Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 02 Fevereiro

Alma e Coração- 5 li 1 ) ,.1 O 1 1 1 li f 1 1 1, 1 o I Ih 1• lhf t, : 1 J, espírito numa especie de vertigem ante a perspecti va que se nos apresenta, as sinuosidades percorridJs. para dominar o impeto do O1•gulho que desabrocha e cresce no espírito obceca, do ao influxo das th eorias erroneas, o home'.11 t~rren~, qual criança i;igenua, .se deixa attrah1r pela harmonia sonora das phrases ~uriladas que, a semelhan– ça d~ meteoros, pontilham as paginas assettnadas das volumosas obras, em que fa lsos :Jpostolos negam a existencia de Deus. E se, no exame superficial que fize– mos dos costumes e crenças das gera– ções quE) passaram, os co111pararrn0s aos dos nossos dias, chegaremos á conclu– são de que um véo exterior ainda oc– culta a ideia e a fórma brilhantes dos grandes rn ys teri0s re velados. E eis porque, a cada passo, o homel'n vê diante de si um obstaculo a vence_r, uma difAculdade a remediar, e sem co– nhecer o v,1ior da cal ma ,· o effeito da paciencia, offendido no seu a•11or pr~– prio, attribulado, sem crença, sem f~, perde a esperança, e de tropeço em tro– peço cahe no abys ,no. insond~vel, levan– do comsigo um corte.1O de dores e sof– frimentos,-conse~ uencia logico do seu tttrazo moral, pela falta de cornprehen– são d: s leis sabias e divinas, que regu– lam as cond ;ções das vidas dos séres, nos mundos inferiores. E a~si m, o homem vem atnn:ez das i dades , semrre a nortear os passos para o caminho do mnravil hoso, e en thusias – mado rela pbantasia plnstica do mundo v isi vel, não· r erscrnta a sua consciencia interrnpa ndo a causa cios incompara\·eis ~i henomeno,; que a natureza offerece ao est udo do inves tigador intelligente. . E' que o l.ornem, ,squec ido dn sua orige1 11, sem a minirna preoc..:upacão com o ~· eu destin o, foscina Jo pe la opu– lencia do meio, i7ão pensa , não reíl ec t~ n a sua v id9,esp irltual e sem fim, e clba~, 0 seu . decli nar celere parn o so rn no crrm~, 0 da du,·ida, o florescer perenne dns suas illusões a nrr:1sta rern-ro Pª,':3 1 ::te ., , do scept icisrno, chnga rn nl Jr- o :111lc,« . . . O bisturi mate rralr sta nhnu nos 1a que · . . . . 1 , - 5 1·, 1 sens1\·ers ao bem, ~U l l ,OS a cor..i ço.; · . . . d qLie as n,·es ce les tes, em dr.ce ,er da ,e . .. t 1 . , . b . li<) ,·eem r11t u1t1va111 een e raz ,- bor 0 1111 , nos. · · ern si S, sem ener_·g~::is para ext1 115 u1r . - d P ., rxoes que o clese1O dos go foo·o as O • • • 0 r, t ·a . •e rn a necessn, ra ca l:11a sos Jlle ;.. e,,' :, lVIas, emquanto no ambiente volteiarn Ós fracos sons dos cantices scepticos, dos hynrnos materialistas, que por fim se perdem na COílfusão rasteira de pe– sada atrnosphera, a oração do simples a prece do humilde, forrnando urn taco invisi vel, fundido pela attracçã ) do pe;1- samento, eleva-se ás regiões luminosas da immcnsidade, até o Sêr D ivi no que a todos ernbalscuna corn o ~erfume sua– vissimo cio seu amor inf1nito. G IL BERTO ' ]t,!NJOR. Missas Niio mm nas SPs ,,cs esp iritus se- np l'eseu– tam desFm curnados so li citando mis as. para. s,Ju dcscanço e confol'to. O facto, :1 primf' irn vista rason,vel, n iio te rá n em pôde ter o apoio el e es piriti mo. E', comtnclo, fn,c ilmc11te expli– cave l, e isso n ão o ig nora todo aquell e que t ível' o mais ruclimentnl' conl1 ecimento elos prin cípios n éo-e pi.ri tual istas que , 1 isam, . o– breLuc1o, a rrn ncn,r ú l'e li g iões o opparnto ex– tf' rior ele que e reve tem, tão co ntrario no e ·p irito v : , 1lacleirnmÊ'nte cre nte. O p ,·oprio apcl'feiçoamento moral. , que é o fim s upremo do E~p iritisrno, nos le vnl'::í. a r<>p udin r, por antiquacl::u; e j::t clf' 11·PcP1,Sa l'i as, u11tPs 11 ociva3, tocla,1 essas ce rimon ins de que ai nu.a se procura ce rea l' o neto e le rn,clo. santo por excel lenc ia, na v id a do h omem , q Í1 e é a adoração t, Deus, coll oq nio e ntre o Cl'eaclo r e a Cl'ea,tura, po r iuLerrn e1lio ela PrecP. Com ju t i<;>a nccu ·a-rn a I g-reja.. de tP r im– plantado n o eio elo cl1ri~tiun ismo tão pPri– g-osC'S e nxertos, ']llns i todos crnprr stacl is ao pag-nni. mo, fe ri do do morto pe la rspada im– peri al ck Co nstantin o.

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