Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 03 Março

Alm:1 e Coraç;"ío-3· n11111111 1u 1111u111u11111111111 11,, 11 ,., 11 , 1 ras da noite, l1ouve a primeira reunr ao · dn Escqla de i\'Ied iums, sob a direcção do confrade A rchimimo Lima. Di scorreu nessa primeira reuni ão, o pres idente, du– rnnte 50 minutos. sobre ;i fo rça do ~,en– samento, ex pl icando o porque das frau– des nos tra bplhos med iumnicos e P meio mais pra tico de ev itai-as . ela g uarda estende as mãos sol ici tas parn erg uei- a de novo ; mas . . . ai ! sempre acon– tece que na quéda fata l a alma enche 011 olhos de treva, e céga, perdendo o rnmo da s bcmd ictas mãos g·ufacloras, t ropeça a cada passo. cada vez mais a descer . . . a descer . .. 1~m ~ia, po1:em, se opera o m il ag re : Uma proJecçao lllrumosa, de in ten so poder irradi– ador, fére de chôfre a alma cahid:t-nos seus olhos bate em cheio a luz salvado ra . . e a alma deslumbrada e surpreza, vê no alto, suspensas sobre a sua cabeça in g ra,t.a,, as mes1rn,s niveas mãos piedosas qne em– balcle a proc uraram suster na primeira queda. Ern seguida os me.i iuns escreventes que já _eram desen volddos receberc1 111 as manifestações do Al em, correndo tndos os tra balhos com ex ito animador, Esçe– ramos que brev emen ;e serão aber tos os postos mediumn icos curadores e receitis– tas da U nião E spirita, que, certamente, muito conforto prodiga lizarão aos ne– cessitados r ue irão encontrar nEssa casa o benevo lo 'e car inhoso aco lhi mento dos que se encarregarn m de<;sa tarefa. E tudo isso é fei to de g raça , em nome d 'Aquell e que no topo do Ca lvaria abri– ra os braços na cruz do seu marty rio para es trei tar num amplex o fratern o a humanidade in teira, tendo por un ica re– compensa a fel icidade de da r um exem– ,pl o de amor aos seus irmãos da terra. O a1111ependi~ento !:~:i;:~)~::,:~:·;:~:--:~··1aii·•·i;·■ .. 1 ■ i ., .i.'.! :!.?.i!.'!.'.~!.'L!.!~.!.~!.'!:•~ !!:~:: Os arrependidos são os q11e se sa lvam . · t\. Jo-uem hn, que não sabendo interpretar o o-r; nde ensin o co ntido nash Pª !favras t_que ;er vem de legenda a e~ 1 t 1 as . um1 ~s . 1tras, cheo·a a incre pal- as- de 1 og1cas ou IDJUS as, . "' t · eis com a sábia bondade de Deus. m comp a? ivE t- 0 nr,L 1 elles cuja consciencia Como , n a ' = i . - _ · . oba de o-randes cn mE>s. serao os n ao exJ?r 1 dos do que os crim inosos, men os aq um :ºª orsos qu e se não atrevem a t remul as d e i em . ' Ceu ? E se revn l– levan tar os o L~o~i~ 1 p·: 1~v~l p·arábola do F i– tam con t ra a m , lho P rodigo. , , l e comp rehender a ineffa– A l1i, é q ue S t) ~<:.~ão p aterno, aquelle que v e l doç ura do P á,i· err ou p or terras extran– aba,ndonand~ 0 1 ' endo as migalhas da ge- . ~ n n lfrn com d , . den geir&~. •• 1·1 ' ·a enfraq ueci o e nu, se - n e ros1dade a 161 ' t o e esfomeado: 1 ão os que se salvam . . . CJ . ·ependu os s , ' s a, 1 1 doras verdaües . Sa ntas e conso ª a e cáe o se u Anjo :,_' ndo a a iinn t ropeç , t,! U Ü e. E vê, e recobra animo. Num imp ulso rá– pido? levauta-se: experimenta as forças; e cammh a ... Tudo lhe parece novo, sorridente, bafeja– do de esperança. Um aleuto divino a in– sufla para. diante, um sopro divino a sus– r ende da terra, um divin o clnrii.o resp lanrle– ca 110 alto .. E ' o aI'l'ependimento que chE>ga. P ierl ad e ! E sta a lma conva lesce . . . este, e enferma · curae-a ! implora u anjo da g uarda. E Deus, compassivamen to, con templa a mi– sera peccndora- enfraqu ecida, n úa, sedenta esfomeada ; o immenso coraçii.o paterno s~ commove, e abrindo os bra ços, num gesto infindo de clemencias, abençôa a pobre nr– arrependida. Qnem poderá des_crever a alegri a an ta desta alma, qne se Ju lgava perdida,, e avista, ao longe, numa prome sa do,.e e confortn– dora, a visii.o bra n~a do lar ? P edi, ao enfermo da cegL1eira, qu e vo. descreva o des lumbramento que se ntiu ao primeiro beijo de luz que lhe afagou as pu– p il as; pergun tae do .prisioneiro, qual a sen– sação que lhe abalou a alma, na hora em que recobrou a liberdade ; i ndagae do con– démnaclo, se ell e- póde d izer o entonteci– mento que lhe arrebatou a razão, no instan– te supremo em que o indu lto perdoador, 0 restit uiu á vida : !:l ,e p uderdes esteriotypar em palavrns as v ibrações intensas, sentidas por esses sêres ébrios ele felicidade, podereis avaliar, talvez, a emoção da alma arrepen– d ida. O 11:0s0 el a luz, a ce rteza da li berdade o dom da v ida, é tudo isto j untp que ~li a rer:obra. · As forças U1 e d uplicam ; a fé a robustece a e;; peran ça a su ·tenta, e a alm a começa ~ t a refa do resgate. Arrependeu-se : é o primeiro passo. Ao·ora a expiação da falta. "' Não é Deus quem castiga.. A dor é a conseq uencia iuevitavel da queda. Mas,. quando o arrependimento é intE>nso, o deseJo de resgatar vehementP, clesa ppare– ce a dor. O snffrimento se transforma Pm fo nte de g nzos. De exquesito sabor delicio-

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