Alma e Coração 1913 ANNO IV-Jan-Dez-Fasc. 04 Abril

lma e Coração-3 u111111111111111111111111111111111111u1, 1111u DOIS SONETOS de authenticidad e do manife t:rn te , não pelo defeito physico que no me- L e Õ dium mome ntan eamente imprimira, DE UIZ DE Al\l ES --------------- de ce rto com a intenção ele se fazer . (P]ebravam-se em 188o, n~sta ca- 1 por mai s esse signal reconhece r (não p1tal, as f<:stas com_memor,1t1,·~s do que Camõe:s con~e rvasse como espi- 3·º cen tenano d~ Luiz d e Camoes , e rito aq ue ll e defeito meramente cor– o dr.. Franci sco Leite Bittenc_ourt poreo), rn_as p\,r~u naque ll e so 1~ eto, Sampaio, ao rr:ceber em seu escnpto- ditado d e 1mprov1. o, e que o 111 d1u111, rio a visita do me di um Fred eri co Ju- de mediocre instrucção, seria in cap:i.z nior, de qu m e ra muito amigo, ~ 111 de com pô r, 1~1 es rno a poder dos mais p~lestra com este mostrou- e cu n o- longos e pac iente esforços , o ,·at-:: so ~e sab~r qual se ri a, na Yi_da su- portugue~ se lh e pate n~eava c:,m penor e 11,-re do espaço , a 1mpres - todo o \'lgor e espontane idade que ~ão do espirita do g ra nde ép ico por- carac~erizaram na te rra as suas pr0- tuguez ace rca daqueila brilhante ducçõ cs. pomposa commemo ração. Não tendo assim duYida ácerca da . ão tardo u muito que o medium, e ntidad e que se aprese nta\"a e que inclinando a cabeça, cah isse em «tran- outra não pod ia ser senão o espiritn ce» somnambulico. Compre he n~en?o d e Camões. e por outro lado inclu– o caso e recea ndo qualque r e 1nd1s- zido a uma nova qu e tão que aqudla ereta intt:rrupção, o rir. Bitte ncourt mesma confissão, 111 magnificas ,·er– Sampaio fechou immediatamente a sos, d e ixa \·a entrever, isto é, que o porta do t>sc ripto ri o , \·o ltou a sentar- espirita de Jáo te rmin á ra com sua se á sua banca e . munindo-se de um humildad e e amor o cyclo da pro– h~pis, <lispoz-se a registrar o que vaçõ es te rrestres. cmquanto e lle, Ca– Y1 esse. mõei;;, s e lh e con en·a inferior em Acto continuo, o medium lev.1nta- adi;u.tame nLo mo ral, Bittencourt Sam– :se com um dos o lhos fechados e o paio . aproYeitou a o pp01_·tunidade o utro aherto, e rec ita pau ada1nednt_e para 111terrogar o grande ép ico sobre 0 eguinte suneto, c uja anal)'Sé e,- o que pensa\·a_ de sua \·ol ta á te rra, :xamos aos criticas imparciaes, mas em un~a noYa 111carnação. no qual tomamos a libe rdad e de an- A resposta foi o seguinte soneto, t~c ipad amente assio-na lar que não é com qu e te rminou a entre,·ista in e - d1f_fi cil reco nh ewr aº origin alidade, _o pe rada e - - hão de os leitores con– brllho, a «man e ira », em summ!t, tao vir-summame nte inte re ante. ntre Pecu_liares, nesse g ene ro, ao mcon- o poeta des incarn:'1d o e o autór da ÍUncl1vel cantor dos Lus I;\DAS : i Drvr 'A EPOPÉA : ft 1 : acla d'e.;ta v id a tran>'itoria I Quando_ ch ega r a ve_ z d'essa aventura F: 111 h'alma adorn1eceu e ntr e !! __ em idos, l 1 b ~ 1 Pa ra mm ia a ma tn. te tã o sonhada, I:Ím alada nos d oce,-.; pran tos lidos .· Eu voltarei de novo á patria amada. e quem mais do que eu ;n e r ece gloi 'ª Ond e os meus dia,; foram sem ven tura . º! 1 ! meu Jáo, tu que sabes n~inh:i hi. tor:a \~ aque ll es desditosos tempo,:: id os._ .· • e,u dar-me á idéa po i,;, e:::>'es P 1ui idos Q ' orn ue me fogem p'ra sempre da mem '· ?, 0 bap~is,no do amo r sa hi s te _P~ro, s r 111 meio de,se-; hymno,; ~ac1 o,-an .o )o,. anJos <.lo Senh o r cheio,; de lu z. l) Emquanto que e u, com vistas no futuro, 0 mundo recebendo appla usos ta ntos, Carregando ainda vou a minha cruz.. O • d • B1tten- c10 o é dizer que o 1. . . . court S ·1mpaio ficou satisfe1t1 s 1ml o, t-- fl ' ' ll O cun 10 <LO agrante era para e e Amo r eu c:i:1tarei com maL.;; te rnura, Que dmor e u apre ndi nesta mo rada Onde tud o tran sluz doce a lvorada, E é mais doce o ci,miar na formosura. O., ,·icios, o · defeitos el a minh'alma, Ao,; pés calcando por amor sóme nte Saberei bemdi ze r com funda ..:alma, Bemdi ze r do meu Deu-; a mão clemente, Como J áo que ele humil de teve a palma Da g loria que não morre certamente. (Eo RejormadCf''

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