Alma e Coração 1914 - Anno V (Jan-Dez) - Fasc. 06

Para a alma boa de Terencio Por/o. Quem não sentiu cahir sobre o cora– ção o balsamo santo da paz, quando a alma se eleva, num surto de fé, a im– plorar a graça dum conforto, a miseri- cordia dum perdão? A prece improvisada, a supplica ar– dente do sêr que se reconhece fraco e requ eni no, a ttrahe do céu as santas cornplacencias a apaziguar-lhe as ma– g 11:1s e lhe: a,fo rrn cntar as dores. O' ,·ús infelizes, que nunca ornstes, vú;.;, cujo pensame;nto rastejante nos ambientes da terra, nunca rumou vôo p:1ra rcg iõe,; mais altas, como so is in– scn;.;atos ! e a felicid ade ainda vos , 1 companha, cuidado! Não a mereceis... E · q'uando o di a da amargura vier, oh! corno sereis desgraçados! Vossa alma vagueará incerta, em busca duma pou– sada, tacteante e céga, como a avezi– nha descuidosa que o temporal lançou fór.'.:. do ninho. Aprendei a orar. Habituae o vosso espí rito a esses remi g ios celestes em que as nns dn pensamento se espraiam nos oceanos azu lados do ether, numa espiral de ondulações luminosas e puras! Não neccss itaes entrar neste ou na– quelle templo, pertencer a nenhum crédo religioso-Toda a creatura que sabe possuir uma alma consciente, todo aquel– lc que acreditar na ex istencia de uma Vontade Creadora Eterna, póde e deve orar, em toda parte, a todas as horas ; basta que o pensamento se eleve-«seja qua l for a posição do corpo, a alma es- tará de joelhos~. Se uma ventura, ephemera como são as a leg ria s .da terrn, descer 5obre vós a Cél t icia furti\'a de um sorfr:n, or1c ; qu:-in- elo a rlll\·ida vos erwolver no crepusculo agoni aco da5 de ·esperanças, orae; e q ·1an<io ,·ier a dor, o di,·ino la pida ri,) do sê r di vi no-a alma. orae; orae com fervor. A dor não recu::.rá; efü, continua o deraste do diamante grosseiro; mas a prece, attrahindo a acção benefica dos ertlu,·ios do Alto, derrama sobre a alma que ora, a fre cura dum balsamo que apazigúa as maguas , que adormenta as dores. Eu1rnA LDJA. U m úh.ulo p:w a a Ph:wm::u.:ia ela l' niflo Sera um facto ! Pelos peqt.eninos A deliberação unanime da numerosa assembléa que, a meu c11nvite, se reunio no sçilão da Federação Espirita Brazi– leira, para esse fün graciosamente ce– dido, de apoiar-me e auxiliar-me na consecução do plano traçado por Nina ' para o amparo das creancinhas pobres e orphãos, commoveu-me profundamente. Mais uma vez me oonvenci de que ' ' , não é em vão que se appella para as almas nobres e caridosas. Unanimes foram as vozes que se er– gµeram para approvar o plano da obra, unanime foi o compromisso de á mes– ma prestarem todo o apoio e amparo· Comprehenderam os caros companhei– ros alli presentes que nada tão di gno de amparo como uma creancinha orphã pobre sementinha tão fraca, lançada na estrada da vida, será esmagada peh vic:o, se mito ami ga o n:io recolh er e

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