Alma e Coração 1914 ANNO V-Jan-Dez-Fasc. 08 Agosto

Alma e Coração-11 •• • i11,.u111111111111111111111rn1111n1u1111111111111n1111n11111 Eseola Espitrita lVJont'llverne AOS P EQUENINOS S ala de escola. Vão co111,eçar as aulas . E ntra uma senhora acompa– nhada de um rapazinho. Todos se levantam . meus pedidos n ada con segu ir. n a inda; pode ser que na s ua convi venc I de to – dos os dias, elle aprenda a se lomina r, a cumorir o seu dever fil ial. - Esta casa, senhora , é a te ,rfa dos filhos prod igos . Qua lquer de n{ -;, a lum• no ou professor, é um agracid !o pela m i5ericord ia celeste. Ü PROFESSOR -Bôa noite , m inha stnh ora , entrar. pode -Bôa no ite, professo r, bêa noite me - ni nos. qu ei ra m senta r-se . -Em que posso serv il-a ? . - -D esejava ma tricular meu filhc, . . . não s-'!i se a inda será ad mittido . .. Es– tamos ern Agos to . . . -Rec! lmente, minh a ~e nh ora, de a c– co rJ o coll1 o nosso programmA, a ma– tric ula está en cerrada desde Ma rço; fa – remos, no en tan to, como de outras ve- zes , uma excepção . .' . ' cheia -Oh, senhor, obrigada . Vi m de confia nç,t bater a esta p~rta . Urn g ra nde ben e ficio espero. de S I · -Disponha desta ca:ª · . . . - . ..\ o rn eu filho, serao mais ap ro ve1- ta ve is os cons elh os e os exem plos dos professo r~s do que propriamen te as a ulas desta esco la . . . , H -Po r bon,iaj e ... minha sen_~rn a ; u- mildemente, animados pelo te e pe~a \' n ntade, nos es fo rçam0.3 por ser u te1s . ·emelhantes . A ff rmo-l he, a0s nosso-, s . - -~ ou e a ss1111 pro-:edenjo, !"011105 porem, -1 nó s os ben e ficiados . . . t m 1 .., 2 :-. 0 De\·e h 1ve1 uma - S1n1. ee « 0 • • 1 (T rnnd e fclic i,faJe na ,tlma clos bons ·. .-, ' ·ande pnz na consc,en- - Ha urna g, ' d r . 'I que cumpre o seu eve r . era daque, e 5 ave bem e3/ar Enimndec, rani. u , .7 0 ambien!e. Os alttmnos se e pat t . i 1i . I . as carteiras. con/1 Jtbtaram, cu-rvac u:. n . ·d t a escr ipta interrompi .t. atten os, A V I SITANTE . _ 0 q ue dese jo, 0 que espero de s 1, . , encaminhamento de meu r rnféSSOI, e o , 1 . O no111e desta casa voa onge . . . filho. - ucas pesso::is te ih o ouv1Jo Por nao po - . . . t . nsfo rmacoes moraes que se · ta,· ;:i::, 1 n · · c 1 < -·v io Venho an 1111a- opernm nes te con\. 1 . . . . , ' .. esperança. Este mernno e d·i po r e:,sa Ih ' - terrí vel: meus conse os, de um gen10 0 u~r· o ra qua ndo a inconseq u,:nc ia da ju ve ntude nos fazia dispersa r o tempo, ·no ites a fi o, em compan hias b•ihemias, in sanamen te, corrompendo a aude do corpo e a s a ude da alma, am, 1toamos di vidas que hoje procuramos resgata r. -Ah, se to :l os que erra ra111 pensa– s em ass im! -Em cada alumno que nos ap pare – ce , ou s ej a uma des tas creancinhas de s embla nte ri sonho, ig nora nte5 do mu;id o, ou s eja um des tes ad ultos, ex pe ri men– tados pelos soffr imentos da vida, vemos um irmão, a quem de vemos annr, apon– ta ndo como exemplo doloroso as nossas lev iandades passadas . para que nãu ve– nham a ca hir nas rn ec,;mas fa ltas das q uaes nos penitenciamos pelo trabalho e pela re forma do sê r. O menino escutava interessado essa linguagem nova para el/e, sentindo– se attrahido por uma viva sympa– thia ao prof essor . - Bem, pro fessor, não quero mais roubar- lhe os momentos preciosos. Pe– n ho rada, lh e agradeço o ter matri cul ado meu fil ho. E por todo o esfor.,;o que vae despen jer em s eu bene fi cio, receba o a n tecipado reconhec imento du::-i co ração ma tern o. - Nada tem que nos ;igradecer. Dos esfo rços des pend idos nes tas duas horas de a ul a, somos fartam entes compensa– dos pela certeza intima de que bem em– pregamos o nosso tempo, de que bem cumprimos o nosso dt ver. . . Depois de acompanhar a visitante até a porta da rua, o prof essor, vol– ton feliz, para as lides escolares . Nessa noite s11a prece mais ardente, envolveu, nit1na consoladora pro- 1nessa aquella desolada alma de mãe. L UCIA

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