e ur;ci~o que a justiça divina venha em p " 1 ·1 1· 0 dos que soffrem e imploram a au,, . e, i\1 ·sericord1a do eo. 1 onarchas e pre- mi . . . 1 otentes I a JUSt1ça rect? e 1mmutave do P remo Senhor esta alçada sobre ~up l . - d ~ossas cabeçafs a t~neu_-as, que -terao e vergar con:º. rage1s vmus ao so~ro do der ommc1ente, que com um simples P~sto destroe thronos e faz esvair-se as g. dezas, como nuvens que o vento Wªn rsa- E' triste, é desoladoi- o es- d1spe I t , ectaculo do vosso p ane a. P N vens de fumo se desprendem dos :ões mortíferos, que espalham a ca~ e O luto; dos corpos mutiladas des– dol de·n-se· os espíritos, para remonta- ren · · · P , sua verdadeira patna,-o espaco retn a , infinito. Correntes íluiJicas sobem; dos cora.ções em lagrirna::;; preces fervoro– sas se elevam ao seio bemdicw de Deus formando estreita cadeia que os lig; pela dor ao Pae supremo,-eterna fonte de con olação e amor, onde acham abri go os que são polidos nas aceradas garras da desventura. ~Esses gemidos, esses clamores, essas preces formam aós pés de Deus, um grandioso e ma– jestoso concerto, e a dextra divina se eleva misericordiosa sobre essas cabe– ças soffredoras que o i,n ploram, derra– mando sobre ellas o balsamo da conso– lação e da resignação. ~- Raios puros de amor div1110 descem sem ces::;ar á terra, recolhendo pela dor,-a santa redemptora, -milhares de almas ao aprisco divino. Pela dor os espíritos se elevam con– trictos para a mansão celeste. Oh ! Dor! .Oh ! santa purificadora! Oh ! au– gusta e branca redemptora,-Jaco sacro– santo que ligas com cadeias m~iaas os . . b esp1ntos a Deus ! Como és grande, Oh ! deusa immaculada que em teus bracos arrebatas para o Senhor milhares ,de almas desviafas do bem e que envoltas no teu manto redemptor se voltam con– trictas para o Pae-Supremo. Dor Dor santa augusta e grande, fonte de lu z e amor eu tê saúdo como a salvadora da humanidade desviada da felici fade eterna. Envolve em teu alvo sudario as almas transviadas para restituil-as pu– rificadas e immaculadas ao seio de Deus ! Dor, symbolo sagrado que en– trelaças os espíritos a Deus, vela pelos seus filhos, envolve-os em teus braços protectores e ensina-lhes o caminho do Céo. EDUARDO DE SIQUEIRA (Mediitin Maria Borges Pert ira).

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