Alma e Coração 1914 - Anno V (Jan-Dez)\Fasc. 02 Fevereiro

ha mais de meio seculo o mundo vi ivel as vem registrando em grande numero e por toda a parte do globo. E porque não arrancarmos a trave dos olhos ? Não enveredamos po r um caminho me– lhor; para um campo mais fo rmoso, onde as fl ores têm mais perfume e o amor é o sentimento superior em que se fun dem e . se harmonisam todas as qualidades dn co– ração ? Felicíssimo d o Vall e . ............... _________ __,...,_,....,,_ AMAROSINIMIGOS «Amai os vossos inimigos » disse o divino medico de nossas a lmas– Jesus . E ' sublime e nobilita nte a pra- ti ca des ta maxima . . Ama r os inimigos é da r cumpn- mento á divina lei do am6r . Que devemos entender por ini– migos ? inimigos são espiritos sof– fr edores e máus como nós, que a n– dam comnosco nesse per egrina r terreno ser vindo de ins trumento para o' nosso aperfeiçoamento. E qua l é a prova que daremos ao nos– so creador de ama rmos os nossos inimigos? perdoa ndo-os ; nã o ~om o perdão pronunciado pelos lab1~s, e que humilha quem o r ecebe , sim com o pa rtido do coração , que 0 unico sabedor é -Deus . Aquelles obstinados no e rro a - cham impossível e a té ab~urda a execução des te bello preceit? ; cos– tumam dizer : como poderei ama r quem foi a causa dos meus soffri– mentos? . . . pobres e ig nor a ntes, se profer em es tas phrases, é porque não conhec.em as infinitas leis do p:1 e; o.· que esforçam-se por com- Alma e Coraçã o - 3 prehcndel-as e seg uil-as, entem fa– cilidade em perdoa r , lembram-se que tambem ncces. itam delle; pos– suem a certeza de um dia reunir-se comess~ num logar de pc1.z , e abra– çar em-se affectuosamente como irmãos, esquecendo por completo as inimizades passadas . R. C. • ~ A CARIDADE Porque ha scepticos que negam a exis– tenci a da caridade e sa ty ri sarn áquelles que se lhe deparam na pratica dessa virtude? Ser á porque muitas das vezes é prat i– cada osten ivamente e julga-se o ca ri– doso em questão um pub licano, cm vez de um philisteu, que é, ou por que já estão sepulchrados, em i ' proprio , os senti– mentos bons, e crer em que aos corações humanos só é dado a ma nifestiç,1o do ím– pio indiffer enti smo ou do agro egoísmo, os quaes ora nos seus estao em fóco ? Mas , ostensiva ou não, mascare ou não o indiffer enti smo ou o egoísmo, desta ou daquella forma, não fica bem evidenciado o seu exis tir ? Sendo a caridade o influxo mo ra l que nos impuls iona a nos condoermos das a lheias dores e maguas e a levar-lhes al – g um lenitivo com a ux íli os ma teriaes· ou consolos moraes, como negar-lhe a exis- tencia? Não ci)nSi tirá i to na condemnação do proprio eu ? Sim, porque sem o nosso abasta rda- mento moral não podemos negar os sen– timentos latentes m no a a lma . A cari dade, fo rça emotiva que nos in– duz ao sac rifíc io por outrem, a cong·ra– çarmo-nos para o Bem e a ama rmos o nosso prox imo como a nós mesmos, é o mais nobre e li cl imo sentimento que um coraç,10 pode albergar e cultivar.

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