Alma e Coração 1913 - ANNO IV (Jan-Dez) - Fasc. 01 Janeiro

· ido semq re necessa ri a a dor. Si ce rtas ex– i. tencias e tornaram , de obscura que eram tão santas e sagradas como declica,..ões ce– lebre. , é que nell as fo i co ntinuo o ofl ri– mento. Não fo i somente uma vez, em tal circumstancia ou na hora ela morte, que a dór :i elevou aci ma de i mesmas e a a– pre ento u á admiração elo. . eculo ; fo i po r toda a · ua viela ter id:i uma immo'ação constante. E e. ta ob ra de lonao a•)e rfeiçoamento, ::, . e. te lento desfil ar das horas dolorosas, esta afinação my teri osa el os se res que se pre– param as im para a derrad eiras a. cenções fúrça a aclml ração do proprio. E. pirito. • ~• e· e espectaculo commovedor que lhe· m~pira a von tade ele renascerem entre n6s, a fim de soffrerem e morrerem outra vez por tudo o que é grande, por tudo o que amam e para, com este novo sac rificio, tor– narem mais vivo o proprto brilho. L EON D Er-- IS . U1n espi·rito incarnado Tudo lhe é desagradavel ! O ruido da sociedade , o alacre vo– zear da turba mergulhada nos pr::1.– zeres-nada-nada lhe des pe rta o me– nor gosto pelos folguedo~! Indifferen– te a todo murmuri o festivo ! Seus ouvidos são fecin1dos aos de– li~ios palpitantes das terrenas dive r– soes! A propria Natureza ~com as suas 0 bras incomparaveis, com a belleza de suas paizagens, não obst_::i.(1te en– cantar e deslumbra r o espinto se– qu ioso de luz e do bello, pois ne~se magestoso painel que Ye e admira presente a Di vi na Essencia- Deus– ainda assim toda essa encantadora creação que' ao mais _e_xigef!te ideal preenche toda a magnif1cenc1a d~sse q'!adro, obra prima de divino artista, nao é o necessario á su'alma eniuta· da pela ignobi l roupag~m-o corpo. A terra com o cortejo de seus go- 2?5. não basta á aspiração_ de seu e~– p_int.) culto, humilde, me igo e can– c1oso. Envolto em magoas, a lma em so– l~ços, aperta a dor e enl d_or desfei– ta-procurando parecer ditoso; es - Alma e Co:-ação-11 li 1 1 1 f I t 1 1 1 1 1 1 11 1 1 1 1 1 1, 1 t 1 1, forço qu e lhe 1mpnme no rosto o vestí gios dos profundos diss:ibore_ que lhe despedaçam o coração ca– minhando segue r~s ignadamente, ])Oi ; sabe que sua vida não é destinada soménte á terra, que outras morada existem na vastíss ima casa do Senhor e que, mais que o orbe terraqueo, se destacam pela elevação dos seus ha– bitantes ! Seu esp írito dese joso de progre o sente ve rdade iro attracti vo e:n tran - po r constanten1 ente os lim ites do mundo em qu e hab ita, e- nesse tempo diminuto de liberdade, ao qual dá o nome de precioso-experim ntaram suas faculdad es um ncanto inexisti - vel ! Crê, porque tem fé-essa fl ôr d i- Yina que bem poucos tem a suprema ventura de se inebriarem com o seu pe rfume celestial! T em esperança-porque antevê a immortalidade e tem certeza da re– compensa qu e o lti ssimo offe rece aos que se esforçam pelo Bem, em pratical-0! T em caridade porque ama si nce- ramente sem esperar recompen as e estende a todos mão amiga-com e– gualdade sem rival! S eu magnanimo co ração não po - sue os vicias que avultam e degra– dam o se r:-o od io, o orgulho, a in– veja, a calumnia e o ciume~ é, b-0111, gene roso e nob re ! T enh o obse rvado esse espirita jul– gando-o um grande soffredor, e toda vez que o vejo minh'alma se cobre de tris~e~a-tristeza por não lhe po– der alltv1ar-posto que os bons sffo• ~ernpre m~rty res das ingratidões-pe r isso, ance1am a morte ou a vol ta á verdad ei:-a patria-á E5piritualidade ! Juiz de Fora, ovemb ro 1912 Ni11{1; .Ramos.. *** Pelo .llnno ](ova u11 1u1 11111111111111111 111111111111111 O A lma e Coraçâo feli z, cumprí– menta frate rn almente os seus collega de imprensa, es pirita e profana, aos, seus gentis ass ig~antes e a todos os confrades disseminados pelo mundo, enviando-lhes urn a braçada de rosas .

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