Alma e Coração 1913 - ANNO IV (Jan-Dez) - Fasc. 01 Janeiro
';l - •. .. 1 • ' '. • • • .. • -••• ~. • \ ... Alm a e Coraç ão- ro 11 1111111 11111111111 1111111111111111111111111111 Satanaz contra Satanaz Ora ~e é por virtude de Belzcbüth que Jan~·o fora os dcmonio!IS, ,·ossos filhos por drtudc de quem os lan– çam? (S. Luras cop . XI v 19) Quando J es us andava na s ua peregrina– ção, entre os homens, ensi nando-os a ama– rem-se uns aos outros, c0mpadece ndo-se da persegui ção at roz qu e os e,: piritos soffredo– r e. e mau. faz iam ao. se us irmãos encar– nados, banh ava-os com doç ura do seu ol har amoroso e lhes ordena,·a qu e abandonas– sem a preza. Isto causava espan'.o ,'. OS q ue as. istiam, e, aturdidos e confundid os, os . acerd otes hebre us assoal havam aos q uatro ventos qu e es. a obra de caridade era feita pela virtude de Belzebu th. Kão pod iam apreciar a grand eza d'al ma do !\Testre e o seu grand e amor pelos qu e soffrem, e cheios de od io inconti do atira– vam apodos áquelle que e ra o salvador el e um mundo. i\fas J es u., caminhava sempre distribuin– do mise ricordias as mão. cheia. , illuminando glori o. amente as almas dos mansos e hu– mild es de coração qu e delle .,e ace rcavam. Aos endurecidos perguntava: Porqu e se vós di zeis qu e em virtud e de Belzebuth équ e eu lanço fóra o. demoni os, vossos filho. por vi rtud e de qu em o lançam? Mas se por vi rtude de Deus lanço os demoni os, é ce rto qu e chegou para vós o reino de Deu: •. J es us refe re-. e aqui no med iuns e ás pes– soas de bôa vo ntade qu e com o coração cheios el e fé aprox imam-se cios qu e . offrem as persegui ções dos demoni os (e. piri to,:; atrazados e maus) e exc itando-os á pratica do bem conseguem desv iai-o cio intuito male– li co que os animara. Não é com o auxili o dos e. pirit os maus q ue isso se póde faze r e, se assim fosse ; se Satanaz nos dá esse poder, pratica boas obras; então «Sa tanaz está tambem di vidi do contra s i mesmo; como es tará em pé o e u reino•? (S . L uc~s cap. x r V. 18) ão! E' por virtude de Deus, com o auxi– lio el e espíritos abnegados e bons qu e todo. pode remos se r ute1s aos qu e soft rem, expul– sando os de111011ios. Precizaremos tão somen~e qu e chegue ra nós o reino ele De us, 1. to é, qu e seja– Pª0 _ mi· se ricordio. os, que no. e forcemos m ~ . - or se r «limpos de coraçao• e qu e os no;;sos P nos"ª" pal avras, e os nosso. pro- act os as - - · . 1 · . ' ensamentos, . eJam o e:-xemp o v ivo pn os P . ~ ue empregamos para sem1 os do es f_~ 1 \ I~s do Mestre Nazareno. bon. d1scipu ·. do céo estai á dentro ele A . ,, o reino - h ssu espalhar sobre os omens nús e poderemos . . t des do Etem 0. a Vir li Marcus Vin icius Ador A dô r não fe re omente os cu[pados. No no so mundo 0 homem honrado s ffr e tan– to como o mau, o q ue é expli cavel. Em primeiro Joga r, a alma virtuosa é mais sen– sív el por se r ma is ad iantado o seu gra u el e evolução; depois, e tima muitas vezes e procura a dõ r po r cc)llhecer-lhe todo o seu va lor. Ha dessas alm::ts q ue sú vêm a e te mu n– do para darem o exemplo da grandeza no so ffrimer. to; . ão, por sua vez, mi ssionari as e s ua mi - ·ão não é rn eno. bell a e commo– vedora qu e a dos gra ndes revelado res. En– contram-se em todos os tempos e occ upam todos os plano · ela vida; e tão em pé nos cimos respland ecentes da historia, e , p::ira encontrai-as, é prec iso ir p rocurál-as no meio da mul tidão onde se acham, escondi– das e humildes. Nús admiramos o Ch risto, Soc r.1tes, Anti– gano, Joanna d'Arc; mas quantas v ic:imas ob.-curas do dever ou do a111or caem todos os dias e ficam sepultado,· no silencio e no esqu ecimento l Entretan:o não são perd idos seus exemplo ·; ell es il luminarn toda a v ida dos poucos homens que o. presencearam. Para que uma vida seja compl e ta e fe– cunda; não é nece . ario qu e nell a upera– bunclem os grandes actos de sa crifício netn qu e a remate uma morte qu e a sagre aos olhos el e todo -. T al ex i· te nci:l, apparente– mente ap::igada e triste, ind i tincta e ele -– percebida, é, na realidade um esfo rço con– tinuo, uma lucta de todos o. insta ntes con– tra a desgraça e o offrim ento. Nós não o– rno juízes de tudo o qGe e pa sa no re– condit o elas alma! ; mui tas, por pudor, es– condem chagas doloro,;as, males crueis, qu e as tornari am tão interessantes a nossos o– lho. corno os m::irtyres mais celebres. Fál– as tambem grandes e he roicas, a essas ai · ma!.", o combate ininterru pto qu e pelejam contra o destino ! Se us triumphos ficam i– gnorado -, mas todos os thesouros ele ener– gia, de p:iixão generosa, ele p:ici encía ou amor qu e ell as acc umularam nes,;e e ·forço de cada di a, constituir-lhes -ão um ca pital de força, de bell eza moral q ue pôde, no Além fazei-as iguae à<; ma is nobres fi o-uras ela Hi storia. "' Na offi cina augusta, 011de . e forj,1111 as almas, não são s uffi cientes o o--enio e a o-lo- . "' ~ n a pa ra fazei-as verdadeiramente fo rmosas. Para dar-lhes o ul timo traço sublime tem _J
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