Alma e Coração 1914 - Anno V (Jan-Dez) - Fasc. 05 - Maio
A lma e Cora ç ã o 9 O testemunho dos factos /4?õ <) *** A casa mal assombrada da Rua da Veronica ~das, t i ros e espadeiradas Porém, con:10 j~ sabia do que se tratava não tinha mêdo. Uma noite, Já aborrecido de t.wto incom d perguntou em _voz alta aos espiritos o que qu:fa;'. . -!"-º cootrano do que suppunha, essa pes ôa ouviu d1strnctament: uma voz dizer-lhe : , Arranfa-me tres chaves eguazs, 11.11Ia e11z f erro, outra enz cobre e Ha tempos, quando abrimos um ioquHit'J sobre outra em c!mmõo •. casas mal assombradas, entre outras informações que S~riamente aterro_ri_ ado desta vez, cm lugar de rec~bemos, foi-nos commuoicado que 011. R. da Ve- arran1ar . n que o espmto lhe pedia, o individuo 00 ronica, 108, havia um rez-do-chão onde appareciam dia segurnte .. . mudou-se! os ~spiritos, pondo fóra os Jocatarios e produzindo . Em tempo~ esteve nesta casa um batalhão volun- vanos pheoomenos. ~ n o. Uma 001te, os tambores começam a rufar em Mais nos disse O obsequioso informador que o mnguem lhes tocar e um d?s assisteutes apanhou senhorio estava disposto a ceder a casa de graça por uma bofetada que todos ouviram, mas que nenhum seis mezes. dos presen tes lh'a deu. Os muitos affazeres que temos nos impossibilita- E~pavoridos, fugiram todos para a rua. ram de irmos fa lar ao sen horio e fazer as devidas Ulti?inmeu~e, foi para lá outra. familia, porém, pesquizas. uma nolle ouvi ram grande barulho dentro de casa H a dias, porém grande quantidade de consocios, debaixo das camas, etc. ' ' re 'd ' · F . t d SI entes na Graça vieram-nos contar cmsas pban- •ug1rnm o os para a rua, pois sabiam muito tasticas. ' bem o que significava aquelle barulho e trataram Jogo Alguns dias depois • O Seculo• referiu-se ao caso de tra_zer egunlmentc para a ma, a pnuca mobilia que e 111 tom ironico como sempre e o facto correu Li · posSt11 3 m. bõa intei ra, e ~omeo tos bou:e, que O assumpto de O caso fez alarme. Juntaram-se muitos curiosos e todas as conversas foi : A casa da Rua da Veronical... um clelles, homem vigoroso e possan te, de ceu á Alguem nos apresentou en tão ao sen horio da cava e quando descia, uma iovisivel, my teriosa e casa, que amavelmente ool-a mostrou toda, constando gélida mão, dá-lhe uma bem puxada bofetada. dum rez-do-cbão e cava commuoicao<lo esta ultima O valente . .. foge aterrorisado. r a ma O povo com do· • d ' d A ' sahida vai-se J·untaodo, cada vez m_ais, destacando-se algtios is Jar inziohos muito bem trata os. da p ' 1 is dentre a massa, a prompttficarem-sc a ir vêr a casa. orta que commuo ica com o jardim, 1 ª uma e • tero Não avançam muito, pois são rcce!>idos a bofetada. ª• respeitavelmente funda. . ã 1 Info rmamos ao sen horio dos propositos que alh T êm uma sen aç, o extran 1a e aterradora que é, nos levaram e que eram O fazermos uma sessão as bofetadas serem dadas por mão muito gelada e tão esp· · . • d nos gelada que produz uo esbofeteado intP.nso calafri os. lnta, rnvocaodo os espiritos perturba ores, ven Toda noite não se fa la doutra coisa. O caso corre : que pretendia e procurarmos, depnis de analysar• velozmente de bôcca em bôcca, por cocla a cidade. 0 os pheoomeoos, fazei-os cessar. d r 0 dia seguinte, ha grande affiuencia de povo O senhorio respondeu com evasiva~, prometten ° denote da casa. Um gmpo de iodividuos quer entrar rnao d ar-oos recado, se sim oo não. Porém, parec~u- neUa. O senhorio que mora no 1.0 andar, não coo– nos notar que o que o fazia recusarª fazer 8 sessao, sente. O grupo quer arr ombar a porta; ha di cu ão. era o médo.. . 1 e O grupo teima e o ,en 10rio apita. Vem a policia, Elle cli se-nos muito amavelmente é certo, qu mas O grupo é teimoso e desobedece á policia. não a c1· 1 do ma. nós 1 cre 1tava em almas do outro mu l ' Novos apitos e vem mais policia. H a grande emos nos eus olh os um certo .. • receio ou mêdod. . ' . casas on a algazarra. d' ª occas1ão que percorremos as ' De repente, a policia desembainha os terçados e ª 110 noal se passou. corre tudo a espadeirada, o que rlà Jogar a ferimentos Vejamos agora os factos. 1 _ não e a correrias, emfim, ha um grande reboliço. lía muito tempo já que aquelle rez-do-c 1~ 0 b Socegam os animo . A p licia vai-se embora, era h b. . . Toos se un am a 1taclo pois que vanos mqui 1 . mas dabi a pouco a sceoa repete-se identica. inudado por ~uvi rem e sen tirem coisas de ao~te. • Mas o povo não desanima. Volta ao dia seguinte U ma noite ouvi· ,. ra ma dessas fam ilias, contou que li e teima novamente em querer v,:;r a casa, que está ro barulho nas paredes e debaixo da cama. mas guarclacla por um civico e que é impotente para coo- !\c d · toda a casa t tu 1 • cen ernm a luz. revistaram m aos ter tanta geo e. 1 _e O estava fechado e em ordem- Ao regressare d Um arupo coo~egue, a muito cu to, auctorisação eito. . lente bofeta a ,, . • e s, o clono da casa apanhou unl<l va vieram do senhon o para ver a casa. a luz apagou-se de repente. Amed rontados'-t mu- E' noi te. Todos entram cautelosamente. V:io ~ara as ca as de fóra e ahi pa;saran1 n ° 01 e, munidos de lanternns, de navalhas e de revolvers. anelo. e Jngo 00 dia ~eguinte. t d s F azem uma busca :í casa sem resultado. De subito, Uin outro antigo Jocatario coIJtou- 005 que O ªe uma das lanternas apagou- e; então os iuclividuns, as · ' ' a ponto '-1 11 • 'd t lt d · 1 1 llffoººlle~ ouvia barulho po r toda a casa ' 1 distinguem mll ameute res vu o , 01 ee 1on,em podia dormir.
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