Alma e Coração 1913 ANNO IV-Jan-Dez-Fasc. 06 Junho

Alma e Coração-4 11111111111111111111111 1111111111111111111111111 U1na agui a captiva fll l llllllllllfllll l lill l lllllllf111Ut1t111111t 11111111111 11 11111 Pu eram uma aguia em uma pri ão tecida de a rame.. Limi tada e con trang ida ali fi cou aq ue1la que ante não conhecera n em ca– deia nem limite A aguia é uma ave formos i . irn a. O olha r vivo ~e intelligente, o bic0 a rqueado, as ga rra acluncas e ao-uçada , dão-lhe um mixto de bel teza e de a ltivez, de força e de c rue ldade. No arrôjo e g randeza do vôo, a agui a não acha comt)eticlor nem me- mo e ntre o.- mai conhecicl;s e afamado. voado re. das regiões andinas. De ta upe rioriclade de fo rça e n– tre todas as aves de presa e ela crueldade indômita de e u in tinct0, tiraram, com graça e natu ralidade, o. philosopho -o "Ymbolo e o rheto ricos-a m~táphora. Olhando, como quem e nte revolta, p?. ra um lado e para outro, para cima e para baixo, di s punha- e a formo a captiva a le– vantar o vôo, iªs não achando lugar por onde pude se alvar-se daqutlla prisão, lançando-. e no e paço (e, naqu e ll e dia, o e..,paço era attrahe nte, che io de r, o e de . 61), fechava as azas e e punha ele n ovo a olha r para um lado e para outro. Esta ·cena commoveu-me e fez-me p e n- ar as im: Como a aguia na pnzao a im e ·tá :i. no_. sa alma no acanhado circulo da materia. H oras há que . entimo a. ·a udacles do céu; ma não podendo romper os laços que nos prendem, cahimos, as mais das vezes, em profundo abatimento, qual novo Arjuna di– ante das ho te inimigas. Oh! como são bellos e attrahentes os e paços in finito. p ul veri zados de sóes e de mundos '. : que a prisão r/e arn11111 é cou>'a pa ageira e fugaz, uma illusão p erfei'.a, aq ui eta-se a a- guia. Pos ta em ocêgo, vê. claram ::nt e vi. to, que o q ue há àe mais bello e admiravel em todo os mundo , lambem o tem em i mes ma, posto qu e em e tado latente. As. i;,1 r econh ece: qu e o Se r é inde tntcu– vel e eterno e oermanece Uno no meio de todas a mut~çõ e µroteiform es da natu– za. Ma i : qu e as ide ia de tempo, espaç~, causa e effe ito. de. appa recem, á me~icta qu e a a lma e fõ r app roximando da Realtd~– de viva tal como a neve a nte os raio luci· do do ól. O que, porém , mai tranquiliza a aguia é aber que a condição do ,;e r e te rn o é ª dt! l .d. no bemaventurança e e ta é o producto t 11 do conhecime nto, que e. tá acima da-. i_-e– giõe fria do inte ll ecto· e que o espinto ' do que está ne ll a é o mesmo qu e e nch e to o Un iver. o, de. de as fresca e mádigas fi o· r inha. que atapetam o prados até as rna· 'f' e for· g111 1ca cons tell ações e n ebu losa qu marn, ás noite bella; e se renas, um c 0 I11_ 0 véo diaphan o ele ped ra ri a - 1 ucidas e- 1 e 11 <l 1· do • obre a nud ez de Urania magestosa. ara Olhando para um lado e para outro, P cinn e pa r a baixo, para diante e para traz(e . . . 0 faz aqu i note i que a aguia presa ass im •. 3 1110 cons tantem e nte ), concluiu que tudo qu, _ 1 _ a ce1·cava eram a multifo rmes transfornl• ções akás icas, E oder vendo que o pr111c1p10 de todo ~- .e· estava ne ll a como em todo. os dema1~ · ie res, á g ui.·a daquell e fio mys terio o de 1~\ 1_ no fali a a Yó o-a a lcançou que, na rea 1 1 ' · en ° ~e, chega ria, _com o e tudo ~ conh:c111: 6 a da natureza rnterna, a dom111a r nao . 0 P . - {, 1 sena l'l. ao ee arnme em que -e ac 1ava, " O olho materiae contemplam a geome- tambem a terra, 0 ma r , a lua, 0 sól e 0· tria des es milhões e milhões àe lu zei:-os unive r. o. . 1 t · ue ª ce es es; ma a ag111n que e;:;tá em nós co- Mas, 0 que é ainda mais a notar é q Il.t nhece que, alem do que vemos, a inda ha aguia, as. im p e nsando, conheceu que e outros milhõe e mi lhõfe el e f~cos r espl a n- era apenas um pallido reflexo de uJrt'.l ;;:: decentes e que esses ócos ao manife ta- tra agu ia ba nhada ou m e lhor feita de . - Ç ães maravilhosas da Força infinita, onde a in finitam e nte • b 11 olh ar ca lma, ,,e . . I 1na1 e a, a . , ano vida e tornará cada vez n'a1 intensa até ren.:, impe rturb·1ve lme nte para o Oce, . f d .· n a Fonte l ' ' I 1n- se con un II coi e e amo r puro; ele Luz, imme 11 o, ete rno, inexcrutave ' Cjue reaula e rn antem toda as causas I con 1 pt·eh e · 1 " • • 1 ns1ve. Conhecendo que a . ua esse nc1a é e ternai e que não e tá s ujeita ás mutaçõe e varie-/ dades do tempo e do espaço; conhecendo D p o e11sa11umto BRAULIO PREGO D:. C:. E: . e.-. p.·.

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