Alma e Coração 1913 ANNO IV-Jan-Dez-Fasc. 05 Maio

1 1 Alma e or:--ÇZto-4 (111 1111111111111111111111111111111111 UI ff( I I ft J,fis s iv a Ju!ía: Porque dtn-íclas da bondade <l Deus? Vin~s numa ancia agoniada a crear, por teu li vre arbítrio, motivos de inqu ietaçõe e desesperanças e, e fracassa um dete rmin ado plano, um sonho qualqu e r, rebelladamente qu res te assentar á pedra do cami– nho. Não te pe rturbes, minha irmãzinha, tf10 curb é esta Yida para nos sob re– carregarmos alem das nossas forças e se rmos f rçados é'\ alijar a carga antes de alcançarmos o fim a que nos propomos. Costuma _se nte nciar a. ,·oz do povo: «a cada dia sua aff11ção. » Sab s que isso qu!: r dize r? Que dey mos encarar os factos, os acontecimentos como elies Yeem, calmos, tranquillos, desemp enh ando as nossas ~b rigações, como tarefas qu e nos são impos tas e da quaes te remos qu e presta r con– tas se formos n egligent es, acceitando as dores, as. tJ-i~ulações com res i– gnação e pac1enc1a. E' possi,·el_, é certo mesmo que, qu em es tas linhas escreve, nem sem– pre possua e sa_calma, essa tranquil– Jidade necessanas a enfrentar a decepções var ias da existencia. Não se rá por isso que eu dexar i de re– conhece r qu al é o caminho a sc"gu ir, acon~elhando _aos outros .para que ~dqu1ra1_n ~qu 1llo que é utd, é justo, 1mpresc111dl\·el até, se que remos tor– nar os nossos dias mais de annuvia– dos, mais risonhos, mais se renos á medida que, endo conformados com a so rte, nos mostramos mais confi– antes na presciencia do Pae. Deve– mos não au&me!1tar as nossas pro– vas com deseJOS 1mmode rados. Essa pagina magis_t1?~ do Eva!1gelho se– gundo O espmt1smo, ass1gnada por FenP.lon-<,ÜS t?rmentos voluntarias » aponta, numa lmguagem franca, sem rebuços, grande nume ro_ de mal es que nos afflige!n, - que nao estavam nas nossas exp1açoes passadas e sim volunta riamente attrahídos por nó , po r nós fo1jado no incon tenta– mento dos no sos sp i1·ito impru– dentes, ignornnt s dos divinos de– s ígni o . \' fol ha 46 do me. mo li vro, no ponto «Causa- actuaes d~ts afflições », bebemos outra fa rta porçao de ens inamen tos sob re e te assum– ptv. Transcr ~v re i aqu i alguns p~rio– clos qu e rn parecem mai fn s~n– tes , de ixando ·10 teu cui dado, pedi~– do-te 111 s1110 1u le ias todo o cap ~– tu lo \ com as in trucçõe dos e pi– tos sab ias qu e o comph- tam, derra– mando a luz benefica dos seus e n– sel hos e esclar cimentos sob re ª palavra paraboli ca de Je u , no ser– mão do Bem,:n·entu rados: Todos os q~te sr'io f frido 110 coração pd ~s 11icis– s1tudfs e dff 1,Pçõcs da 1,_:da interrog11mt calma e Ji-iamente a co11 -ri · ncia, rt– montcm pouco a pouco a /011/l' 1°· 1J1a(es que os affligem, e ,•f rãn s1 _rr 111_a1or parte das 1'('Z{'S nâD podt~'no dizer:· Si eu tivesse fe ito tal coisa, nüo esta ri a em ta l posição, De quem_. pois, s_e quci:rn_n11t pnç fadas as a/fl,çõcs s1não de si 1,u•s1110 · As Íl/1, o 'iw ·:.em, em g rande Jl/tlll C!'º l_Íe casos. é o auctor do cu - propnos tnfort1111ios; 111a , em 7 ,ez de rcron/1('· cel- o, acha s imp!e , lll f JIO !zw,,if /l{11dé Pr:ra ~ sua ,,,nirfade, accu ar a Pro– v ,denrw, a fortz111a de fm•orm•el, 1•1 n– /1m, a su.?. 111d estreita, ao pas~o que a 11u i e, frdla estd lia sua i11ct1ria. . Co~11tigo, eu não dire i que seja ~ m~una que te le\'ou ao s tado affli– cti, o e m qu e t vejo; fo i, porem 0 excesso de aspiraçóes multiplas gue accumulaste e con,o , is te a ,111- possibillidade de r eaÚsal-as enfraque- ceste, desanimaste . ' I"-:Jão pode ser assim, não deve ser assim. Po'.· n:a is_ des_ejos que tenha!11~~ de P 1 og1 ed1r, é 1mposs1vel faz r n ma encarnação o qu e o co111rn~1 n1 das creaturas faz em seis ou oito, salvo os casos dos missionarios, que assombram o mundo com os seus tra~alhos he rculeos que r na o!'<le~ moral, quer na ordem intellectual

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