Alma e Coração 1913 ANNO IV-Jan-Dez-Fasc. 05 Maio

pelo amor de D eus ! sep heroica– mente fo rte, fo rtemente re ignad~ e calmo para que uma fart:1 co lh e it a o aguarde no R e ino P romettido, pa– ra que os qu e o rodeiam tamh em se sintam cap :l7es dos heroísmos redem– ptores da Res ig nação e da Fé . Manuel LEONARDO Anienzos-nos . Si!n, amado companh e iros de pe – regrinação por este cáhos de do res de augustias, amemos-nos; e , unos, fra te rnizando e entrelaçando os sen– timentos affecti,·os de nossas a lmas, corramos em busca da nossa pe rfe– ctibilidade, praticando a subl_im_e lei do amor na <li vul o-ação ampltss1ma da ' ~ caridade. · E ta, em pratica ininte rrupta ab- negada, al em de se r o expoente. 111 <;1-– ximo a que, en .re nós , pode ª :tingir o amor, é o santelmo da salvaçao an– te nós fulo-ind o firme aos paramos f ::, ' ' el izes do Alem. Infelizes aqu elles que, fugindo á luz desse santelmo, sem que re rem compn.: hcn<le r a sublimidade dessa ,·irtude e quanto conso lo e _ confo rto no· proporciona a sua µrat_1ca, r~pu– d~am o proximo com ho~ til _acnm~ - 111a, sem procurar s ua\'l ~a1-lhe 's desd itas com pa]ayras carinhosa~. e confo rtantes ou soccorrel-o matei ,al– ni ente, se ta l for mis '.é r, porque sa– bre elles a Dor cahirá em látegos de fogo, até que possa, diluindo a co_~: raça de eo-oismo de qu e se acham .1 Yestidos ~ubstituil-a pelo di amantmo manto a'o amor, a cujo seio ,·em_ aco; lher- se, difundir- se após , a m ,ga consoladora caridade. Ditosos os que amam, os 9ue cornprehendem e praticam a ~ª nd/~ de, porque esse se rf10 os fe lizes aman hã' Quão· suaves e venturosas as nos- sas vidas s eriam e as csca~adas a7-!: pinhosas dos nossas cah·anos P •da- c . d fl · a hu111an1 er-nos-1am e ores, s i _ phibn- de, conscia dos seus deYe 1 es · lma e Coração-3 lllllllllllllllilllllllllllllllllflllllll1illlll trop icos, concebesse, legisla se e exe– cutasse todos os seus actos sob o in– flu xo puro e sua \'i sc;imo do amor. E ntão \'eriamos estanque as lagri– mas nos olhos dos aft li ctos; o aná– thema nos lab ios do.j re,·o ltados; o brado de de esp ro nos coraçõr>s dos insoffridos; a mi se ria, e o seu tri s'.e séquito de dolorosas ody séa , extin– cta ; o crime, em todos a suas ne– gregadas fa ces , banido; e finalm ente. a maldad e, nas suas innume ras for– mas , deslocada e a fas tada de;;se me io confortante e bom. E tudo isto porque? P orqu e em vez dos sentimentos mesquinhos , que abastardam e enl o– da m ca rac te res, degradando a lmas, exi stiri'.l no co ração da coll ecti,·ida– de human a a phalange ah·jnitente dos sentimentos philantropicos, cuja pratica mútua, ampla, cliffusa, en\'ol– vel-o-i;:i em tor rentes de e ffluvio s pu– ros, que, ant cipadamente, o fariam fruir um pouco da mansuetucl e e da feli cidade el e que gosam os bons na \'ida espiritual. Dizem un : é tão diff;cil, sen~io imposs i,·el, amarmos _um ser_ que nüo conhecemos ou s1q1J.er nmos; outros allegam a impqss ibilidade de um inimigo am r seu inimigo e fa– ze r-lhe o bem; estes e aquell es, em– fim, exclamam: isto é um sonh o! um a chimera! facto irrealizavel! E néstas e em mil outras asserções– identicas na forma e fundo, estri– bam-se aquelles que não desejam desel1\·olve r o que de bom e puro exista em suas a lmas . A nós, entretanto, pa rece-nos isso tãO facil... · Tudo evolue, e is uma asseveração inconcussa. Que é, poi a evolução? o aperfei– çoamento e purificação de tudo quan– to exista no Univer so. Uns evoluem e se ane rfe içoam sob a acçrto constante e mate rnal da na– tureza; outros sob o influxo de suas proprias forças e actos. . Nes te caso, estamos nós, os humanos. (Co11lil/lía)

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