Alma e Coração 1915 ANNO VI-Jan-Dez-Fasc. 02 Fevereiro

Os cummos D.l. VIDA : No prineipio do mundo, havia um reino encantado, onde morava , uma fada muito sábia, encarregada de distribuir a sorte das creatu ras. Chamava-se ·Destino. Certa vez, um grupo de creanças brincava nas alam 0 das de um g rande parque, proximo da floresta, quando um dos meninos, fatiga– do das correr;as, propôz aos companhei ros : Sentemo-nos, e cada um dirá o que pediria a uma fada, se ella lhe apparecesse. Acceita a idéa. com enthusiasmo, ce.da qual foi en– nuciando os seus desejos. Nisto. uma clar dade argentea se fez no meio do bosque e aos olhos maravi lhados do;; circumstantes, s urge' um vulto de extranha e sobrenatural helleza. O susto emmudeceu-os e a visão fa. 1ou : E u sou a Fada Destino; vou fazer, se– g undo as vossas palavras, que sej am satis– feitos os vossos desej os. E dirig indo-se a cada um, por sua vez, p rophetisou : Tu, soberbo e auctoritario, que almejas ser g rande, para dominar o mundo, verás, cowo d isseste, ao teu olhar despotico curvarem- se acobardados os homens; serás temido, como q ueres, mas serás, tamberu, detestado. Tu, p retencioso e egoista, que desejas bri– lhar pelo valor do teu ouro, serás rico e vi– verás enfastiado; o dinheiro não te propor– cionará a felicidade que pensas; os que te cercarem de lisongeiros encomios, rirão da ua toleima, fug indo de ti, assim que a tua bo levsse asasie. ·Tracos ... Alma e Coração~ 11 .............. ,. ......................... , ..... Tu , ambicioso da gloria ensanguentada dos combates, verás teu peito coberto de me– dalhas, mas ouvirás o t eu nome amaldiçoa– do pela bocca dos orphãos e pelo coração viuvo das esposas e das mães. Tu, que aspiras as culminancias da sicen– cia, galgarás os cimos da Fama, mas serás, p elos porvindouros, execrado, porque a tu!\,. obra foi urna obra :sacrílega de destruição á F é e á crença em Deus. E tu, o mais humilde de todos, tu qlle sõnhas te tornar um homem para ser uti aos teus semelhantes, serás um bom. Não terás o preJominio do potentado, nem a ri– queza do milliona,rio, nem a gloria do g uer– reiro, nem a fama do sabio; passarás quas_ desperoebido na historia da Terra, mas de tua intelligencia se derramarão rios de luz para o bando anonyrno dos que têm fome do pão intellectual; de tuas mãos bernfaze– jas se entornarão catadupas de b~ueficios e por onde passares se levantará, um murmu– rio de bençams. E beijando-o na fronte illu– minada : Sê bom; escolheste o melhor cami– nho da Vida. E desa.pp areceu. Martha calou-se. Acabara-se a historia e os pequenos, satisfeitos, sahiram promellendo, comsigo mesmo, seguir lambem o melhor caminho-o da Bondade. LUCIA. gesto nobre que altrahiu para a Asso– ciação espirita as sympathias dos po– deres publicos daquella terra, tendo a imprense se _pronunciado abertamente elogiosa á acção dos espiritas. Obra meritoria está fazendo a Fede– - Espirita do Paraná, tomando a raçao go a P roteccão das creanças po- seu car • e ficam sem amparo, pelo des– bres qu Parabens aos nossos irmãos. Deus os encoraje e fortaleça. apparecimento dos paes, mortos nas es- ças entre as tropas Jegaes e os cararnu . . . 0 interior do Estado. Foi um JagUI JÇOS, n ~ A •União» terá ~m muito breve tempo e. sua esco_la _d e mediun_s, Creação utiJissima, neces$aJ'Ja, 1mprescend1vel mesmo certamente essa instituição serà recebida ~om agrado

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