Alma e Coração 1914 - ANNO V (Jan-Dez) - Fasc. 01 Janeiro

liare me chamavam A nna•. Perguntei pelo nome de familia, as pa ncada r e– começar am, e ditaram as lettra C-H-A. Como o meu nome paterno é Chaplin, conclui q ue era e se que se queri a ditar, mas a pancada depoi de me terem desengana do, ditaram emfim o nome de Chamber , o qual não provocava em mim nenhuma associação de idéas. Per– guntando , entretanto, si E te lla e t v de a lguma orte ligada á minha familia, foi-me r espondido: «S im•. Existe alguns dos teus r e tratos? • inv . Talvez em Blankney? (residencia de meu irmão) Ora, eu hav ia pas a do uma g rande parte de minha infancia em Blankney, e havia sempre sido particularmente im– pression a do por um quadro representan– do uma da ma vestida de velludo rôXO tendo em uma de suas mãos um cesto de cerejas. Em cria nça tinh a eu o habito de con- versar com ~sse retrato, é a dama das cere jas era uma amiga para mim. . . ,Sabendo que o retra to de meu es~ 1 nto– g uia se achava em Blank.ney, acudm-~e immed iatamente ao pensamento aquella dama, e questionei : - E' talvez a dama das cerejas? -Sim, r esponde r m a pancadas com energia. Escrevi logo á minha ve lha governan- , ta, r esidente em Blankney, roga nd º -a de xaminar minuciosamente O quadro, afim de descobrir quanto possível, se nelle havia a lg um nome. Ella o fez destacar da parede, ex~mi– nou com cuidado, porém sem r esultado. Escreveu-me , co ntando que se lembrava ter ou~do dizer por um de nossos par~n– te ' se nhora S .. . (a qual e ra melhor_ m– formada que ning uem a esse r~speito ) que a dama das cerejas tinha sido uma miss Taylor. . Desillud i-me; apezar disso, escrevi a uma amiga empregada na ~Consulta He– r aldica• pergunt~ndo-lhe 1 o nome de Chambers se ligava de qualq~er modo á 12enealogia dos Chaplins e obtive r espos- ta negativa. Alma e Coração -7 Nesse m mo d-ia encontrei justamente em L ondre , a enhora S . .. que eu não via ha var ios annos. Sabia que ella tinha outrora composto um catalogo dos qua– dros de Blankney, catalogo ·que eu nào conhecia entretanto. Compr ehendi que o ultimo r ecurso se me offerecia e pergun– te· l"h e si ell a abi a o nom da dama das r ejas. -E' Jady Exeter, volveu a eohora S ... e cuja filh a, lady Betty Chaplin, .esposara um dos vo so avó . -Podei dizer-me qual foi o nome pa– terno d lady Exeter ? perguntei. -Fôra uma Iellish. Toda esperança parecia perdida , mas a inda perguntei : -O nome de Çhambers não desperta em vós nenhuma recordação? -Di trahida que eu sou I exclamouella, la dy Exeter era uma Chambers de Mel- Ji sh. Immediatamente escrevi á minha ami– ga do Conselho Heraldico, pedi ndo que procura se a genealogia dos Exeter, e ficou provado que a dama das cerejas tinha sido Anna Chambers.-(&ssignado) Lady Radnor. - Seu marido confirma a narração acima.-K. (Da Etemidade ) Kauffredo. A Clarivid~ A . cademia de Medicin<_t de Nova York e tudou uma menina de dez ann,os , Beulah Miller. que apr e enta o notavel dom de pod r ver atravez dos corpos opacos. Um membro da Academia, o dr. John Ruackenbos, que a examinou profunda– mente , diz que ella possue ''uma visão dos raios X ". dita menina disse sem difficuJdade, o que os assistentes tinham nos bolsos, leu uma pagina dum livro fechado, e d creveu os objectos que se achavam em caixas fechadas. (Do Pensamento )

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