Alma e Coração 1913 ANNO IV-Jan-Dez-Fasc. 03 Março
travessando o espaço e entrando no campo psychico das pessoas de es pí– rito calmo, denunciarão as amargu– ras, as decepções, as contrariedades, os desgostos, qu e vão pelo seu in– timo. Jama is poderemos apparentar um sentimento que não possuímos . Póde ficar occulto para os indiffe– rentes, mas os que nos estudam ou âq uelles qu e vivem pelo espm~o e do espírito, nossa alma é um livro aberto, cujas paginas são lidas, quan– tas vezes com tristeza pelos qu e riós julg;-:mos inferiores, porem que com– padecidos das nossas fraq uezas_ e, por isso mesmo, nos são muitos superi ores. Sejamos pois mansos, qu e a terra será uossa. Viveremos sempre calmos e ter– mina remos possuindo-a, . pe!o ~mor, pela caridade, qu e d1stnb~11rn~os profusamente com os nossos 1rn~aos e mais tarde não havendo vencidos ' nem vencedores tra 11sformaremos o ' . no~so planeta que am~la t1~az no ,seu boJo, Jagrimas e des1Jlusoes, n ~1m manacial de ternuras, n 'um paraizo de aleg rias infindas. Marc us V inicius ~ ~ lt[! 1 1 1 ,1 111110 11 1 1 111 Na sua ultima e ncarnação , foi freira. Altura med iana· apezar do burel , c?m que se me faz visiv~I. nota-se a eleg~ncia natu- r. [ d f · ·1 ppa i·encia demons· a a orrnaJuvem: s ua a . tra que deixou a terra aos 2o annos mais ou menos. d é a· sua De um moreno levemente rosa O d á · . · 0 acrra a tez· rosto de um oval punssim '· " d •' . · conJuncto os pnme1ra vista pelo harmornc? . . amente ta- . traço · os labio ro ados e ª' 11sti c fl d Ih ' · d en o ra o ados, deixam entrever,_ qu an. 0 omparavel, por um sorriso de s uavidade inc I es en– duas fil eiras de dentes alvos, reg1;1 ar ' 1 d s cren" r"as. ga. lado na rosea po pa ª d "'n~riz bem Cabell os negros e 0nd e~ 0 ~• neg ros, tn?delado e dois olhos gi ancs~-'-ma., de scmtillantes como carbunculo t' rnura que uma doçura immensa, de__ufª 1 ~s cilios e a penna não póde trad uzir," 01 .~ahi tendes um !)ar de obrancelhas ne"'ra ·t de ~lar- ] · f · •etra o eh1tor amigo, o impe r eito 1 amiguinhas de 1 a,-uma da desveladas todas o instantes. Alma e Ccraçãc- 5 1111111111111111111111111,1111111111 1111111111,1 Toda vez qu e a fraque za quer apodera!·– se de meu e pirito, oiço a voz ha rmonia. ::i. da qu erid a protectora chamar me ao cum– primento do deve r; a encorajar-me na lucta contra a minha imperfeiçõe , contra a,; minha falta. ; a incitar-me ao re gate d;,.:: divid a. e a caminhar.... caminhar sempre! Tambem Martha muito soffreu '. Tam– bem ella muit o eleve e trabal ha para o pa– gamen to de se us compromis. o ; ma · , n::i. lucta ingen te que trn vo u para se desvenc i– lhar da bagagem qu e lhe peza e lhe faz c:i– minhar com alguma clifficuldacl e; em mei o ela . uas preocupaçõe , encontra emp re alguns momento· para e tar junto de eu-s amigo mai. falto o· que ella, e, meiga, sor– rid ente-consola-o ·, encoraja-os e dá- lhe o seu exemplo da resignação, da fé e ela espe– ran ça! Ma rtha é um espirita ainda muito ligado á terra, ma que se esfo rça com uma e ner– gia e tenacidade inqu eb rantavel, na obten – ção do ideal-a perfe ição ! Marlha? Attende i : «Sede calmos e re. ignado ; procu rai d - leitar-vos com a s uave harmoni a ela Espe– rança; sêcle humildes e tend e fé, a im, a. dore e os soffrimentos, erão melhor up· portados e comprehe ndidos, como nece sa – rio ao resgate de no ·sas falta , á depuração e ao prog resso vo ·. o! Sêde pacientes! O de e. pero conduz á revolta e esta engendra novas fa lta , nova,; e mai inten as dôres! Lembrai-vo ele Je· su ' o no . o Amado Pa tor, Je li ' o Ju sto, Jes u , o infallido-que nada devia e nada ti– nha a expiar ou re. gatar; offreu os maiore,– opprobrios, a maiore dores,-com uma pa– ciencia e urna resignação inde criptivel ! J e– su - Je us a im offreu; e, como q uere– mos nó , míseros leproso d'alma, mi. eros atamos de pó, nos revoltarmo contra a applicação do ,mico 111cdicnmcuto que nos deve anear as chaga que no deformam e intoxicam a alma? Convencei-vos, me us caros amiguinhos;– de que a dôr, o soffrimento, as lagrima - são os elementos indispen avei para a vo~– sa cura; e, somente apó a constatação ele. · sa cura, podereis pene trar nos mu r:do fe– feliz es, cujo ingresso, por agora, no e tá vedado, para que não vos torn eis, pel::ts vo ·as imperfeiçõe , motivo de ~obre altos, nesses mundo puri imos-onde só rein:.i - a Paz, a Verdade e o Bem! Curai-vos! A.cceitae prazeroso· a applicaçfio do cau tico bemdito-a dor,-para qu~ a vo sa cura seja rapida e compl eta: Ta vida do espírito, que é eter110, o que valem nl– g 1111s seculos de soffrimentos e clõre , qu a– do elle sabe que depois µoderá pag ar cftr- 11a111e11te? Trabalhemos ! Tenhamos o olhos fito. em J es us; igamos os . e us alut~res con e– lhos e exemplos e tudo consegmremos em
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