Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 02 Fevereiro

Alma e Coração-6 1111I UU 1l ll i lHl1 1l l l l ll l l l 1l 1111111111111l í 1I Que nin guem veja ne~t as p alavras um gcs intolerante contr a a l g reJa. A exemplo de L eon D enis, «s6 _queremos •alar do catholi cismo com moderaçao• . Essa reli gião, escreve o eminente espirit ua– lista, n ão o esqueçamos, foi a de i10ssos paes; embalou innnmeraveis gerações. Mas como logo no periodo segufote elle in esm~ observa., • a modeTação n ão exclue o exame• . (Depois da M.orle, pag. 87, 3.' edi– ção, pela F ederaçã,o _E_ pir_ita Brazileira). E por isso, sem m.1ust1ça nem exn ggero, accusamos a I greja n ão sómente de ter adul– t e1,ado inteiramente o pensamento de J e5us, - que pregou a conversão dos homens JJelo amor e pela instrucção, como tnmbem de t ran splantar para o seio ingeuno e n.mora– vel do ch.ristianismo o ce1imon ial pagão. En tre os dogmas, av ulta a missa, como um dos mais en raizados n a alma popular . Affirmam os padres que J esus Christo fo i o instituidor de tal dogma. Em verdade nada ruais falso. No Mestre era peculi ar a Hnguagem figu– r ada, pois que n eUa consistia o rnu p roprio methodo, ao lançar no es pi rito das mul tidões os ensinamentos evangelicos. E assim fo i que, ·n a ceia paschoal, toman– do e pão, disse : Tomae e com ei; este é o m eu corpo, que se dá por vós; fa zei isto cm m em oria de mim. E apresentando -lhes · o calice de vi n110. continúa: B ebei lodos d elle, porque es te é o m eu sa_ng 11e do No vo Testamento, que será derramado por muitos para r emissão de peccados. (Math. XXVI, 26- 29, Luc. XII, 17-18; 1.ª Cor. II, 23-2ü). L inguao·em e,;sa t ão fi gurada quanto esta: Em vei:d~de, em verdade vos digo : se não com erdes a carn e do F ilho do Hom em e beberdes o se11 sangue, não tereis vida em vós. (J oão, VI, 54.} E como essas, muit as ou– t ras passagen s. E para torn ar inequ ivoca a exp r~ · ão em– blematica, acantell ando o se u pensamento contra 11, má f6 e a ignoranei,L, dedarava : as palavras que eu vos disse são E spirita e Vicia . (J oão, VI , 6'1) . - E is po rque t ambem o apostolo affirmou : não v os apegu eis a /e/Ira que m ata. Or a, em todas as pa lav 1·a.s ele Jesus nrto se encontra a inst ituição da m issa. E ' uma cerimonia de pura concepção hn· ruana. Não traz o cunho do pen,am~nto d i– v ino. E' contrnria a simp li cidade christií. 8em intu ito algum ele menospreso ou des– respeito, afü rrnamos que a missa tem mais o ca.racter ç.nma ceri moni a profana que sa– g rada. E este caracter cada ve,: ma is e ac– centúa ,í mediu.a que a irreli gião invade as almas . E n ão h a quem ignore qne a ;rreli g ião é nm dos fru ctos do ratholicismo. Mas, é tempo de voltarmos ao facto que n os determinou escr eYe r est as ti ras : a ma– n ife to.ção de esp íri tos solicit ando mi sas. E ' caso per feitamente explicavel. Sabemo que pelo tra passe de te para o m undo inv isive!, o e pirita nem sempre adqufre o conh eci– mento elo seu e tad c,, n em tampouco aban– dona as ideias qne p rofe n.va aqu i. I sso depend e do progres -o de que é dota– do, o qual, dado o mundo at rn.sadissimo que h ab itamo , n ão deve ser m uito grande, com raras excepçõe . · Cumpre;nos, :i nó~, e p iri t as, esclare el-o, – reco rcla rid o-lhe que J esu n os rccommencla o recolhimento, no I rop rio apo ento, para _o neto da prece, ob~er vanclo-nos mais que nu.o devemol!I fazer como os publi canos que ap i– nhoam o temp lo R epetimos : a mi sií,o el o espi ri tismo visa a transfo rmação moral el o · i ndividuo e a renovação rel ig iosa el o globo. Ora, e tn ul tima terá como ep ilogo a morte das reli g iões em p1·0 \' eito da Relig ião. E us r eli g iões se compõ(m exactume11te desse amontoad o ele dogma que al afam o ideal d ivino. E' 1 h.rase con ente, e.:;tafadis iina, de uso di a rio: as relig iões passnrn,m. T i\·eram a na epoch;\ . ~~o ,·am extrn ordinuriamente uteis :í. hu man idade, quando men o cu lt a e mais i ndeci ·n. dos seus destino s ui;er iorcs; p res ~a– Tam incalculaveis ;;erviços; rnas pas~ n.rnn t. A lat ituu.e men tal contemporanen , requer ontrn consa, al go de ma is profuu do, emLúrn 1n ais i:; in ge\lo, d meno eny gmati co e mais cou– fortador. A R eli g ião cl ispcn a jn o con curso elas s uo-gestões. A alma póde. fi11 alrn e11 te, cam i– nln1r p or si, em bnsca el e D eus, sem a exci– tação de upp,tratos e cerin, onias que hoj,~ cond izem mai s com os templ os ue Arte. l ' nrn. n.cred itn,r em Deus, na immortal icl ade da a! 1n ;t n ão lm n>ni::; que lança r mão de taes a rt ifi – ei os. Outr· orn, j nst ifi.t· .t-se. H oje, 11 10 . Tudo qtmnto parta Ll e noa;::;o int i1uo para Deüs, devo se r h nmil de e sin~pl es. l:'.elo n os ·os «mortos» qu erillos, em ugra– de_c1mento por uma g raça recebida , em s up~ plica, quan do as provas nos nssalta rcm, ore– mo~; elevemo;; o pensamento uu B om Deus, mas fu çamol-1 em casa, na paz do lar. ele a~cco rclo _com as recommen clações el o Excelso Evan ge\i sa cl or. Qnanto maior e rnui s intenso o recol hi mento, m : .1.is força te rd. o n os ·o pen- amento. Não Úansij,\mo . A t rn nsio·enci~ elos (] ne j ú. e acl1 am conven cidos <l as"' verJ.ucle., e ns i– n adas pela .r ova F é, d ifl ieulla ;·ia tL ac,·,'\,o re novauora que, em nome de D ·•n$ Elia \' Cm. effect_L~ar n e::;te des venturado I la netu. N ão tra nSJJamos.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0