Alma e Coração 1914 - Anno V (Jan-Dez) - Fasc. 07 Julho
do para urn trem fo interiOI', mas á ul – tima hora, sem q ue houvesse motivo, resol\·eu pedi r prorogação da licença, sendo ~ or isso subs titu ído na d ita v ia– ge,n po r ou tro g r:1xe iro, Dun:al N icac iu ::;eu amigo e co rn pa nh eiro. Pela mad:u · ,L(aLia , após o dia da ,·iage111, i\ lanoe l Fr,inco aco rJ ou sob resa lt:1-lo ,·endo N i– c2cio que lhe sacu,ii a os hombros e pu– xava fo rtemente as orelh as exclamando : est ás do rmindo muito descansado, hein Ãl anoel? f~ de;;appa ,·eceu o fanta s ma. Dura nte o d ia Ma noe l Franco conti – nou a sentir as orel has arde ndo fort e– inente , corno que a lh e garantirem nã.:> te r si'1o victi rn a el e uma ill usão, e na lllanhã seguinte soube que num desas– ti;e occorrido na Se rra do Ma r, Durrn l i';icacio havin morrido carboni zado · · · em seu loga r. " Coi as do acaso dirão mu itos . ' (Do « Co rreio da ?v1anh ã~ ~ E5pirritismo nos Gonventos l =-·····•····~ <? <Impa rcial» peri odico rn e.xicaho da nia,or se, iedade, refere o seguinte fac to, ~ccor ri do na cap ita l, no colleg io da: Da - nas do Sarrrado coracão de J esus· . O º ' ll eg10 « fac to passou-se em certo co catholico. A ' hora do recre io das ectu~an– da , a zelado ra lembrou- se durn lidv r.o que Ih ·t ··o e e1- e esquece ra no dor111 1011 Xanfo as menin as entretidas nos seus brinquedos subia ao anda r onde era_. o do rmito rio -' mas qu ando Alli chegou, "iu, e ·c1 ' ' . b · a qua ª 1 a no chão urna frei ra, so I e se desbrucou ass us tada , jul ganrl o-a selll sentidos · ' · Ih a zela- -lrmans inha- pe rguntou- e ? do ra-que tem? Está mui to doente . A a zelado1a freira não respondeu e tentou levanta i- a 111as et11 vão . e AI <' , ·s e consegu gumas perguntas met i 0 11, os que a doente abra os olhos-uns . - 't · d f1·11i,•el-que se • zues de exr ressão 111 e Alma e Co ração- -9 111111 11111111111111111111111111111111111111 ,,, r fita ram com insis tencia nos el a zeladora . Quer, irrn ansinha, que lhe vá bu sca r a lgum remerlio ?-tornou a pergun tar a zelado ra. -O que lhe peço, irmã---;- respondeu a doente-o que nece sito agora é rias s uas orações. Rogue a Deus por mim. b a freira voltou a fechar os se us gra ndes olhos azues e continuou immo– vel co rn o um cadaver. E' preciso notar que a zelado ra não– A conh ecia, nem se reco rdava de ter en– trado no coll egio a nova irniã, que es– ta rn ó e desmaiada a se us pés . Desceu as escadas, de co rrida, e di ri~ gi u-se á madre superi or, a qu em contou o s ucceclido e, com outras freiras, subi– ram ao mesmo andar, segui das pela ze– lad ora, e quando lá chegaram já a do– ente tin ha J esa pparecido. -Foi uma allucinação que teve, irmã - disse a supe riora . - E' con veniente que j ej ue menos . O excesso da absti– nencia p:·oduz trans tornos cerebraes. A ze ladora não voltava a s i do as– sombro e a firmava não ter s ido victirna de qualquer allucin ação. i\lostra ram-lh e então um album que· tinh a o retra to de todas as irmãs que· pertenciam á. ins tituiç~o, para que di s– sesse qual vi ra des1n aiada. A zeladora indicou entre todos o retrato da madre s uperi or geral d~ in stitui~ã?, que ján:ais– es ti vera no Mex1co e res1d1a na Belg1ca. o leitor ajuiza rá dos commentarios deste fa cto : pela nossa parte e para ter– minar a noticia, diremos' que na tarde desse mesmo dia fe recebeu no coll e– gio um cabogramma d'l Belg ic~, em que se noti ciava a morte da refenda madre superi or occorrida _na ~n anhã desse mes- 111 0 dia . A pobre irma zeladora recebeu tal abalo com semelhante noticia, que perdeu a fa la ». Is to é em resumo o que relata o «Im- parcial», numa das ediçõ~s de novem– bro proximo passado, CUJ O relato com <Yosto aqui deixamos consiguado como ~n, dos tantos casos curiosos de appa– ríções de pessoas á hora de sua morte, tantas vezes em pontos afastados da sua res idencia. Extraido
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